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ONU diz que 3 milhões deixaram a Venezuela desde 2015

8 de novembro de 2018

Somente nos últimos três meses, cerca de 700 mil venezuelanos saíram do país. Colômbia é o principal destino desta migração, recebendo mais de 1 milhão de pessoas. No Brasil, chegaram 85 mil.

Venezuelanos atravessam fronteira com a Colômbia
Venezuelanos atravessam fronteira com a Colômbia Foto: Reuters/C. Garcia Rawlins

O número de pessoas que deixaram à Venezuela para fugir da crise econômica e política que atinge o país chegou a 3 milhões, anunciou nesta quinta-feira (08/11) o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). Somente desde agosto 700 mil venezuelanos deixaram o país.

A América Latina é a região que mais recebeu migrantes venezuelanos, totalizando 2,4 milhões. Segundo o Acnur e a Organização Internacional para as Migrações (OIM), destes mais de 1 milhão foi para a Colômbia, 500 mil para o Peru, 220 mil para o Equador, 130 mil para a Argentina, 100 mil para o Chile, 94 mil para o Panamá, e 85 mil para o Brasil. Cerca 600 mil se deslocaram para outras regiões do mundo.

O drama das venezuelanas grávidas

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A principal porta de saída da Venezuela é a fronteira com a Colômbia. De acordo com o porta-voz do Acnur, William Spindler, estima que entre 5 mil e 6 mil venezuelanos cruzem essa fronteira diariamente.

"Os países da América Latina e do Caribe mantiveram em larga escala uma política louvável de portas abertas a refugiados e migrantes da Venezuela. No entanto, esta capacidade de acolhimento está sob pressão, exigindo uma resposta mais robusta e imediata da comunidade internacional para que se mantenha esta generosidade e solidariedade", afirmou Eduardo Stein, representante especial da ONU para os refugiados e migrantes venezuelanos.

A grave crise econômica que afeta a Venezuela, marcada por uma acentuada recessão, hiperinflação e escassez de alimentos, medicamentos e outros produtos básicos, provocou um êxodo de centenas de milhares de venezuelanos.

Com uma economia dependente do petróleo, a Venezuela sofreu com a queda global do preço deste recurso, que se somou a má gestão financeira e política. A crise gerou uma hiperinflação, que, segundo economistas do Fundo Monetário Internacional (FMI), pode chegar a mais de 1 milhão por cento neste ano.

CN/lusa/ap/dpa

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