Os alemães podem mudar de ideia sobre a energia nuclear?
Ian Bateson
2 de novembro de 2021
Preço da eletricidade no mercado de energia alemão subiu 140% desde janeiro, e países europeus estão construindo novos reatores. Alguns alemães querem rever o compromisso de desativar suas usinas.
Anúncio
O preço da eletricidade no mercado de energia na Alemanha subiu cerca de 140% desde janeiro. A alta é impulsionada pelo custo do gás natural, que subiu 440% desde o início do ano. Até agora, o preço da eletricidade e do gás para residências aumentou apenas 4,7% no primeiro semestre, mas muitos consumidores temem que a elevação do valor no mercado de energia seja em breve repassada a eles.
A Alemanha já paga o preço de eletricidade mais alto da Europa, e cerca da metade do custo é composto por impostos, taxas e sobretaxas, parte dos quais se destina a financiar a transição para a energia renovável. Atualmente, cerca de um quarto da eletricidade da Alemanha vem do carvão, um quarto de fontes renováveis, 16% do gás natural e cerca de 11% da energia nuclear.
Em dezembro deste ano, metade dos reatores nucleares ainda em operação na Alemanha estão programados para serem desativados. A outra metade deverá sair de operação no próximo ano, como parte do plano do governo de abolir a energia nuclear. Essa mudança poderia elevar ainda mais os preços da energia, já que a Alemanha também está reduzindo o uso do carvão e ficando mais dependente do gás no curto prazo, enquanto planeja mudar para energias renováveis no longo prazo.
Três quartos dos alemães querem que seu governo tome medidas mais intensas para combater os aumentos de preços, e 31% disseram que apoiariam a manutenção da energia nuclear se isso estabilizasse os preços da eletricidade, segundo uma pesquisa feito pelo serviço de comparação de preços Verivox. Esse resultado representa um aumento de 11 pontos percentuais no apoio à energia nuclear desde 2018. A pesquisa ouviu uma amostra representativa com mil pessoas de 18 a 69 anos em toda a Alemanha em setembro de 2021.
Prós e contras da energia nuclear
Após as eleições nacionais de 26 de setembro, os social-democratas, os verdes e os liberais iniciaram negociações de coalizão para formar o próximo governo da Alemanha. Os acordos preliminares preveem o compromisso de construir novas usinas a gás e de eliminar progressivamente a energia obtida do carvão até 2030, mas sem prorrogar o uso da energia nuclear.
Em 13 de outubro, em uma carta aberta no jornal alemão Die Welt, especialistas alertaram que a Alemanha corria o risco de "carbonizar seu sistema energético ao fazer a eliminação gradual da energia nuclear" e descumprir suas metas climáticas para 2030. Esses especialistas acreditam que a perda de eletricidade produzida pela energia nuclear não poderá ser compensada por novas fontes de energias renováveis e, em vez disso, exigirá a queima de mais carvão e gás natural. A carta pede que o ciclo de vida das usinas em operação seja estendido até 2036.
A carta foi liderada pelo ambientalista britânico John Law e, apesar da impopularidade de tais pontos de vista na Alemanha, conta com diversos signatários alemães. Simon Friederich, professor de filosofia da ciência na universidade de Groningen, na Holanda, é um deles.
"Queremos expandir as energias renováveis. Se primeiro teremos que substituir as usinas nucleares desativadas por novas [fontes de] energia renovável, é claro que isso é um retrocesso desnecessário", disse ele à DW.
Friederich nem sempre teve uma visão tão positiva sobre energia nuclear e faz parte de uma geração que fez campanha para fechar as usinas nucleares. "Fui criado nos anos 1980 em uma família de párocos antinucleares e apoiadora dos Verdes", disse. Como muitos outros jovens alemães dessa época, ele leu o romance "A Nuvem", publicado em 1987 pela autora Gudrun Pausewang, que conta a história de um desastre como Chernobyl na Alemanha, e ficou horrorizado.
Mas depois que começou a estudar física na universidade, ele mudou sua opinião. Após o desastre de Fukushima no Japão, em 2011, que fez com que a Alemanha acelerasse a eliminação progressiva da energia nuclear, ele encarou com ceticismo o argumento de que a energia nuclear seria pior do que outras alternativas comumente utilizadas, como o carvão. Friederich não acredita que a energia nuclear seja uma opção perfeita, mas diz que ela ainda é uma alternativa importante devido à sua baixa emissão de carbono e capacidade de produzir grandes quantidades de energia em qualquer época do ano.
