Segunda rodada
12 de outubro de 2011Após a rejeição da proposta de ampliação do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), a Eslováquia fará uma segunda rodada de votação para evitar o bloqueio da reforma na Europa.
O governo eslovaco e o partido mais importante da oposição, o social-democrata Smer, chegaram a um acordo nesta quarta-feira (12/10) e levarão a proposta novamente a plenário nesta sexta-feira (14/10). Em troca, a oposição recebeu a promessa de novas eleições em março de 2012.
A Eslováquia será o último dos 17 países da zona do euro a aprovar a remodelação do FEEF. Após intensas e acaloradas discussões no Parlamento em Bratislava na noite desta terça-feira, a proposta acabou sendo rejeitada por conta do boicote dos parlamentares do partido de coalizão Liberdade e Solidariedade (SaS), liderado por Richard Sulik. Apenas 55 dos 124 deputados presentes votaram a favor da ampliação do fundo.
Após o acordo com a oposição, os outros três partidos da coalizão agora afirmam que também aprovarão a medida em plenário. Juntos, eles chegam a uma ampla maioria de 119, dos 150 assentos do Parlamento.
A reprovação do fundo foi um duro golpe para a primeira-ministra Iveta Radicova, que havia atrelado a aprovação da proposta a uma moção de desconfiança em relação a seu governo. Segundo o presidente do partido Smer, Robert Fico, nesta quinta-feira o Parlamento deve avaliar uma proposta para a realização de novas eleições em 10 de março do ano que vem. Fico, que entre 2006 e 2010 foi chefe de governo da Eslováquia, condicionou a ampliação do fundo de resgate à aprovação das novas eleições.
A resistência eslovaca ameaçava os esforços para tentar salvar os bancos e contornar a crise da dívida grega, mesmo após Atenas ter recebido sinal verde de auditores da União Europeia, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Central Europeu (BCE) para receber dinheiro do fundo de resgate. O novo FEEF vai disponibilizar 440 bilhões de euros, em vez dos atuais 250 bilhões de euros, para ajuda financeira no bloco europeu.
MS/afp/dpa
Revisão: Carlos Albuquerque