Às vésperas do Dia Mundial da Aids (01/12), várias organizações filantrópicas alemãs pediram nesta quarta-feira mais engajamento político na luta contra a doença. "Tanto nos países mais atingidos quanto no Ocidente falta vontade política para combater os problemas", disse o diretor-executivo de Fundação Alemã para a População Mundial (DSW), Jörg Maas.

Ele acusou o governo alemão de não estar disponibilizando os recursos prometidos em 1994, na Conferência Mundial sobre População no Cairo, com os quais deveria ser financiado o planejamento familiar em países em desenvolvimento.

A organização humanitária Médicos Sem Fronteiras advertiu em Berlim sobre o aumento dos preços de medicamentos contra a aids. Os avanços feitos nos últimos anos no tratamento de aidéticos em países em desenvolvimento correm o risco de serem destruídos por uma explosão de preços, informou a organização.

O serviço de ajuda Malteser pediu a formação e contração de mais pessoal especializado. Segundo a entidade, faltam milhões de especialistas – médicos, assistente sociais, psicólogos e técnicos de laboratório – tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento e acompanhamento dos pacientes.

O governo alemão pretende diponibilizar em 2007, quando assume a presidência da União Européia e do G-8, cerca de 400 milhões de euros para o combate à aids em todo o mundo.