O programa de comemorações, que se estenderá por semanas, vai ser aberto na terça-feira (07) pela orquestra Staatskapelle de Dresden, com o poema sinfônico Assim falou Zaratustra, de Richard Strauss, e a Sinfonia Pastoral, de Johannes Brahms, sob a regência de Ion Martin.

A homenageada, a Staatskapelle de Weimar, tem uma tradição quase ininterrupta de 400 anos, desde que foi fundada, em 1602, como orquestra da corte do Ducado da Saxônia-Weimar. Contando atualmente 97 músicos, ela tem como maestro titular Alexander Albrecht, que se entusiasma com o "som orquestral tipicamente alemão" que pôde ser mantido através dos tempos.

Isto se deve, em parte, ao fato de ter subsistido durante 40 anos num Estado socialista, a antiga República Democrática Alemã. Os músicos eram então todos garimpados nas escolas superiores locais, enquanto nas orquestras ocidentais os respectivos maestros precisavam formar uma unidade a partir de músicos oriundos das mais diferentes partes do mundo.

Maestros de renome –

O primeiro ponto alto da história da orquestra ocorreu no período de nove anos (1708-1717) de atuação de Johann Sebastian Bach, primeiro como organista e depois como maestro. Em Weimar, Bach compôs suas grandes obras para órgão e 30 cantatas religiosas.

A Franz Liszt, mestre de capela de 1842 a 1852, Weimar deve impulsos vanguardistas nas óperas e concertos. Fomentando o trabalho de compositores como Richard Wagner, Hector Berlioz e Peter Cornelius, Liszt contribuiu para que a cidade se tornasse uma meca para músicos de outros países europeus.

Os anos de 1889 a 1894, quando a orquestra esteve sob a direção de Richard Strauss, marcaram novo período de florescimento da vida musical na cidade, com a estréia de inúmeras óperas e peças orquestrais que se tornaram clássicas.