"ONU acobertou casos de abuso sexual por capacetes azuis"
Azer Slanjankic (av)3 de março de 2016
Há 15 anos, Kathryn Bolkovac esbarrou nas estruturas da ONU ao investigar exploração sexual de mulheres por oficiais na Bósnia. Diante do atual escândalo na África Central, ela não vê mudanças na conduta da organização.
Anúncio
A ex-policial americana Kathryn Bolkovac foi contratada em 1999 pela DynCorp Aerospace para um cargo na Organização das Nações Unidas, com o fim de investir contra o abuso sexual e a prostituição forçada na Bósnia-Herzegovina, depois da guerra dos Bálcãs.
Ela encontrou provas de que alguns oficiais da ONU estavam participando do tráfico de moças do Leste Europeu para fins de escravidão sexual. Ao tentar investigar os casos, foi despedida. No entanto, venceu o processo por demissão injustificada contra a empresa empregadora.
O engajamento de Bolkovac foi reconhecido com uma indicação para o Prêmio Nobel da Paz em 2015. Sua história, contada em livro, serviu como base para o filme A informante, de 2010, dirigido por Larysa Kondracki e estrelado por Rachel Weisz.
A DW a entrevistou sobre os paralelos entre suas experiências na Bósnia e as atuais acusações de abuso sexual por capacetes azuis na África, enfocando em especial a conduta das Nações Unidas. Bolkovac é cética: "Não considero confiáveis, em absoluto, os esforços da ONU nos últimos 15 a 20 anos para coibir efetivamente o abuso sexual de mulheres e menores durante as missões de paz."
DW: Há quem vá querer afirmar que seja um caso isolado o escândalo sobre supostos abusos sexuais de mulheres e garotos por soldados da missão de paz da ONU na República Centro-Africana. Como foram suas vivências como ex-ativista dos direitos humanos na Força-Tarefa Internacional de Polícia na Bósnia-Herzegovina?
Kathryn Bolkovac: O que aconteceu às vítimas de tráfico humano na Bósnia, nos anos 1990 até 2000, é bem semelhante ao escândalo na África Central. Especificamente o abuso de populações vulneráveis por organizações criadas para a proteção e comprometidas com ela. Isso, e os escândalos continuados em torno das fracassadas tentativas das Nações Unidas – dissimuladas, e agora declaradas – de remover, neutralizar e desacreditar os que expuseram os atos da organização. Os termos "acobertamento" e "whistleblower" [informante] são comuns dentro dos muros da ONU e nas suas missões de paz.
Eu fiquei ciente dos casos de abuso sexual na República Centro-Africana no ano passado, durante consultações com peritos internacionais ligados à Campanha Code Blue com o fim de considerar qual seria a melhor maneira de desmascarar e dar fim à prática persistente da ONU.
O que costumava ser cumplicidade por parte da ONU, fazendo vista grossa, se revelou um monstro de um olho só, ostensivamente impedindo a devida investigação e persecução penal dos crimes cometidos pelos capacetes azuis. A cortina de fumaça ainda consiste em inculpar os Estados-membros e alegar que a ONU não tem controle sobre medidas disciplinares ou ações penais contra os capacetes azuis dos países contribuintes. Até certo ponto, isso é verdade.
Que casos encontrou na Bósnia?
Houve muitos casos, mas nunca foram levados a julgamento. Moças da Romênia, Ucrânia, Moldávia e outros países do Leste Europeu eram trazidas para servir à ONU e às bases militares como escravas sexuais. Os casos envolveram oficiais de diversos países, incluindo os Estados Unidos, Paquistão, Alemanha, Romênia e Ucrânia, contratados do governo e membros do crime organizado local. Os investigadores de direitos humanos nunca tiveram permissão para investigar plenamente, os suspeitos foram logo removidos da missão ou transferidos para outras. As jovens foram simplesmente enviadas de volta aos países de origem.
Os oficiais da ONU sabiam que as jovens eram vítimas de tráfico humano?
Tráfico humano não era, na verdade, um termo muito difundido em 1999 e 2001. Acho que a maioria dos oficiais considerava essas meninas meramente prostitutas. Mas elas foram contrabandeadas de outros países para a Bósnia e forçadas a praticar atos sexuais. Muitas sabiam que poderiam acabar nessas condições, mas a maioria não tinha realmente uma opção, diante das condições econômicas em seus países e do desespero para sobreviver.