Anúncio
Pouca chance de reviravolta política
Mesmo que ainda não esteja claro como a Alemanha substituirá a energia nuclear e de carvão e ao mesmo tempo cumprirá suas metas climáticas, é muito improvável que a liderança política do país permita uma extensão, mesmo que temporária, da vida útil de seus reatores nucleares remanescentes. "O preço político é quase infinito. Quase nenhum político eleito faria isso. Certamente não um governo que inclua os Verdes", disse à DW Lion Hirth, professor de política energética na Hertie School. "Isso soaria como uma traição à causa. Há poucos temas de política que reuniram um consenso tão forte durante tanto tempo."
A oposição à energia nuclear está no cerne do movimento que lançou o Partido Verde em 1980 e continua a ser um de seus motes. O co-presidente dos Verdes, Robert Habeck, reiterou em um artigo em setembro de 2020 a sua crença de que a responsabilidade pelas gerações futuras deve ser o princípio orientador para tomar decisões sobre produção de energia e suas conseqüências.
Para ele, isso exclui a energia nuclear por causa do problema dos resíduos nucleares, que podem ser nocivos por até um milhão de anos, e para os quais ainda não há solução para o problema de armazenamento seguro de longo prazo.
O Partido Verde foi fundado como parte do movimento antinuclear na Alemanha Ocidental e foi essencial para a realização do acordo sobre abandono da energia nuclear pela coalizão que governava a Alemanha em 2002. Os políticos verdes participaram de atos nos anos 1970 e 1980 contra a usina de reprocessamento de Wackersdorf, o transporte de resíduos nucleares para Gorleben e a construção da usina nuclear de Brokdorf, protestos que eles vêem como parte da iconografia social da Alemanha.
Friederich reconhece que ele é uma exceção para a Alemanha, mas também vê isso como um debate que vai além das fronteiras de seu país. "Não sou totalmente ingênuo. Não há nenhum partido nas negociações da coalizão que tenha incluído isso como parte de suas prioridades eleitorais". Ele acredita que a verdadeira questão é sobre o futuro da energia nuclear na Europa e se a Alemanha se oporá ou tentará influenciar o seu uso.
Europa dividida sobre a energia nuclear
Dentro da UE, a França lidera um bloco influente que apóia a energia nuclear como uma maneira de reduzir as emissões de carbono. Dois vizinhos da Alemanha – a Polônia e a República Tcheca – também fazem parte desse grupo. Todos os três estão atualmente construindo novas usinas nucleares e pressionaram pela inclusão da energia nuclear nos planos de redução de carbono da União Europeia.
Em abril de 2020, o órgão científico da Comissão Europeia, o Centro Comum de Pesquisa, divulgou um relatório que constatou que a energia nuclear é uma fonte de energia segura, de baixo carbono, comparável à energia eólica e hidrelétrica. Essas conclusões permitem que a energia nuclear receba o selo de investimento verde sob as regras da UE. "As análises não revelaram nenhuma evidência científica de que a energia nuclear cause mais danos à saúde humana ou ao meio ambiente do que outras tecnologias de produção de eletricidade", afirma o documento.
Em resposta, os ministros de energia da Alemanha, Áustria, Dinamarca, Luxemburgo e Espanha enviaram uma carta à Comissão Europeia pedindo que a energia nuclear não receba esse status especial. "A energia nuclear, porém, é uma tecnologia de alto risco – a energia eólica não é. Essa diferença essencial deve ser levada em conta", afirma a carta, que também argumenta que o relatório não considerou a possibilidade de um grave incidente nuclear.
Tristeza pelo desligamento
No final de 2021, a Alemanha encerrará três dos últimos seis reatores nucleares alemães ainda em operação. Na usina de Gundremmingen, na Baviera, uma das unidades cessou suas operações em 2017. Agora a última unidade será fechada.
A usina reduzirá o número de funcionários dos atuais 540 para 440 no primeiro ano após o fechamento, de acordo com uma declaração fornecida à DW pela empresa multinacional alemã de energia RWE, que administra a usina. Muitos trabalhadores ainda são necessários para desativar e desmontar a usina, o que deve levar mais de 10 anos. Mas cada vez menos pessoas serão empregadas com o passar do tempo.
