Diante de sinais de desgaste do discurso antipolítica e extremista, cresce a lista de nomes que buscam associar-se ao centro do espectro político no Brasil – que fica cada vez mais complexo de definir.
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A recente vitória eleitoral de Joe Biden, tido como moderado, contra o radicalismo de Donald Trump nos EUA parece ter catalisado uma espécie de corrida ao centro do espectro político no Brasil – tendo em vista sobretudo as eleições de 2022. Mas à medida que o xadrez político se movimenta, torna-se cada vez mais complexo definir o centro no contexto brasileiro.
A estrada é longa até a próxima eleição – vale lembrar que o presidente Jair Bolsonaro, vencedor em 2018, sequer era cotado dois anos antes. Mas as negociações de bastidores em curso para 2022 são ilustrativas da heterogeneidade de nomes e ideias que orbitam em torno do chamado centro.
Até agora, o principal articulador da construção de um projeto político de centro é o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM).
Ainda no ano passado, Maia se envolveu na articulação da iniciativa "Centro – O Brasil em Movimento", destinada a produzir vídeos publicitários sobre uma agenda apresentada como moderada, em torno de valores tais como o liberalismo econômico e o combate à desigualdade.
Em fevereiro deste ano, ele defendeu uma candidatura única de centro para 2022 a partir dos nomes de Ciro Gomes (PDT), João Doria (PSDB) e o apresentador Luciano Huck.
Desde então, Maia tem feito articulações nesse sentido. O grupo de interlocutores inclui também o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM). Por ora, todavia, são raros os consensos entre os nomes que reivindicam uma "terceira via" entre esquerda e direita.
Após Huck se reunir com o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro para discutir cenários da política nacional, logo após a vitória de Biden nos EUA, Maia situou o ex-juiz da Lava Jato no campo político de Bolsonaro.
"Não posso apoiar uma chapa integrada por alguém de extrema direita", afirmou o presidente da Câmara.
Subindo o tom, Ciro Gomes chamou Moro de "fascista" e rechaçou o alinhamento dos outros nomes ao centro do espectro político. "No dia que Doria, Huck e Moro forem de centro, eu sou de ultraesquerda, o que nunca fui", disse Ciro recentemente.
As nuances do centro
Analistas ouvidos pela DW Brasil creditam as incongruências em torno do centro a dois fatores: a ausência de uma tradição ligada a esse campo na história política brasileira e um movimento de afastamento entre os partidos de direita e o bolsonarismo.
"Não é claro para quem acompanha a política brasileira o que são forças políticas centristas. A gente tem clareza sobre os partidos de esquerda, que se autodenominam como tal. Do centro à direita, é um território nebuloso, de difícil definição", avalia o cientista político Jairo Nicolau, da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Autor do livro História do Voto no Brasil, o pesquisador classifica o DEM, partido de Rodrigo Maia, como uma força que ocupa um espaço mais conservador no campo de centro-direita.
A sigla derivou do extinto Partido da Frente Liberal (PFL), fundado por lideranças da Arena, partido de sustentação do regime militar.
"Na minha tipologia clássica, sempre trabalhei com a ideia de que MDB (ex-PMDB) e PSDB eram os partidos de centro. Em resumo, por apresentarem posições mais moderadas sobre políticas sociais e direitos, no sentido mais amplo. É o que na Europa se chama de liberalismo social", comenta.
No cenário atual, porém, o pesquisador situa Doria, principal liderança tucana, em uma posição mais conservadora do que a assumida pelo PSDB "clássico", capitaneado por nomes como Fernando Henrique Cardoso e José Serra.
"Acho que ele está à direita do partido. Talvez a gente possa colocar no centro o Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul, e o Eduardo Paes (DEM), ex-prefeito do Rio. Com a entrada do Bolsonaro se apresentando com um discurso de direita, quem era da centro-direita está pulando para o centro", opina Nicolau.
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Radicalização nos governos do PT
O movimento ao centro é inverso à tendência de radicalização apresentada pelos partidos de centro-direita ao longo dos governos petistas, na avaliação do cientista político Josué Medeiros, coordenador do Núcleo de Estudos Sobre a Democracia Brasileira (NUDEB) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
"Na campanha de 2010, José Serra (PSDB) trouxe o tema do aborto, enquanto o DEM foi ao STF no ano anterior questionar as cotas raciais nas universidades", recorda Medeiros.
Para o coordenador do NUDEB, a mudança de postura desse grupo foi determinante para legitimar posições de extrema direita no debate público brasileiro. "E todas elas são lideradas hoje por Bolsonaro", observa.
O cientista político Geraldo Tadeu, pesquisador do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj), considera que o movimento ao centro sinaliza uma reorganização do sistema político após a ruptura de paradigmas provocada pela eleição de 2018.
