1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

ONU quer garantias de segurança a ajuda humanitária na Síria

9 de fevereiro de 2014

Mesmo sob vigência de cessar-fogo, caminhões com mantimentos e remédios sofrem ataque em Homs, cidade síria sob controle rebelde. Governo e insurgentes trocam acusações sobre autoria dos ataques.

Foto: Reuters/Thaer Al Khalidiya

Um dia após um ataque ao comboio das Nações Unidas e da organização Crescente Vermelho que levava ajuda humanitária à cidade histórica de Homs, na Síria, funcionários de organizações humanitárias estiveram na fronteira do município neste domingo (09/02) para retomar os trabalhos.

Eles ajudaram a evacuar civis e entregar ajuda às 2,5 mil pessoas acuadas no local pela guerra civil que já dura quase três anos. A ONU agora quer garantias de corredores seguros para a passagem de mantimentos e remédios para a cidade.

O ataque de sábado contrariou o acordo de três dias de cessar-fogo entre o governo sírio e os insurgentes, que estava valendo desde a última sexta-feira. Na próxima segunda-feira, os lados envolvidos, assim como mediadores internacionais, retomam as negociações pela paz no território sírio. O encontro está sendo realizado em Genebra, na Suíça.

O ataque de sábado deixou apenas um ferido. Um caminhão da ONU sofreu pequenas avarias no ataque. Outros dois, porém, ficaram bastante danificados. "É preciso ter garantias suficientes. Não podemos trazer ajuda sem garantia", afirmou a porta-voz do Programa Alimentar Mundial da ONU, Abir Atifeh, ao canal de televisão de Dubai Al Arabyia.

A responsável pelo escritório de Assuntos Humanitários da ONU, Valerie Amos, afirmou estar decepcionada com a violência que interrompeu a missão no sábado e infringiu o cessar-fogo. Mas garantiu que a organização vai continuar os trabalhos na Síria. "As Nações Unidas e nossos parceiros não vamos nos intimidar em fazer o nosso melhor e levar ajuda para aqueles que necessitam", afirmou Amos.

Segundo a agência estatal de notícias Sana, 65 pessoas foram evacuadas de Homs por intermédio da entidade Crescente Vermelho.

Acusações mútuas

Tropas fiéis ao presidente sírio, Bashar al-Assad, e militantes rebeldes trocam acusações mútuas sobre a autoria do atentado e sobre a quebra da trégua. Há mais de um ano, forças do governo têm impedido a entrada de alimentos e medicamentos em áreas de Homs controladas pelos rebeldes.

Ataque a comboio da ONU durante cessar-fogo deixou um feridoFoto: Reuters/Thaer Al Khalidiya

Homs foi uma das primeiras cidades a sediar movimentos contrários a Assad em 2011 e vem sendo uma das mais atingidas pela guerra civil.

O cessar-fogo foi o primeiro resultado concreto, ainda que modesto, das conversas pela paz na Síria, iniciadas há duas semanas. Na sexta-feira, primeiro dia da trégua, 83 civis (mulheres, crianças e idosos) foram retirados das ruínas na área central de Homs – menos da metade dos 200 inicialmente planejados pelo governo da cidade.

A livre passagem de ajuda humanitária na cidade também foi uma das propostas colocadas sobre a mesa de negociações durante o encontro em Genebra. Esta seria uma medida para construir uma relação de confiança entre as partes envolvidas, sob a chancela dos Estados Unidos e da Rússia.

Ativistas afirmam que neste sábado pelo menos 11 pessoas foram mortas ao norte da cidade de Aleppo, depois de um ataque de bombas jogadas de helicópteros.

MSB/dpa/ap/rtr

Pular a seção Mais sobre este assunto
Pular a seção Manchete

Manchete

Pular a seção Outros temas em destaque