1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

ONU aprova resolução contra caça ilegal

30 de julho de 2015

Assembleia Geral das Nações Unidas pede que países reúnam esforços no combate à caça furtiva e ao tráfico da vida selvagem. Decisão é tomada por unanimidade após morte do leão Cecil, no Zimbábue.

Foto: Paula French via AP

A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou por unanimidade nesta quinta-feira (30/07) a primeira resolução de sua história sobre caça furtiva e tráfico da vida selvagem. A decisão ocorre dias depois de um dentista americano matar o famoso leão Cecil, no Zimbábue.

O dispositivo aprovado pelos 193 países-membros não tem vinculação jurídica, mas reflete a crescente oposição mundial à prática. Recentemente, China e Estados Unidos, principais mercados compradores de marfim ilegal, se comprometeram a combater esse tipo de crime.

A resolução, patrocinada pela Alemanha e Gabão, exorta todas as nações a "dar passos decisivos ao nível nacional para prevenir, combater e erradicar o comércio ilegal de animais selvagens, tanto do lado da oferta quanto da procura", inclusive com o endurecimento das leis.

"Assim como a maioria das pessoas no mundo nós estamos horrorizados com o que aconteceu com esse pobre leão", afirmou o embaixador da Alemanha na ONU, Harald Braun. "Atividades de caça são em parte legais e em parte ilegais, e essa resolução combate todos os aspectos ilegais da prática."

Os animais mais ameaçados são elefantes e rinocerontes. O dinheiro movimentado nesse tipo de negócio é uma fonte de financiamento do terrorismo.

Segundo o ministro de Relações Exteriores do Gabão, Emmanuel Issoze-Ngondet, terroristas e grupos armados que atuam na África usam a caça furtiva e o tráfico da vida selvagem para "aumentar suas rendas". "Isso contribui para a proliferação de armas no continente", afirmou.

O leão Cecil foi morto no início de julho depois de ser atraído para fora dos limites de um parque nacional do Zimbábue. O caçador foi identificado como Walter James Palmer, um dentista do estado americano de Minnesota. O felino agonizou por 40 horas e teve cabeça e pele arrancadas.

KG/rtr/ap

Pular a seção Mais sobre este assunto