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Oposição e apoiadores de Maduro protestam em Caracas

12 de março de 2016

Oposicionistas exigem saída antecipada do presidente venezuelano, cujo mandato regular termina em 2019. Em outra manifestação, partidários do governo criticam decreto dos EUA que declara país como ameaça.

Meta de oposicionistas é renúncia do presidente venezuelanoFoto: picture-alliance/dpa/EFE/M. Gutierrez

Milhares de oposicionistas venezuelanos foram às ruas de Caracas neste sábado (12/03) para exigir a saída antecipada do presidente Nicolás Maduro do poder. Numa manifestação paralela, partidários do governo socialista fizeram marcha "anti-imperialista" contra os Estados Unidos.

A oposição conseguiu maioria nas eleições legislativas do ano passado. O país passa por uma grave recessão, com o nível de inflação mais alto do mundo. O protesto, convocado em várias cidades do país, não teve a mesma adesão das manifestações antigoverno de 2014, que resultaram em mortes e na prisão do líder oposicionista Leopoldo López. Durante semanas, as ruas ficaram tomadas por gás lacrimogêneo e barricadas.

"Hoje a Venezuela sai às ruas não porque quer confusão, mas porque busca uma solução pacífica para a crise", disse o secretário-executivo da Mesa da Unidade Democrática (MUD), que reúne os principais partidos da oposição. A coalizão concordou em forçar uma saída de Maduro. O presidente foi eleito em 2013 para um mandato de seis anos.

No oeste de Caracas, partidários do governo responderam ao chamado de Maduro e saíram às ruas vestidos de vermelho contra um decreto dos EUA que declarou a Venezuela como uma ameaça à segurança do país.

O presidente venezuelano tem perdido cada vez mais apoio. Apesar disso, a oposição tem dificuldades em tirar Maduro do poder devido às manifestações de 2014, que não resultaram em mudanças, e a entraves legais para a realização de uma consulta popular para decidir se Maduro deve encerrar seu mandato antes de 2019.

KG/efe/rtr

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