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ONU registra grandes avanços no combate à aids

21 de novembro de 2012

Relatório da Unaids revela diminuição no número de novos casos da doença, incluindo regiões fortemente afetadas, como a África subsaariana e o Caribe. Brasil é novamente elogiado.

Foto: picture-alliance/dpa

Novas esperanças para o fim da epidemia mundial de aids surgiram nesta terça-feira (20/11), após a divulgação do relatório do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids, na sigla em inglês) em Genebra, na Suíça. Os resultados revelaram grandes avanços no combate à doença.

Em 2011, 2,5 milhões de pessoas contraíram o vírus HIV, ou 20% a menos do que em 2001. "A velocidade do processo acelerou, o que demorava uma década para acontecer agora é alcançado em 24 meses", declarou Michel Sidibé, diretor executivo do Unaids. Em algumas regiões essa diminuição foi bem acima da média. No Caribe, por exemplo, foi de 42% e na África subsaariana, de 25%.

O relatório apontou que 34 milhões de pessoas viviam com aids em 2011. A região com maior número de infectados continua sendo a África subsaariana, com 69% do total. Segundo dados do Ministério da Saúde, há entre 490 mil e 530 mil soros-positivos no Brasil. Quase 135 mil não sabem que são portadores do vírus.

Cerca de 8 milhões de pessoas tiveram acesso às drogas antirretrovirais em 2011. A meta das Nações Unidas é aumentar esse acesso para 15 milhões de pessoas até 2015. "Estender o tratamento para um maior número de pessoas é possível e oferece o benefício crucial triplo de reduzir a doença, as mortes e os riscos de transmissão", afirmou Manica Balasegaram, da organização humanitária Médicos Sem Fronteiras.

Além disso, o aumento do acesso a medicamentos modernos contribuiu para a diminuição das taxas de mortalidade. No Brasil, 217 mil pessoas estão em tratamento. Segundo o relatório, o país investiu adequadamente os recursos e focou o seu programa de tratamento e prevenção nos mais vulneráveis e marginalizados e, por isso, tem colhido benefícios.

Resultados são animadores

Organizações humanitárias consideram os resultados muito positivos. "Os novos números comprovam que vale a pena investir em programas de prevenção. Com informação e prevenção é possível diminuir a epidemia de aids e salvar vidas", disse Renate Bähr, da organização de ajuda humanitária DSW (Deutsche Stiftung Weltbevölkerung).

"Um mundo sem aids é possível, mas é uma questão de vontade política", afirmou Holger Wicht, porta-voz da Deutsche Aids-Hilfe. "Há tratamentos e estratégia de preservação eficazes, agora eles precisam ser aplicados em maior escala."

O Unaids pede a todos os países que continuem investindo em seus programas de prevenção. Somente dessa maneira, o objetivo de ONU de diminuir pela metade os números de novas infecções até 2015 pode ser alcançado.

Além disso, o Unaids reforçou que combater a discriminação dos portadores do HIV também é muito importante. Ela não apenas aumenta o sofrimento dos atingidos, como dificuldade a luta contra a doença.

CN/dpa/rtr
Revisão: Alexandre Schossler

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