1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Oposição espanhola rejeita Rajoy como chefe do governo

23 de dezembro de 2015

Pedro Sánchez afirma que socialistas vão explorar todas as possibilidades para que haja "um governo de mudança e de diálogo" na Espanha. Para líder do PSOE, espanhóis votaram contra a continuidade do premiê Rajoy.

Premiê espanhol, Mariano Rajoy (esq.), em encontro com líder do PSOE, Pedro Sánchez, em MadriFoto: picture-alliance/dpa/S. Barrenechea

O secretário-geral do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), Pedro Sánchez, afirmou nesta quarta-feira (23/12) que os socialistas "vão explorar todas as possibilidades para que haja na Espanha um governo de mudança e de diálogo", reafirmando que rejeita uma coalizão com o Partido Popular (PP) e que não apoiará Mariano Rajoy como premiê espanhol.

Sánchez fez o comunicado na sede do Executivo, em Madri, diante de líderes do partido conservador e do atual chefe de governo Rajoy. O político socialista acrescentou ser este "o momento de o PP tentar formar um governo", e que o PSOE não "defraudará seus eleitores", dando qualquer apoio ao Executivo liderado pela direita.

"Esta é a hora de o PP tentar formar governo. Repito: tentar formar governo", salientou Sánchez, apelando também às outras forças políticas para que "respeitem os prazos da democracia" e não optem por "atalhos".

A seu ver, os espanhóis votaram no domingo "contra as políticas de Mariano Rajoy e do PP", sobretudo "contra sua ausência de diálogo", razão pela qual o Parlamento espanhol será agora mais pluralista. "Por isso, achamos que o presidente do Congresso dos Deputados deve ser não da primeira força política, mas sim da segunda". Ou seja: do PSOE.

Sánchez rejeitou ainda a realização de novas eleições como saída para um eventual impasse político, afirmando ser essa a última das opções.

A vitória apertada do PP, sem maioria absoluta (123 deputados), abriu caminho a um eventual acordo do PSOE de Pedro Sánchez (90 deputados) com outras forças de esquerda como o Podemos e os independentistas catalães da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), a fim de afastar a direita do poder, que ocupa desde 2011.

Os resultados das eleições de domingo sinalizaram o fim do bipartidarismo na Espanha, com o PP e os socialistas perdendo apoio popular e vendo o crescimento nas urnas da legenda de extrema direita Podemos e do partido centrista Ciudadanos.

PV/lusa/afp/ap

Pular a seção Mais sobre este assunto