Os funcionários dos escalões mais altos da ONU sabiam disso?
Certamente sim, porque eu submeti os meus relatórios a eles, assim como ao órgão de supervisão administrativa. Isso foi bem documentado. Muitos altos funcionários estavam sabendo, até mesmo Jacques Klein, o coordenador da missão da ONU na Bósnia.
Houve algum tipo de queixa ou inquérito contra os oficiais remanejados?
Não, nenhuma. Nunca se apresentaram queixas porque não se permitiu que as investigações fossem concluídas. Essa é razão por que eu fui afastada e demitida do meu emprego, por estar tentando investigar esses casos. Depois disso, eu levei a DynCorp a juízo, no Reino Unido, e ganhei a causa por afastamento injustificado.
A DynCorp, a companhia para a qual a senhora trabalhava, sofreu alguma desvantagem nos negócios com a ONU, depois que o tribunal decidiu que a senhora só tinha perdido o emprego por tentar investigar os casos?
Não, não sofreu. A ONU continua a trabalhar com ela, o governo dos Estados Unidos também. A DynCorp ficou cada vez maior, a cada ano.
Quais são as possíveis causas desse tipo de comportamento dos oficiais nas missões da ONU?
Acho que há muitas causas. Em parte é porque muitos perdem de vista a própria moral, quando estão a 8 mil quilômetros de casa e acham que nunca vão ser apanhados. Aí eles veem que, se forem apanhados, nada de muito grave vai acontecer com eles.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, indicou a especialista em segurança Jane Holl Lute para coordenar a reação da organização às alegações de abuso sexual pelos capacetes azuis. Depois de tudo por que passou, a senhora acha que os esforços da ONU são confiáveis?
Não acho que os esforços da ONU nos últimos 15 a 20 anos sejam confiáveis, em absoluto, no que diz respeito a tentar coibir efetivamente o abuso sexual de mulheres e menores durante as missões. Eles ainda se recusam a enviar equipes de investigação adequadas em campo, e certamente ainda estão tentando acobertar as coisas. Todo esse discurso que eles estão fazendo é na verdade, só discurso, e está claro que os altos funcionários vão acobertar os fatos só para salvar a própria reputação, em vez de fazerem o que é certo.
O que deveria mudar na política da ONU para que se reprima o abuso sexual nas missões internacionais?
Não acho que se possa simplesmente começar a fazer mudanças sem trocar os funcionários administrativos de alto nível. A responsabilização não ocorre em nenhum nível da ONU, ela fica nas mãos dos Estados-membros. Enquanto os países não disciplinarem e processarem os indivíduos que enviam para as missões, a ONU tampouco o fará. Ela se eximiu dessa parte da disciplina e responsabilização, ela confia que os membros vão se encarregar. Está na hora de os países-membros assumirem o controle das Nações Unidas e darem fim ao "jogo da culpa".
O mês de março em imagens
Relembre alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Reuters
Ban Ki-moon pede mais ajuda aos refugiados
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon pediu durante uma conferência das Nações Unidas sobre os refugiados em Genebra, que países de todo o mundo acolham civis da Síria, afirmado que atravessamos "a maior crise de refugiados do nosso tempo". "Façam mais", disse, acrescentando que os migrantes são também "um ganho" para as nações que os acolhem. (30/03)
Foto: Getty Images/AFP/F. Coffrini
Vulcão afeta rotas aéreas no Alasca
A erupção do Pavlof provocou restrições de tráfego aéreo sobre o estado americano. A nuvem de cinzas chegou a uma altitude de seis mil metros. As companhias aéreas internacionais foram instruídas a evitar a zona. A maioria dos vulcões no Alasca fica longe de áreas residenciais. Mas o estado é sobrevoado por importantes rotas internacionais entre a América do Norte e a Ásia. (29/03)
Foto: picture alliance/AP Photo/Colt Snapp
"Coalizão" com PMDB contra impeachment
Às vésperas de reunião que pode selar saída do partido da base aliada, ex-presidente Lula diz que pode buscar aliança com parte da legenda "sem a concordância da direção". Ele critica o juiz Sergio Moro: "É inteligente, mas foi picado pela mosca azul". (28/03)
