Trabalhadores encontram símbolo nazista de quatro por quatro metros enterrado nas instalações de um centro esportivo em Hamburgo. Cidade ordena a destruição do objeto.
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Trabalhadores da construção civil em Hamburgo, na Alemanha, encontraram nesta terça-feira (21/11) uma enorme suástica de concreto num local onde seriam erguidos vestiários de um centro esportivo no bairro de Billstedt.
Membros do clube esportivo Billstedt-Horn, onde o objeto de quatro por quatro metros foi descoberto, afirmam que antigamente o local abrigava um monumento nazista que foi destruído há décadas.
Um operário encontrou por acaso o objeto, que estava enterrado a apenas 40 centímetros de profundidade, e continuou escavando até descobrir do que se tratava.
Os responsáveis pelo patrimônio histórico de Hamburgo ordenaram a remoção da suástica - a exibição de símbolos do nazismo é proibida na Alemanha. Mas, por ser pesada demais, até mesmo para ser erguida por uma escavadeira, ela deverá ser destruída no local por britadeiras.
"Tem que ser removido o mais rápido possível", disse uma porta-voz do Billstedt-Horn, temendo que o local vire um ponto de peregrinação de neonazistas.
RC/dpa/ap/efe
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Suásticas viram grafites divertidos em Berlim
Suásticas viram grafites divertidos em Berlim
Foto: Legacy BLN - Graffiti Culture & Art Tools
Cubo mágico
Os ângulos retos característicos das suásticas viram base para um motivo colorido. A iniciativa PaintBack foi fundada em Berlim pelo artista de grafite e empresário Ibo Omari. A ideia nasceu em 2015, quando um freguês da loja de tintas para grafite de Omari quis comprar um spray de tinta para cobrir uma pichação nazista.
Foto: picture-alliance/dpa/S. Kembowski
Pichando símbolos do ódio
Além de ser dono de uma loja de materiais para grafiteiros, Ibu Omari, de 37 anos, dirige um clube jovem que reúne crianças e adolescentes de origem alemã e imigrante para promoção de atividades diversas, incluindo arte de rua. "Nós, como artistas da rua, queríamos enviar a mensagem 'você está usando o grafite de forma abusiva', diz ele, para justificar a criação da iniciativa PaintBack.
Foto: picture alliance / dpa
Gato na janela
Omari e outros voluntários adultos usam os motivos criados pelos menores de seu clube para "embelezar" as suásticas. O grafite é aplicado quando alguma suástica é encontrada nas redondezas, após ser obtida uma autorização do dono da propriedade pichada. "Escolhemos imagens doces e atrevidas", diz ele.
Foto: Legacy BLN - Graffiti Culture & Art Tools
Coruja
A maioria dos motivos é desenhado por crianças, para que mesmo os iniciantes, que não são artistas de grafite, possam reproduzi-las facilmente. A ideia da iniciativa é responder aos símbolos nazistas, ícones do ódio e do preconceito, com "humor e amor'".
Foto: Legacy BLN - Graffiti Culture & Art Tools
Mosquito
A ação visa combater a tendência de aumento de pichações nazistas, que voltaram a se multiplicar, aparentemente alimentadas pelo afluxo de mais de um milhão de imigrantes após a chanceler Angela Merkel ter aberto as fronteiras em 2015. A agência de inteligência doméstica alemã registrou aumento de 7% dos crimes politicamente motivados em 2016, um terço deles foi tido como "crime de propaganda".
Foto: Legacy BLN - Graffiti Culture & Art Tools
Humor contra o preconceito
Omari, cujos pais fugiram do Líbano como refugiados quando ela ainda estava por nascer, disse que os jovens de seu clube são importantes para transformar em ação "os sentimentos de choque e impotência" provocados pelas pichações de suásticas. Assim, eles apagam, com humor, símbolos nazistas e, ao mesmo tempo, deixam suas próprias marcas em Berlim.