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Líbia pós-Kadafi

22 de outubro de 2011

Em caráter provisório, Otan comunica que missão Unified Protector terminará no fim de outubro. Conselho Nacional de Transição é pressionado a informar sobre destino do corpo de Kadafi e circunstâncias de sua morte.

epa02974270 Libyans celebrate the fall of Sirte and death of fugitive former Leader Muammar Gaddafi, in Tripoli, Libya, 20 October 2011. According to media report, the head of the executive board of Libya's ruling National Transitional Council (TNC) Jibril confirmed the death of Muammar Gaddafi, Libyans poured into the streets to celebrate the news of Muammar Gaddafi's death on 20 October, as Western leaders called on the country's transitional government to embrace a new era of democracy after decades of despotism in the North African state. EPA/SABRI ELMHEDWI +++(c) dpa - Bildfunk+++
Júbilo na Líbia pela morte do ditadorFoto: picture-alliance/dpa

O conselho da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) decidiu em reunião extraordinária em Bruxelas, na noite desta sexta-feira (21/10), encerrar em 31 de outubro a missão militar internacional na Líbia. Na ocasião, o secretário-geral do grêmio, Anders Fogh Rasmussen, falou de uma resolução provisória. Porém nenhum dos aliados tem dúvida de que ela será cumprida.

Ao contrário do que fora anteriormente anunciado, o Conselho Nacional de Transição (CNT) só pretende apresentar neste domingo a declaração solene sobre a libertação da Líbia, após os 42 anos do regime de Kadafi. Em seguida, o líder do CNT, Mustafa Djali, anunciará em Bengasi o fim da ditadura, segundo o Ministério da Informação do novo governo. Naquela cidade portuária no nordeste líbio iniciou-se a revolta contra a tirania do regime.

Soldado líbio no quartel-general de Kadafi em TrípoliFoto: picture alliance/dpa

Moscou protesta

A Rússia insiste na suspensão parcial da resolução da ONU que outorgou poderes à Otan para os ataques aéreos na Líbia. O embaixador russo nas Nações Unidas, Vitali Tchurkin, anunciou ter apresentado ao Conselho de Segurança da ONU o esboço de um novo documento.

A resolução da ONU, aprovada em março último, estabeleceu que a Aliança Atlântica deveria proteger a população civil da Líbia da violência do regime de Muammar Kadafi exclusivamente por meios militares aéreos. Com base nesse mandato, a Unified Protector realizou cerca de 9.600 investidas aéreas contra o exército do ditador e suas unidades militares durante quase sete meses.

Questões em aberto

Circunstâncias da morte ainda não foram esclarecidasFoto: dapd

A família Kadafi quer que o CNT entregue os restos mortais do ditador a seu clã, na cidade de Sirte, a fim de que ele seja sepultado segundo os ritos islâmicos. Esta exigência partiu da viúva Saifa Kadafi, que vive na Argélia, e foi divulgada por uma emissora de TV síria.

Segundo fontes de imprensa, o conselho de transição pretende mandar enterrar Muammar Kadafi num local sigiloso, de modo a evitar a criação de um sítio de peregrinação. Assim como a Organização das Nações Unidas, agora os Estados Unidos também requerem um esclarecimento detalhado sobre as circunstâncias da morte do ex-líder líbio de 69 anos.

Kadafi foi preso e morreu na última quinta-feira, quando tropas do CNT tomaram sua cidade natal, Sirte. Porém, no momento ninguém, sabe como se esclarecerá se ele foi executado ou se foi vítima acidental de um tiroteio.

Autor: Marko Langer (av)
Revisão: Marcio Pessôa

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