Foto: Reuters/R. S. Filho/Brazilian Presidency
Atentado suicida mata dezenas no Paquistão
Ataque a bomba em parque da cidade de Lahore, na província de Punjab, deixa ao menos 65 mortos e mais de 300 feridos, sendo que as vítimas são principalmente mulheres e crianças. Facção do Talibã assume autoria. (27/03)
Foto: Getty Images/AFP/A. Ali
Bruxelas cancela "Marcha contra o medo"
Organizadores adiam ato deste domingo na capital belga após autoridades pedirem que cidadãos não participem da manifestação. Entre os motivos está a sobrecarregada força policial com ações de busca e prisão de suspeitos. Na foto, o ministro do Interior Jan Jambon (esq.) e o prefeito de Bruxelas, Yvan Mayeur. (26/03)
Foto: picture-alliance/dpa/N. Maeterlinck
Rolling Stones fazem show histórico em Cuba
A legendária banda britânica tocou pela primeira vez no país perante uma enorme multidão em um show gratuito ao livre na capital, Havana. Os fãs começaram a chegar 18 horas antes da apresentação, que teve 18 músicas e que durou mais de duas horas. A mídia estatal cubana calcula que meio milhão de pessoas lotaram o complexo esportivo da cidade. (25/03)
Foto: Getty Images/AFP/Y. Lage
Risco de explosão em ação antiterrorismo
Agente do esquadrão antibombas, auxiliado por robô, examina bolsa suspeita de conter explosivos em Bruxelas. A polícia prendeu três pessoas em vários distritos da capital belga, suspeitas de envolvimento em plano de novo atentado em Paris. Um dos presos foi baleado na perna e supostamente carregava uma sacola com explosivos. (25/03)
Foto: Reuters/C. Hartmann
Um ano da tragédia da Germanwings
Parentes e amigos das vítimas do voo 4U-9525 da companhia aérea alemã Germanwings fizeram um minuto de silêncio em frente à igreja de Sankt Sixtus em Haltern am See, no oeste da Alemanha. A cerimônia aconteceu exatamente às 10h41 (hora local), no mesmo horário em que a aeronave com 150 pessoas foi lançada contra os Alpes franceses no trajeto entre Barcelona e Düsseldorf. (24/03)
Foto: picture-alliance/dpa/M. Kusch
Homenagens às vítimas em Bruxelas
Milhares de pessoas se reuniram em frente à sede da Bolsa de Valores, no centro da capital belga, para prestar homenagem às vítimas dos atentados. Autoridades da União Europeia também se solidarizaram. No Vaticano, o papa Francisco condenou os atentados. (23/03)
Foto: DW/M. Zander
Atentados em Bruxelas
Ataques terroristas no aeroporto e numa estação de metrô em Bruxelas deixam mais de 30 mortos. Grupo extremista "Estado Islâmico" reivindica autoria dos atentados, que geraram uma onda de solidariedade em toda a Europa. Centenas de pessoas participaram de vigílias em homenagem às vítimas na capital belga. (22/03)
Foto: Reuters/C.Platiau
Obama e Castro em Havana
Em encontro histórico em Havana, o presidente americano, Barack Obama, e o presidente cubano, Raúl Castro, assinaram acordos de cooperação nas áreas de saúde, tecnologia, e agricultura. Em pronunciamento, Obama disse que o embargo à ilha vai acabar, mas não sabe prever quando. Segundo Castro, restrições econômicas e a ocupação de Guantánamo são obstáculos na relação entre os dois países. (21/03)
Foto: Reuters/C.Barria
Momento histórico em Havana
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, desembarcou com a família em Havana para uma visita histórica de 48 horas – a primeira de um chefe de Estado americano à ilha caribenha em 88 anos. (20/03)
Foto: Reuters/C. Barria
Desastre aéreo na Rússia
A queda de um avião de passageiros que ia de Dubai para o sul da Rússia matou todas as 62 pessoas a bordo. O acidente aconteceu quando a aeronave caiu em sua segunda tentativa de pouso no aeroporto de Rostov-on-Don. (19/03)
Foto: picture-alliance/AP Photo
Protestos pró-governo em 20 capitais
Ao menos 20 estados realizam manifestações em apoio à presidente Dilma Rousseff. A maior concentração de pessoas é na Avenida Paulista, em São Paulo. O principal mote dos participantes é "Não vai ter golpe". (18/03)
