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ONU registra recorde de mortes no Mediterrâneo em 2016

23 de dezembro de 2016

Nações Unidas estimam que ao menos 5 mil migrantes tenham morrido ao tentar atravessar o mar rumo à Europa. Transporte é feito por atravessadores em embarcações precárias e superlotadas.

Barco de refugiados no Mediterrâneo
Foto: picture-alliance/dpa/Ong Sos Mediterranee

Ao menos 90 pessoas estão desaparecidas após dois naufrágios na costa da Itália, elevando o número de migrantes mortos no Mar Mediterrâneo em 2016 para pelo menos 5 mil, um novo recorde, divulgaram agências da ONU nesta sexta-feira (23/12).

O porta-voz da Organização Internacional para as Migrações (OIM), Joel Millman, disse que os 63 sobreviventes de um naufrágio relataram que estavam inicialmente a bordo entre 120 e 140 pessoas. Num outro naufrágio na quinta-feira, terão sobrevivido 80 pessoas, e estima-se que outras 40 tenham morrido. 

O porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), William Spindler, disse também que ao menos 100 pessoas morreram em desastres recentes no Mediterrâneo. Segundo o Acnur, uma média de 14 pessoas por dia morreu no mar neste ano.  

No ano passado, 3.711 mil migrantes perderam a vida ao tentar chegar à Europa pelo Mediterrâneo, de acordo com a ONU. "As condições no mar são difíceis e tem o clima do inverno. Quando a embarcação vira, as chances de sobreviver são poucas", disse Millman.

Em outubro deste ano, a ONU já havia declarado 2016 como o ano mais mortal para os migrantes que tentaram chegar ao continente europeu por mar. Naquele mês, as autoridades já haviam registrado a morte de 3,8 mil migrantes.

As mortes aumentaram acentuadamente este ano porque os traficantes ou atravessadores de migrantes usaram barcos de baixa qualidade e enviaram mais barcos simultaneamente e devido ao mau tempo, ressaltou Spindler. As embarcações costumam viajar superlotadas.

TMS/dpa/ap/afp