1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

ONU abre negociações para proibir armas nucleares

28 de outubro de 2016

Comissão da Assembleia Geral aprova resolução proposta pelo Brasil para iniciar negociações com o objetivo de eliminar os arsenais nucleares. Grandes potências se opõem.

A resolução proposta pelo Brasil, Austrália, Irlanda, México, Nigéria e África do Sul foi aprovada por ampla maioria
A resolução proposta pelo Brasil, Austrália, Irlanda, México, Nigéria e África do Sul foi aprovada por ampla maioriaFoto: picture-alliance/dpa

Apesar da forte resistência das grandes potências nucleares, uma comissão da Assembleia Geral da ONU votou favoravelmente nesta quinta-feira (28/10) pelo início das negociações sobre um tratado para o banimento das armas nucleares.

Depois de semanas de pressões por parte das potências nucleares pelo "não" à iniciativa, a resolução apresentada por Brasil, Austrália, Irlanda, México, Nigéria e África do Sul foi aprovada com 123 votos a favor, 36 contra e 16 abstenções.

Entre as potências nucleares representadas no Conselho de Segurança da ONU, votaram contra Estados Unidos, Reino Unido, França e Rússia. A China se absteve, juntamente com Paquistão e Índia.                             

A Coreia do Sul, que vive sob ameaça nuclear da Coreia do Norte, também votou contra, assim como o Japão. Os críticos à resolução defendem que o desarmamento nuclear deve ser negociado no âmbito do Tratado de Não Proliferação Nuclear (NPT), e não através da nova iniciativa.

A resolução será o tema de uma conferência em março de 2017, onde será negociado um "instrumento legalmente vinculativo para a proibição das armas nucleares, que deverá levar à eliminação total das mesmas".

A diretora executiva da Campanha Internacional para Abolir Armas Nucleares, Beatrice Fihn, considerou a aprovação um "momento histórico" rumo a um mundo livre do arsenal nuclear.

"Este tratado não vai eliminar as armas nucleares de vez. Mas vai estabelecer um poderoso novo padrão legal internacional, estigmatizando as armas nucleares e compelindo as nações a atuarem urgentemente no desarmamento", afirmou.

A resolução será votada no plenário da Assembleia Geral da ONU no final de novembro ou início de dezembro.

RC/lusa/afp

Pular a seção Mais sobre este assunto

Mais sobre este assunto

Mostrar mais conteúdo