Foto: Agência Brasil/J. Varella
Protestos em várias capitais
Manifestantes foram às ruas em ao menos dez capitais para protestar a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Em Brasília, tumultos terminaram em detenções. Três pessoas ficaram feridas. (17/03)
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Posse suspensa
A posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil foi suspensa pela Justiça Federal de Brasília ainda durante a cerimônia. Segundo o juiz Itagiba Catta Preta Neto, que aparece em fotos nas redes sociais participando dos protestos contra o governo, Lula poderia intervir de forma "odiosa" na polícia, MP e Judiciário. A AGU vai recorrer. (17/03)
Foto: Reuters/Brazilian Presidency/R. Stuckert Filho
Lula aceita assumir Casa Civil
Após reunião com a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aceitou ser ministro da Casa Civil, ocupando a vaga de Jaques Wagner no governo. Na condição de ministro, Lula passa a ter foro privilegiado, e as ações contra ele serão julgadas no Supremo Tribunal Federal – e não mais pelo juiz de primeira instância Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato. (16/03)
Foto: Reuters/P. Whitaker
Operação antiterror em Bruxelas
Policiais belgas mataram um suspeito em Bruxelas numa operação antiterrorismo ligada aos ataques de 13 de novembro do ano passado em Paris. Dois suspeitos estão foragidos. Uma área no sul da capital belga foi bloqueada pela polícia. Duas pessoas barricaram-se num apartamento e atiraram contra os policiais. Quatro agentes ficaram feridos. (15/03)
Foto: picture-alliance/dpa/O. Hoslet
Refugiados detidos na Macedônia
Centenas de requerentes de asilo foram detidos por policiais da Macedônia ao entrarem no país, cruzando a fronteira a partir da Grécia. Os refugiados, a maioria da Síria e do Afeganistão, cruzaram florestas e um rio antes de atravessar uma cerca de arame farpado erguida pelas autoridades do país na semana passada, mas foram barrados por forças de segurança. (14/03)
Foto: Reuters/S. Nenov
Protestos com força total
Manifestações contra o governo da presidente Dilma Rousseff e o PT reuniram milhares de pessoas em diversas cidades brasileiras. Todos os 26 estados do Brasil, além do Distrito Federal, registraram atos, que foram predominantemente pacíficos. Em São Paulo, o Instituto Datafolha calculou a presença de 500 mil pessoas. (13/03)
Foto: Reuters/N. Doce
Alerta para Merkel
O eleitorado puniu o governo encabeçado pela chanceler federal Angela Merkel neste domingo (13/03), quando os estados alemães de Baden-Württemberg, da Renânia-Palatinado e da Saxônia-Anhalt, elegeram novos parlamentos estaduais. O partido de Merkel, a CDU, registrou perdas em todos os estados e viu o avanço do partido populista de direita AfD, que obteve 24% dos votos na Saxônia-Anhalt. (13/03)
Foto: Reuters/K. Pfaffenbach
Brasileiros protestam em Munique
Um grupo de cerca de 50 brasileiros fez um protesto anticorrupção no centro da capital da Baviera em apoio às manifestações marcadas para este domingo. "Pedimos desculpa. Estamos remodelando nossa política. Apoio internacional contra a corrupção", dizia uma das faixas. (12/03)
Foto: Paulo Brito
Cinco anos da tragédia de Fukushima
O Japão lembrou os cinco anos do terremoto de magnitude 9 e do tsunami que causaram a morte de cerca de 16 mil pessoas no dia 11 de marco de 2011. O desastre nuclear que se seguiu é considerado o pior desde Chernobyl. Às 14h26, horário local, o imperador japonês Akihito, a imperatriz Michiko, juntamente com diversas pessoas em todo o país silenciaram por um minuto em homenagem às vitimas. (11/03)
Foto: picture alliance/AP Photo/H. Asakawa
Número de refugiados bate recorde
Quase meio milhão de migrantes ilegais chegaram à Grécia nos últimos três meses de 2015, informou a missão europeia de fronteiras, Frontex. A maioria teria tomado a chamada rota dos Bálcãs (foto) rumo a outros países da União Europeia. Dos que chegaram à Grécia, majoritariamente nas ilhas próximas à costa da Turquia, 46% eram de refugiados sírios, e 28%, de afegãos. (10/03)
