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ONGs e agronegócio se unem contra desmatamento na Amazônia

16 de setembro de 2020

Grupo apresenta propostas ao governo Bolsonaro para uma redução rápida e permanente do desmatamento da Floresta Amazônica, argumentando que perdas para o Brasil são ambientais e econômicas.

Fiscais do Ibama em área queimada na Floresta Amazônica, no Amazonas, em agosto de 2020
Fiscais do Ibama em área queimada na Floresta Amazônica, no Amazonas, em agosto de 2020Foto: Reuters/U. Marcelino

Uma coalizão formada por 230 organizações não governamentais (ONGs) e empresas ligadas ao agronegócio enviou nesta terça-feira (15/09) ao governo federal um conjunto de propostas para combater o desmatamento na Amazônia.

O documento foi encaminhado ao presidente Jair Bolsonaro, ao vice-presidente Hamilton Mourão, aos ministérios da Agricultura, do Meio Ambiente, da Economia e da Ciência e Tecnologia, a líderes e parlamentares do Congresso Nacional, do Parlamento Europeu e a embaixadas de países europeus.

O grupo afirmou que uma redução rápida no desmatamento – em alguns meses – é fundamental não apenas por motivos ambientais, mas também econômicos. "Há uma clara e crescente preocupação de diversos setores da sociedade nacional e internacional com o avanço do desmatamento."

De um lado, o grupo conta com organizações de proteção ambiental como WWF Brasil, World Resources Institute (WRI), Imazon e Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). Do outro, estão algumas das maiores empresas do mundo nos seus setores, como JBS, Marfrig, Amaggi, Bayer, Danone, Natura e Unilever.

O grupo lista seis propostas ao governo Bolsonaro para reduzir de forma rápida e permanente o desmatamento na maior floresta tropical do mundo.

A primeira pede a "retomada e intensificação" da fiscalização por parte dos órgãos oficiais, que tiveram recursos cortados pelo governo, com punição pelos crimes ambientais identificados.

A segunda defende a suspensão de novas inscrições de propriedades no Cadastro Ambiental Rural porque "incidem sobre florestas públicas" e são, portanto, "irregulares e devem ser suspensas".

O grupo propõe destinar uma área protegida de 10 milhões de hectares para proteção e uso sustentável em regiões com altos índices de desmatamento e também que a oferta de financiamentos passe a adotar critérios socioambientais.

Na quinta medida, as empresas e associações pedem total transparência e eficiência por parte das autoridades relativamente à permissão de qualquer alteração na cobertura vegetal da Amazônia.

Por último, a coalizão requer que sejam suspensos todos os processos de regularização das terras onde se tenha registrado desmatamento a partir de julho de 2008.

AS/lusa/ots

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