"O pêndulo do eleitorado pode estar voltando do radicalismo para o centro, seja no contexto ideológico, político e econômico, seja na ideia de eficiência, como a de que é preciso entregar políticas públicas sem se perder em querelas ideológicas", afirma Tadeu.
Feita a ressalva do caráter local das eleições municipais, o analista acredita que essa tendência foi observada já nas eleições municipais de 2020, com a eleição de prefeitos e partidos com perfis mais centristas.
"Pode ser que a chamada onda conservadora esteja se desfazendo nesse final de 2020 e início de 2021. A resposta dada pela direita à pandemia contribui muito para esse refluxo", diz.
O Centrão é de centro?
DEM, PP, PSD e Republicanos, nesta ordem, foram os partidos que mais aumentaram o número de prefeitos eleitos no 1º turno na comparação com o pleito de 2016. PSDB e MDB foram os maiores perdedores, embora o último continue líder em número de prefeituras no Brasil.
Boa parte das siglas que apresentaram crescimento neste ano integram o chamado Centrão, bloco fisiológico que busca aproximação com o Executivo em troca de cargos e benesses. Atualmente, o grupo é da base de apoio do governo Bolsonaro.
O nome que acompanha o bloco desde sua formação, ainda na Assembleia Constituinte de 1988, pouco diz sobre a sua orientação ideológica, segundo Jairo Nicolau.
"Seria mais coerente que se chamasse Direitão", brinca o pesquisador. "Só o Brasil tem o centro e o Centrão. Quando o Rodrigo Maia apoiou o Geraldo Alckmin na disputa pela presidência em 2018, o DEM estava no Centrão. Como se afastou dos outros partidos de direita, apresenta-se agora como centro", aponta o pesquisador da FGV.
As principais baixas do governo Bolsonaro
Em meio a sucessivas polêmicas, nomes do primeiro e segundo escalão do governo não resistiram a críticas e pressões. Relembre alguns.
Foto: picture-alliance/dpa/NurPhoto/A. Borges
Bebianno, da Secretaria-Geral da Presidência
A primeira baixa de ministros foi a de Gustavo Bebianno, da Secretaria-Geral da Presidência, em 18 de fevereiro de 2019. Importante articulador da campanha de Bolsonaro, Bebianno esteve envolvido em denúncias de que o PSL, partido que ele presidiu de janeiro a outubro de 2018, teria usado candidaturas laranjas. Além disso, entrou em confronto com Carlos Bolsonaro. Floriano Peixoto assumiu a vaga.
Foto: picture-alliance/AP Photo/L. Correa
Vélez Rodríguez, ministro da Educação
Pelo Twitter, Bolsonaro anunciou, em 8 de abril de 2019, a saída do então ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, após uma onda de demissões no alto escalão da pasta. Rodríguez acumulou atitudes polêmicas, como declarar que os livros didáticos sobre ditadura militar seriam revisados, além de pedir que as escolas filmassem os alunos cantando o hino. Seu substituto foi Abraham Weintraub.
Foto: Marcelo Cassal Jr. /Abr
Santos Cruz, da Secretaria de Governo
O terceiro ministro – e o primeiro da ala militar – a cair foi o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, da Secretaria de Governo, em 13 de junho de 2019. A demissão foi atribuída à falta de alinhamento político-ideológico com o governo. Santos Cruz era alvo de ataques regulares de Olavo de Carvalho, guru do presidente, e acumulava intrigas com Carlos Bolsonaro. Assumiu a vaga Luiz Eduardo Ramos.
Foto: DW/M. Estarque
Ribeiro de Freitas, presidente da Funai
O general da reserva Franklimberg Ribeiro de Freitas foi exonerado da presidência da Fundação Nacional do Índio (Funai) em 12 de junho de 2019. Segundo ele próprio alegou, sua queda se deveu à pressão dos ruralistas. À época da demissão, Ribeiro de Freitas denunciou que Bolsonaro está sendo mal assessorado nas questões indígenas e que a Funai sofre com orçamento limitado e déficit de pessoal.
Foto: Abr/M. Camargo
Juarez da Cunha, presidente dos Correios
Bolsonaro anunciou em público a demissão do presidente dos Correios, o general Juarez da Cunha, em 14 de junho de 2019. Em encontro com jornalistas, o presidente disse que o chefe da estatal vinha se comportando como "um sindicalista". O ministro da Secretaria-Geral da Presidência Floriano Peixoto assumiu o cargo e, para a antiga vaga de Peixoto, foi designado Jorge Antonio de Oliveira Francisco.
