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ONU: Coreia do Norte continua a desenvolver programa nuclear

4 de agosto de 2018

Relatório aponta ainda que regime tem usado meios ilegais para contornar sanções e continuar a comprar petróleo, além de ter recrutado um contrabandista sírio para vender armas no exterior.

Nordkorea Kim Jong Un überwacht Raketentest
Na semana passada, imagens de satélite obtidas por agências de inteligência dos EUA já haviam apontado que a Coreia do Norte voltou a construir mísseis em uma de suas fábricas.Foto: Reuters/KCNA

O regime da Coreia do Norte continua desenvolvendo programas nucleares e de mísseis, o que representa uma violação das sanções internacionais impostas ao país, segundo um relatório confidencial das Nações Unidas revelado neste sábado (04/08) por veículos de imprensa dos Estados Unidos.

Segundo a rede CNN, o documento de 149 páginas foi elaborado por analistas independentes que apresentam regularmente seus resultados a cada seis meses a um comitê do Conselho de Segurança da ONU responsável por analisar as sanções impostas ao país.

"A Coreia do Norte não interrompeu seus programas nucleares e de mísseis e continua desafiando as resoluções do Conselho de Segurança através de um aumento maciço nas transferências ilícitas de produtos derivados do petróleo, como através de transferências de carvão no mar durante 2018", aponta o documento.

Segundo o relatório, a Coreia do Norte está contornando as sanções usando diplomatas e outros indivíduos radicados no exterior para tentar comprar petróleo e carvão ilegalmente, além de ter feito esforços para vender armas convencionais para rebeldes de países como a Líbia, o Iêmen e o Sudão. As negociações teriam contado com a ajuda de um traficante de armas sírio chamado Hussein Al-Ali.

Entre as sanções impostas ao país estão severas restrições à compra de petróleo no exterior. Desde então, o regime tem recorrido a uma rede de empresas de fachada para obter combustível. Só nos primeiros cinco meses de 2018, segundo o relatório, Pyongyang conseguiu comprar 500 mil barris, que foram transportados por 40 navios.

Ainda segundo a CNN, o relatório da ONU parece confirmar uma reportagem publicada recentemente pelo jornal The Washington Post, que apontou que a Inteligência dos EUA tinha reunido novas informações, incluindo imagens de satélite, que mostravam que a Coreia do Norte não abandonou a construção de novos mísseis.

O relatório da ONU foi divulgado no momento em que o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, se encontra em Cingapura para uma reunião ministerial da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).

Durante o evento, Pompeo classificou de "inconsistentes" as ações do regime norte-coreano de continuar com a construção de mísseis de longo alcance ao mesmo tempo em que promete desmantelar seu armamento nuclear.

O presidente dos EUA, Donald Trump, e o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, realizaram no dia 12 de junho uma reunião histórica, também em Cingapura, onde concordaram sobre a importância de adotar ações "simultâneas" para conseguir a paz e a desnuclearização na península coreana.

JPS/afp/efe

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