Feira em Hannover chegou a ser a maior de tecnologia da informação no mundo e deixará de ser realizada após mais de três décadas. Número de visitantes vinha caindo nos últimos anos.
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Após 33 anos, a feira de tecnologia da informação (TI) Cebit não será mais realizada em Hannover, na Alemanha. A empresa Deutsche Messe, organizadora do evento anual, anunciou o fim da feira nesta quarta-feira (28/11), devido às sucessivas quedas no número de visitantes.
A Cebit já foi a maior feira de TI do mundo. Em seu auge, no início dos anos 2000, o evento chegou a receber cerca de 800 mil pessoas. Mas, nos últimos anos, o número de visitantes caiu significativamente: a edição de 2018 atraiu 120 mil pessoas. Em 2017 havia sido 200 mil.
A Deutsche Messe havia desenvolvido um novo conceito para a Cebit, transformando-a numa mistura de feira, conferência e festival. Apesar da tentativa de reavivar o evento, o número de visitantes seguiu em queda.
A digitalização é hoje o tema dominante em feiras de diversos setores e, por isso, a demanda por um evento específico, como a Cebit, é cada vez menor, justificaram os organizadores.
Temas digitais de interesse da indústria que estavam presentes na Cebit continuarão sendo abordados na Hannover Messe, feira de tecnologia industrial realizada anualmente na cidade alemã.
"A indústria alemã discutiu várias vezes nos últimos anos sobre a sobreposição temática da Hannover Messe com a Cebit", disse Jochen Köckler, presidente da Deutsche Messe. "Por isso, vamos transferir os temas que se encaixam claramente na Hannover Messe."
Em 2012, o Brasil foi o país-parceiro da Cebit e enviou cerca de cem expositores à feira. A cerimônia de abertura do evento, cujo tema central foi segurança no mundo da informática, contou com a participação da então presidente, Dilma Rousseff, que discursou ao lado da chanceler federal alemã, Angela Merkel.
LPF/dpa/afp
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Da Arábia Saudita à Coreia do Sul, novas cidades são projetadas para diminuir a pressão sobre metrópoles já existentes. Sustentáveis e inteligentes, elas devem abrigar milhares de pessoas.
Foto: picture-alliance
Neom, Arábia Saudita
Se depender do príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman, Neom deve ser a cidade mais segura, mais eficiente e mais moderna do mundo. Um total de 500 bilhões de dólares deve ser investido na nova zona economia especial no Mar Vermelho. A cidade hi-tech e sustentável deve criar empregos para jovens e ter uma legislação própria. A primeira etapa da construção deve ser concluída até 2025.
Foto: NEOM
Masdar City, Abu Dhabi
A cidade hi-tech e ecológica Masdar City, nos Emirados Árabes Unidos, deveria ter ficado pronta em 2016. Nesse meio tempo, deixou-se de lado a meta de uma cidade completamente livre de emissões, e a conclusão da obra foi postergada para 2030. A Agência Internacional para Energias Renováveis (Irena) e empresas como a Siemens já se mudaram para o local, mas ainda faltam moradores.
Foto: DW/I. Quaile
Maidar City, Mongólia
A capital da Mongólia, Ulan Bator, está sufocada pelo trânsito e smog. Para aliviar a situação, uma nova cidade deve ser construída ao sul da capital. Até 2030, 90 mil pessoas devem se mudar para a ecológica Maidar City, projetada pelo arquiteto alemão Stefan Schmitz. Posteriormente, o número de habitantes deve chegar a 300 mil. A maior estátua de Buda do mundo deve ser símbolo de Maidar City.
Foto: RSAA
Lingang New City, China
Um novo centro econômico deve nascer próximo à metrópole chinesa Xangai. Projetada por um escritório de arquitetura de Hamburgo, Lingang New City deve abrigar 800 mil pessoas. A cidade oferecerá postos de trabalho na pesquisa de alta tecnologia, no porto de Yangshan e na área de livre comércio adjacente.
Foto: Imago/Xinhua
Songdo, Coreia do Sul
Seis quilômetros quadrados de terra foram despejados no mar para a cidade sul-coreana de Songdo, que deve ser a cidade mais inteligente do mundo. Ela já abriga 100 mil habitantes, a maioria com alto poder aquisitivo. Do trânsito à polícia e às residências, tudo na cidade é conectado digitalmente e equipado com câmeras e sensores.
Foto: picture-alliance/dpa/Yonhap
Eko Atlantic City, Nigéria
Diante de Lagos, na Nigéria, embarcações despejaram terra para construir um luxuoso centro financeiro, que deve abrigar cerca de 250 mil pessoas. Na chamada Eko Atlantic City, serão erguidos centros comerciais, marinas e arranha-céus. Mais da metade da população da Nigéria vive na pobreza, e críticos veem a Eko Atlantic City como uma área protegida para os ricos.
Foto: Getty Images/AFP/P. Utomi Ekpei
Belmont Smart City, Estados Unidos
De acordo com a página do projeto na internet, o fundador da Microsoft, Bill Gates, está por trás dos planos para a Belmont Smart City, no Arizona. Situada a 70 quilômetros da capital do estado, Phoenix, a nova cidade deve abrigar cerca de 200 mil habitantes. Nela, deve ser testada a conexão entre residências, ambientes de trabalho e cidades inteligentes. O projeto ainda está na fase inicial.
Foto: Getty Images/A. Schmidt
Quayside, Toronto, Canadá
A Alphabet, holding que controla a Google, está criando um novo bairro em Toronto, no Canadá. Na foto, vê-se o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, no lançamento do projeto. Dez mil pessoas devem morar na área. Por meio de uma rede digital sofisticada, o bairro de Quayside deve ser capaz de fornecer uma quantidade sem precedentes de dados sobre os moradores.