Foto: Agencia Brasil/José Cruz
Joaquim Levy, presidente do BNDES
Joaquim Levy renunciou à presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 16 de junho de 2019, após embate público com o presidente. No dia anterior, Bolsonaro havia dito que Levy estava com "a cabeça a prêmio" – o motivo foi a nomeação por Levy do executivo Marcos Barbosa Pinto para a diretoria de Mercado de Capitais do BNDES. O substituto foi Gustavo Montezano.
Foto: Getty Images/AFP/E. Sa
Ricardo Galvão, diretor do Inpe
Logo após o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgar aumentos dramáticos no desmatamento da Floresta Amazônica, Bolsonaro acusou o então diretor do instituto, Ricardo Galvão, de mentir. Galvão rebateu as críticas do presidente e acabou sendo exonerado em 2 de agosto de 2019. O oficial da Força Aérea Darcton Policarpo Damião foi oficializado como diretor interino.
Foto: DW/N. Pontes
Marcos Cintra, secretário da Receita Federal
A demissão de Marcos Cintra, secretário da Receita Federal desde o início do governo Bolsonaro, foi anunciada em 11/09/2019. A decisão de Paulo Guedes, ministro da Economia, teria sido motivada por divergências com a "nova CPMF". A crise fora deflagrada pela divulgação antecipada de estudos para a cobrança de um imposto semelhante à extinta Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira.
Foto: Agência Brasil/Arquivo/W. Dias
Roberto Alvim, secretário da Cultura
O dramaturgo de extrema-direita Roberto Alvim foi demitido por Bolsonaro em 17 de janeiro, três meses depois de assumir a Secretaria Especial da Cultura. Ele perdeu o cargo após divulgar um absurdo vídeo repleto de referências ao nazismo. Inicialmente, Bolsonaro relutou demitir Alvim, mas a repercussão do caso selou o destino do secretário, que atribuiu sua queda a uma "ação satânica".
Foto: Secretaria Especial da Cultura
Gustavo Canuto, ministro do Desenvolvimento Regional
Bolsonaro trocou, em 6 de fevereiro de 2020, o ministro do Desenvolvimento Regional. Gustavo Canuto foi substituído por Rogério Marinho, que era secretário de Previdência e articulou a reforma da aposentadoria. Servidor de carreira do Ministério da Economia, Canuto teria pedido para deixar o cargo. Ele era alvo de críticas de Bolsonaro, que não estaria satisfeito com o Minha Casa Minha Vida.
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Osmar Terra, ministro da Cidadania
Osmar Terra foi tirado do cargo de ministro da Cidadania e retomou o mandato como deputado federal. No dia 13 de fevereiro de 2020, Bolsonaro anunciou a saída do ministro Onyx Lorenzoni da Casa Civil para assumir o Ministério da Cidadania no lugar de Terra. Como novo chefe da Casa Civil foi escolhido o general do Exército Walter Souza Braga Netto.
Foto: picture-alliance/dpa/I. Franco
Luiz Henrique Mandetta, ministro da Saúde
Bolsonaro demitiu seu ministro da Saúde em 16 de abril de 2020, em plena pandemia de covid-19. Luiz Henrique Mandetta e o presidente vinham protagonizando um embate público desde que o Brasil entrou no compasso do coronavírus, semanas antes. Ao contrário de Bolsonaro, Mandetta defendia o isolamento social para conter o avanço da pandemia. Para o seu lugar, foi escolhido o oncologista Nelson Teich.
Foto: picture-alliance/dpa/Zumapress/P. Jacob
Sergio Moro, ministro da Justiça e Segurança Pública
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, renunciou ao cargo em 24 de abril de 2020, depois de um embate com Bolsonaro sobre o comando da Polícia Federal (PF). Nomeado com a promessa de ter "carta branca" à frente de um superministério, o ex-juiz da Lava Jato acusou o presidente de interferir na PF para ter acesso a informações de inquéritos.
Foto: Reuters/A. Coelho
Nelson Teich, ministro da Saúde
Menos de um mês após ter assumido o cargo, em meio à pandemia de covid-19, Nelson Teich pediu demissão. Apesar de ter dito que tinha um "alinhamento completo" com o presidente, o médico teve divergências com Bolsonaro, que pressionou o ministro para aprovar um uso mais amplo da cloroquina no tratamento da covid-19, apesar de não haver evidências científicas da eficácia e segurança do medicamento.
Foto: picture-alliance/AP Photo/E. Peres
Regina Duarte, secretária da Cultura
A atriz Regina Duarte deixou a Secretaria Especial da Cultura em 20 de maio de 2020, menos de três meses depois de assumir o cargo. À frente da pasta, ela acumulou atritos com a ala ideológica do governo, que via sua atuação como muito branda com "a esquerda". Já a classe artística criticou a gestão errática e os comentários de Duarte que minimizaram os crimes da ditadura militar.
