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Oposição exige renúncia imediata de Schröder

ef25 de fevereiro de 2004

Oposição social-cristã e liberal da Alemanha aproveita os tradicionais comícios da Quarta-feira de Cinzas para atacar o gabinete social-democrata e verde e exigir a renúncia imediata do chefe de governo Schröder.

Stoiber: Alemanha não merece ser governada por estes diletantesFoto: AP

"A Alemanha espera por isto, pois não merece ser governada por estes diletantes", discursou o presidente da União Social Cristã (CSU), Edmund Stoiber, em Passau, sob aplausos de oito mil partidários.

O presidente do Partido Liberal, Guido Westerwelle, também quer a renúncia do chanceler federal, Gerhard Schröder, por achar que ele reagiu tarde demais e de maneira superficial à crise estrutural. A crise se caracteriza por um déficit público gigantesco, desemprego em massa, recorde de falências e queda do Produto Interno Bruto (PIB). O presidente dos liberais exigiu ainda o fim do "caótico sistema fiscal".

O clima na Baviera governada por Stoiber, que perdeu a última eleição nacional para Schröder, assemelhou-se aos de fim de noite em bares freqüentados por grandes consumidores de cerveja. Oradores da situação e oposição trocaram inclusive acusações pessoais. Uma delas dava conta de que o vice-presidente da oposição democrata-cristã CDU, Friedrich Merz, estaria bêbado. Outros políticos foram acusados de traição à pátria. Sem citar nomes, o governador bávaro qualificou os empresários alemães de "covardes demais para um debate social na implantação das reformas econômico-sociais".

Bütikofer: as reformas "são corretas e necessárias"Foto: AP

"Schröder fracassou"

- Em seu discurso apaixonado, o político bávaro atacou a coalizão de governo social-democrata e verde de forma generalizada e com uma dureza fora do comum. "A política de reformas fracassou, Schröder fracassou", disse ele sob aplausos frenéticos. "Em vez de deixar a presidência do SPD, Schröder tem de renunciar como chanceler federal", exigiu.

Neste início de ano eleitoral, com 14 eleições estaduais (a primeira no próximo domingo, em Hamburgo), o adversário do chefe de governo exortou os eleitores a mostrarem cartão vermelho aos partidos governistas social-democrata (SPD) e Verde.

Defesa oficial

- Franz Müntefering, designado para substituir Schröder na presidência do SPD, e o presidente do Partido Verde, Reinhard Bütikofer, defenderam a política do governo. Müntefering excluiu a possibilidade de novo alívio fiscal, perante 600 partidários em Vilshofen. Bütikofer sustentou que as reformas "são corretas e necessárias", num discurso para 200 pessoas em Passau. "O gabinete vai prosseguir com o seu curso de reformas", acrescentou, "porque do contrário o Estado social não sobreviverá."

Schröder e a presidenta do maior partido de oposição (CDU), Angela Merkel, só tinham discursos previstos para a noite de quarta-feira. O chefe de governo em encontro de social-democratas em Düsseldorf, e Merkel em Demmin, na Pomerânia Ocidental.

Protesto policial

- Pela primeira vez em mais de 50 anos de história do espetáculo político da Quarta-feira de Cinzas, houve protesto de policiais contra a CSU na Baviera. Cerca de 2500 fizeram uma manifestação contra a política de Stoiber e acusaram o governador de fraude eleitoral.

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