Apesar de um acidente em 1977 que exigiu o desligamento de um dos reatores, considerado o pior incidente em uma usina nuclear da história da Alemanha, muitos habitantes da região continuam a ter uma visão positiva da energia nuclear.
"Achamos muito triste", disse Gerlinge Hutter, que dirige a pousada Zum Ochsen em Gundremmingen, sobre o fechamento da usina. Ela espera que menos pessoas se hospedem no local, já que muitos de seus clientes trabalhavam na usina. "Também nos preocupamos com os preços da eletricidade. E sabemos que ainda é certo que estamos recebendo energia nuclear, porque os países ao nosso redor estão todos construindo novos reatores."
O mês de novembro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Luca Bruno/AP/picture alliance
Variante ômicron do coronavírus chega ao Brasil
O Instituto Adolfo Lutz (IAL), em São Paulo, os primeiros dois casos de infecções da variante ômicron do coronavírus no Brasil. Os pacientes infectados são uma mulher de 37 anos e de homem de 41 anos, que chegaram ao Brasil vindos da África do Sul, país onde a nova variante foi identificada pela primeira vez. (30/11)
Foto: AFP/N. Almeida
Inflação na Alemanha é a mais alta em 29 anos
Dados oficiais demonstram que os preços ao consumidor atingiram o patamar mais alto em 29 anos, em grande parte por causa dos crescentes custos de energia e gargalos na cadeia de abastecimento. A taxa anual de inflação acelerou pelo quinto mês consecutivo e teve alta de 5,2% em novembro, impulsionada por um aumento nos preços da energia de 22% em relação ao mesmo período do ano passado. (29/11)
Foto: Thibaut Durand/Hans Lucas/picture alliance
Suíços dizem "sim" ao certificado de vacinação
Céticos da vacina em ato diante da sede do governo da Suíça. Após coletarem quase 190 mil assinaturas pelo referendo contra a lei do país de combate à covid-19, críticos da imunização amargam revés nas urnas. Mais de 60% votam por manter as regras, incluindo o certificado da vacina, que é alvo de protestos de negacionistas desde que foi adotado, em setembro. (28/11)
Foto: Arnd Wiegmann/REUTERS
Casos de ômicron confirmados na Alemanha
A Alemanha detecta duas infecções pela nova variante do coronavírus pela primeira vez no país. Ambas foram registradas em viajantes que chegaram da África do Sul em 24 de novembro pelo aeroporto de Munique. Outro caso suspeito da nova cepa é registrado no estado de Hessen e também envolve um viajante que chegou da África do Sul.(27/11)
A propaganda de Natal dos Correios da Noruega veiculada neste ano retrata um romance entre Papai Noel e um homem chamado Harry. Eles flertam brevemente todos os Natais, até que Papai Noel pede ajuda dos Correios para entregar os presentes e, assim, ter mais tempo para um beijo. A peça celebra os 50 anos desde que a homossexualidade foi descriminalizada no país. (26/11)
Foto: youtube.com/Posten
África do Sul detecta nova variante
Cientistas da África do Sul detectaram uma nova variante do coronavírus Sars-Cov-2 potencialmente mais transmissível e que representa uma "grande ameaça" aos esforços para conter a pandemia, anunciaram autoridades do país. O ministro da Saúde sul-africano, Joe Phaahla, afirmou que a variante, chamada B.1.1.529, está por trás de um recente aumento "exponencial" dos casos. (25/11)
Foto: Jerome Delay/AP Photo/picture alliance
Partidos alemães chegam a acordo de coalizão
Quase dois meses após as eleições parlamentares, os três partidos que negociam a formação de um governo alemão chegaram a um acordo. "Estamos unidos pela vontade de tornar este país melhor", disse o social-democrata Olaf Scholz ao lado dos chefes dos partidos Verde e Liberal. Com o acordo, o novo governo pode tomar posse já em dezembro, com Scholz sucedendo Merkel como chanceler federal (24/11)
Foto: Michael Kappeler/dpa/picture alliance
Manuscritos da Teoria da Relatividade leiloados por valor recorde
Documento escrito por Albert Einstein com trabalhos preparatórios para sua maior descoberta é arrematado por 11,6 milhões de euros. Texto de 54 páginas com ensaios de sua teoria revolucionária publicada em 1915 são os manuscritos mais valiosos de Einstein que já foram a leilão, afirmou a casa Christie’s. (23/11)