Foto: picture alliance/dpa/Palacio do Planalto/M. Correa
Abraham Weintraub, ministro da Educação
Após dias de especulações e uma escalada do desgaste político com o STF, Abraham Weintraub confirmou sua saída do Ministério da Educação em 18 de junho de 2020, em vídeo ao lado de Bolsonaro. Sua passagem pela pasta durou pouco mais de 14 meses e foi envolta em polêmicas, tendo acumulado desafetos e disputas públicas, além de se tornar alvo de inquéritos.
Foto: picture-alliance/dpa/M. Camargo
Carlos Decotelli, ministro da Educação
Havia expectativa de que Carlos Decotelli imprimisse normalidade ao MEC após a gestao tumultuada de Weintraub. Mas as credenciais acadêmicas do novo ministro logo passaram ser questionadas. Ele dizia que tinha doutorado, mas foi desmentido. Ainda exagerou sobre ter completado um pós-doutorado na Alemanha. E foi acusado de plágio. Pediu demissão cinco dias após ser indicado, sem ter tomado posse.
Foto: picture-alliance/dpa/M. Correa
Eduardo Pazuello, ministro da Saúde
No pior momento da pandemia no Brasil, com recordes de mortes diárias e hospitais em colapso, Bolsonaro anunciou a saída de Eduardo Pazuello do Ministério da Saúde, em 16 de março de 2021. Pazuello vinha sendo pressionado pelo agravamento da crise sanitária e pela lentidão da vacinação. Para a vaga foi escolhido o médico Marcelo Queiroga, quarto ministro a ocupar o cargo em menos de um ano.
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores
Um dos mais polêmicos aliados de Bolsonaro, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, anunciou sua saída em 29 de março de 2021. Extremista de direita e adepto de teorias conspiratórias, era visto como um obstáculo na diplomacia com vários países, dificultando, inclusive, a compra de vacinas da China e da Índia. Sua saída desencadeou uma reforma ministerial, com seis trocas em um dia.
Foto: Reuters/U. Marcelino
Fernando Azevedo e Silva, ministro da Defesa
Horas depois do anúncio de Araújo, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, também deixou o cargo, sem explicar os motivos. "Agradeço ao presidente da República, a quem dediquei total lealdade ao longo desses mais de dois anos, a oportunidade de ter servido ao país. Nesse período, preservei as Forças Armadas como instituições de Estado", afirmou em nota.
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
José Levi, Advocacia-Geral da União
Pouco depois, o ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), José Levi, também entregou o cargo. A saída de Levi teria sido pedida por Bolsonaro, após o chefe da AGU ter se recusado a assinar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade do Planalto ao STF contra restrições impostas por alguns governadores para conter a pandemia. Para sua vaga, foi designado o ministro da Justiça, André Mendonça.
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Comandantes das Forças Armadas
Em 30 de março de 2021, o Ministério da Defesa anunciou a troca simultânea e inédita dos três comandantes das Forças Armadas. Edson Pujol (à direita na foto), do Exército, Ilques Barbosa, da Marinha, e Antônio Bermudez, da Aeronáutica, já haviam cogitado colocar seus cargos à disposição, como sinal de que não compactuariam com tentativas do presidente de usar as Forças Armadas em seu benefício.
Foto: picture-alliance/AP Photo/E. Peres
Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente
Em 23 de junho de 2021, após muita pressão, Ricardo Salles pediu demissão do Ministério do Meio Ambiente. Ele foi substituído por Joaquim Álvaro Pereira Leite, até então secretário da Amazônia e Serviços Ambientais da pasta. Com gestão marcada por polêmicas, "boiadas" e desmatamento e queimadas recordes, Salles é alvo de dois inquéritos no STF, ambos envolvendo comércio de madeira ilegal.
Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República do Brasil
Milton Ribeiro, ministro da Educação
Em 28 de março de 2022, após vir à tona a "farra dos pastores", o ministro da Educação Milton Ribeiro pediu exoneração. Ele é suspeito de favorecer prefeituras na liberação de recursos do MEC, tendo dois pastores como intermediários. Sua situação ficou ainda mais frágil após a revelação de um áudio em que ele admitia que favorecia os pastores a pedido do presidente Jair Bolsonaro.
Bento Costa Lima Leite de Albuquerque, ministro de Minas e Energia
Em 11 de maio de 2022, o presidente Jair Bolsonaro trocou a chefia do Ministério de Minas e Energia, ao exonerar Bento Costa Lima Leite de Albuquerque. O novo titular nomeado para a pasta foi Adolfo Sachsida, aliado de Paulo Guedes. A mudança ocorreu após críticas de Bolsonaro à política de preços da Petrobras, estatal ligada ao Ministério de Minas e Energia.