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Esporte

Opinião: Rumo ao topo

Andreas Sten Ziemons
Andreas Sten-Ziemons
8 de fevereiro de 2017

Philipp Lahm encerra no fim da temporada sua carreira de jogador de futebol e, ao mesmo tempo, recusa assumir a direção esportiva do Bayern. Por trás disso há um ambicioso plano de carreira, opina Andreas Sten-Ziemons.

Andreas Sten-Ziemons escreve sobre esporte para a Deutsche Welle

Determinado e firme, assim foi Philipp Lahm em toda a sua carreira. Tanto faz se era sobre denunciar publicamente problemas no Bayern de Munique, sobre requerer resolutamente a braçadeira de capitão na seleção alemã ou sobre qualquer outro tema do qual tivesse algo para falar – mesmo que, às vezes, gerasse certo incômodo. E o polivalente atleta do Bayern de Munique permaneceu fiel à sua linha de conduta também em sua última decisão – a de quando pendurar as chuteiras.

Assim como foi na sua aposentadoria da seleção alemã, logo após a conquista da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, Lahm consegue alcançar algo que alguns de seus antecessores – por exemplo, Lothar Matthäus, Stefan Effenberg e Michael Ballack – não conseguiram com tamanha perfeição.

Lahm deixa os gramados de forma voluntária e independente num momento em que todos lamentam o fato de ele não esticar sua carreira por mais uma ou duas temporadas. "Eu gostaria de estar com ele no gramado por mais algum tempo", disse o goleiro Manuel Neuer. "Mas é a sua decisão pessoal, e eu aceito, claro."

O nível competitivo de Lahm ainda é notável, e certamente seria bom o suficiente para ditar o jogo do Bayern de Munique por mais alguns anos. Talvez não na posição de lateral-direito, que exige uma movimentação intensiva, mas no meio-campo defensivo, onde uma posição ficará livre com a saída de Xabi Alonso no final desta temporada. Sob o comando de Pep Guardiola, Lahm atuou temporariamente como volante e convenceu. Mas ele não quer, tem outros planos.

Primeiramente, Lahm quer fazer uma pausa, em vez de assumir imediatamente uma função administrativa – também um passo inteligente. Embora Lahm perca com essa decisão a chance de assumir a vaga de diretor esportivo do Bayern de Munique, ele possivelmente se coloca numa melhor posição para assumir tarefas ainda maiores.

O contrato de Kar-Heinz Rummenigge como presidente-executivo do Bayern de Munique vai até 2019. O ex-atacante terá, então, 64 anos de idade – um bom momento para passar o bastão. Possivelmente a Lahm, que então deve estar descansado o suficiente para assumir um cargo alto no conselho ou na diretoria do Bayern de Munique. Talvez até a posição de chefe do clube?

Ser presidente-executivo do Bayern de Munique com apenas 35 anos de idade? Muitos consideram essa variante bem provável. E esse desfecho se encaixaria perfeitamente dentro da ambição de Philipp Lahm e do seu rigoroso planejamento de carreira. 

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