Foto: Imago/Cinema Publishers Collection
"Ao fim do inverno só haverá vacinados, curados ou mortos", diz ministro alemão
"Possivelmente, ao fim deste inverno, praticamente todos aqui na Alemanha — isso às vezes é dito, de forma algo cínica — estarão vacinados, curados ou mortos. Mas de fato é assim", disse o ministro alemão da Saúde, Jens Spahn. Ele decidiu usar palavras drásticas para motivar a parcela da população da Alemanha que ainda não havia se vacinado contra a covid-19 a aceitar o imunizante. (22/11)
Foto: Markus Schreiber/AP/picture alliance
Crepúsculo sem fim
A imagem pode transmitir a ideia de uma manhã agradável passeando de barco em um rio. Mas o cenário mostra a intensidade da poluição do ar em Nova Deli. Uma densa nuvem envolve a capital da Índia por mais de uma semana, que forçou o fechamento de escolas. (21/11)
Foto: Money Sharma/AFP/Getty Images
A joia mais antiga do mundo
Arqueólogos descobriram no Marrocos conchas perfuradas há 150 mil anos que deviam formar colares e pulseiras, no que eles acreditam ser as joias mais antigas do mundo. O pesquisador Abdeljalil Bouzouggar as descreveu como "objetos simbólicos que só podiam ser transmitidos por meio da linguagem". (20/11)
Foto: AFP
Agricultores na Índia comemoram derrubada de lei
Agricultores alimentam uns aos outros com doces no estado de Ghazipur. O primeiro-ministro indiano Narenda Modi afirmou que irá revogar três leis controversas sobre a agricultura no país, contra as quais os produtores rurais vinham protestando há um ano. (19/11)
Foto: Anushree Fadnavis/REUTERS
França vai proibir venda de cães e gatos em lojas
A França aprovou um projeto de lei de que proíbe a venda de filhotes de cães e gatos em pet shops e, progressivamente, a presença de animais selvagens em circos. Animais de estimação não são "nem brinquedos, nem mercadorias, nem produtos de consumo", disse o ministro da Agricultura, Julien Denormandie, classificando a lei como "um importante avanço" no combate ao abandono de animais. (18/11)
Foto: Fotolia/Carola Schubbel
Macron recebe Lula com honras de chefe de Estado em Paris
O ex-presidente Lula foi recebido pelo presidente francês, Emmanuel Macron, no Palácio do Eliseu, sede do governo francês. Macron recebeu Lula pessoalmente na entrada do edifício ao lado de militares da Guarda Republicana francesa, um protocolo normalmente reservado a chefes de Estado estrangeiros. O gesto foi encarado como um recado a Jair Bolsonaro, que mantém relações tensas com Macron. (17/10)
Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Estados alemães ampliam restrições para não vacinados
Devido aos altos números da quarta onda da covid-19 na Alemanha, Baviera, Renânia do Norte-Vestfália e outros estados permitem acesso a locais públicos somente para pessoas com esquema vacinal completo ou que já se recuperaram da doença – a chamada regra 2G (das palavras em alemão "Geimpfte" e "Genesene" – vacinados e recuperados). Munique cancela tradicional mercado de Natal. (16/11)
Foto: Sebastian Kahnert/ZB/picture alliance
França reimpõe obrigatoriedade de máscaras em escolas
A França reinstaurou a obrigatoriedade do uso de máscaras para os alunos da primeira série em diante nas escolas, após anúncio feito pelo presidente Emmanuel Macron. Além disso, todos os idosos devem receber a terceira dose da vacina. Sem ela, os maiores de 65 anos não poderão frequentar locais públicos, como restaurantes, teatros e museus. (15/11)
Foto: Reuters/S. Mahe
Áustria impõe lockdown para não vacinados
O governo da Áustria anunciou a imposição de um lockdown nacional para quem não está vacinado contra a covid-19. A medida proíbe os não vacinados maiores de 12 anos de saírem de casa, exceto para casos de necessidade, como trabalhar, ir ao médico, fazer compras de itens de primeira necessidade ou para serem vacinados. Violações à regra serão passíveis de punição de até 1.450 euros (14/11).