Foto: picture-alliance/dpa/D. Savic
Eclipse total do sol na Indonésia
Milhares de pessoas na Indonésia assistiram ao único eclipse total do sol de 2016, que também pôde ser visto parcialmente na maior parte do Sudeste Asiático. Astrônomos de várias partes do mundo foram à região para testemunhar o fenômeno. Os eclipses solares ocorrem quando a Lua passa em frente ao sol, encobrindo-o. (09/03)
Foto: Reuters/Beawiharta
Mistério do voo MH370 completa dois anos
Familiares homenagearam as vítimas do voo MH370 da Malaysia Airlines, em cerimônia que marcou os dois anos do desaparecimento do avião. Responsáveis pela investigação sobre o que teria ocorrido com o Boeing 777 afirmaram que o caso permanece um mistério. O avião sumiu no dia 8 de março de 2014, com 239 pessoas a bordo, enquanto realizava o trajeto de Kuala Lumpur a Pequim. (08/03)
Foto: picture-alliance/dpa/F. Ismail
Pyongyang ameaça Coreia do Sul e EUA
A Coreia do Norte ameaçou com ataques nucleares a Coreia do Sul e os Estados Unidos em resposta a manobras militares anuais conjuntas que ambos os países deram início. Os exercícios ocorrem num momento de tensão, após o recente teste nuclear realizado por Pyongyang em fevereiro, seguido de novas sanções impostas pela ONU em represália ao país. (07/03)
Foto: picture-alliance/dpa/KCNA
Defesa de Lula rebate nota do MPF
Advogados do ex-presidente acusam a força-tarefa da Lava Jato de antecipar juízo de valor e afirmam que a declaração dos procuradores é uma "desesperada tentativa de legitimar a arbitrária condução coercitiva" de Lula. (06/03)
Foto: picture-alliance/abaca
"Medida não significa culpa de Lula"
Em nota, juiz federal Sergio Mouro diz que autorizou condução coercitiva a pedido do Ministério Público Federal e que houve preocupação em proteger a imagem do ex-presidente. Ele lamenta que a operação tenha gerado confrontos entre manifestantes. (05/03)
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
Lula é alvo de operação da PF
Como parte da 24ª fase da Operação Lava Jato, a Polícia Federal (PF) cumpriu mandados nas residências do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de seu filho Fábio Luís Lula da Silva. Lula foi levado para depor, no contexto das investigações sobre a compra e reforma de um sítio em Atibaia, o triplex no Guarujá e a relação do ex-presidente com empreiteiras investigadas na Lava Jato. (04/03)
Foto: Reuters/R. Moraes
Refugiados costuram boca em sinal de protesto
Em protesto contra o despejo da parte sul do acampamento de refugiados de Calais, no norte da França, alguns refugiados costuraram suas bocas. Em seguida, eles se reuniram para uma manifestação segurando cartazes com as frases "Nós somos seres humanos", Onde está a sua democracia?" e "Onde está a nossa liberdade?". (03/03)
Foto: Reuters/P. Rossignol
Terremoto causa pânico na Indonésia
A Indonésia emitiu um alerta de tsunami para Sumatra Ocidental, Sumatra Setentrional e a província de Aceh após um forte terremoto de magnitude 7,8. O poderoso abalo sísmico foi registrado a cerca de 660 quilômetros da costa sudoeste da ilha de Sumatra. Não houve relatos imediatos de feridos ou danos e o alerta foi cancelado posteriormente. (02/03)
Foto: Reuters/I. el Fitra
Vitórias de Hillary e Trump na Superterça
O republicano Donald Trump e a democrata Hillary Clinton deram um grande passo para serem os candidatos de seus respectivos partidos nas eleições presidenciais de 2016. Ambos dominaram a Superterça – o dia mais importante das primárias dos EUA. Tanto Clinton como Trump triunfaram em sete dos 11 estados em que cada partido teve votação. (01/03)
Foto: Reuters/D. Becker/N. Wiechec
Rolling Stones fará show Cuba
Banda britânica Rolling Stones anunciou que irá fazer um show gratuito em Havana no dia 25 de março. Essa será a primeira vez que o grupo se apresenta na ilha comunista. Músicas da banda já foram censuradas no país. "Já tocamos em muitos locais especiais durante a nossa carreira, mas esse espetáculo em Havana será um marco para nós", afirmou o grupo, em um comunicado. (01/03)