Foto: Leonhard Foeger/REUTERS
Rebelião em presídio no Equador deixa ao menos 68 mortos
A penitenciária de Guayaquil, no sudoeste do Equador, foi palco de uma nova rebelião que deixou ao menos 68 presos mortos e mais de 20 feridos, segundo a comandante da polícia local, Tannya Varela. O massacre foi resultado de disputas pelo controle do presídio entre grupos de narcotraficantes rivais. O local já havia sido palco de outra rebelião em setembro, que deixou 116 mortos. (13/11)
Foto: Maria Fernanda Landin/REUTERS
Lula se reúne com vencedor da eleição alemã
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu em Berlim com o social-democrata Olaf Scholz, atual ministro das Finanças da Alemanha e o vencedor da eleição parlamentar de setembro. Lula ainda teve encontros com políticos e sindicalistas alemães. "Outro Brasil é possível. E vamos lembrar o mundo disso", disse Lula ao chegar à capital alemã. (12/11)
Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Gilberto Gil é o mais novo "imortal" da ABL
O cantor e compositor Gilberto Gil, de 79 anos, é o mais novo imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL). Ele vai passar a ocupar a cadeira 20, que pertencia ao jornalista Murilo Melo Filho. Gil foi eleito num evento no palacete Petit Trianon, no Rio de Janeiro, uma semana após a atriz Fernanda Montenegro, de 92 anos, ter sido eleita para a cadeira 17. (11/11)
Foto: FAO/Giulio Napolitano
EUA e China anunciam acordo climático
Os Estados Unidos e a China, os dois maiores emissores de CO2 do planeta, anunciaram um acordo para reforçar a cooperação bilateral no enfrentamento do aquecimento global.O pacto, anunciado de maneira surpreendente, inclui cortes nas emissões de metano, a eliminação escalonada do carvão como fonte de energia e a proteção das florestas.(10/11)
Foto: Alastair Grant/AP/picture alliance
Crise na fronteira ameaça UE
Premiê polonês, Mateusz Morawiecki, visita tropas de seu país na fronteira com Belarus. Polônia e UE acusam regime de Lukashenko de orquestrar onda migratória em retaliação a sanções europeias. Milhares de migrantes, a maioria curdos iraquianos, se aglomeram do lado belarusso. Varsóvia fechou a passagem próxima à cidade fronteiriça de Kuznica e enviou mais de 12 mil soldados à região. (09/11)
Foto: Polish Ministry Of Defence/Getty Images
EUA reabrem as fronteiras para viajantes vacinados
Depois de mais de um ano e meio com a entrada de estrangeiros restringida pela pandemia de coronavírus, os EUA reabriram suas fronteiras aéreas e terrestres para pessoas totalmente vacinadas. A lista de países inclui o Brasil e grande parte da Europa. As vacinas, porém, devem ser reconhecidas pelos Estados Unidos. (08/11)
Foto: Marie Le Ble/ZUMA Wire/picture alliance
Pequim coberta de branco
A estação gelada atingiu a capital de China quase um mês antes do usual, deixando o Museu da Cidade Proibida coberto de neve. As temperaturas na noite deste domingo foram as mais baixas em uma década para o início de novembro. (07/11)
Foto: picture alliance/Xinhua News Agency
Não à desflorestação?
A Indonésia assinou recentemente o Acordo Florestal da COP26. No entanto, políticos nacionais de alto escalão já criticaram a suspensão do desmatamento e relativizaram o pacto. O caminho para a proteção do clima se anuncia tortuoso. Enquanto organizações ambientalistas apostam na Indonésia, esta barcaça carregada de madeira em Bornéu parece um mau presságio para o futuro do planeta. (06/11)
Foto: AFP/Getty Images
Sobrevivente do Holocausto, Margot Friedländer completa 100 anos
A alemã que passou meses em esconderijos fugindo dos nazistas e sobreviveu a um ano no campo de concentração de Theresienstadt, na República Tcheca, chega aos 100 anos de vida. Margot Friedländer é amplamente reconhecida por promover um trabalho de lembrança e educação sobre o Holocausto. (05/11)
Foto: picture-alliance/dpa/S. Kembowski
Alemanha registra recorde diário de novos casos de covid-19
A Alemanha registrou um recorde diário de novos casos de covid-19 desde o começo da pandemia, superando a marca estabelecida em dezembro de 2020. Os hospitais acusaram um aumento da ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva, na maior parte por pacientes não vacinados contra o coronavírus.(04/11)
Foto: RONNY HARTMANN/AFP
Quarta onda da covid-19 na Alemanha ameaça não vacinados
O ministro da Saúde, Jens Spahn, e o diretor do Instituto Roberto Koch, Lothar Wieler, alertaram que a baixa vacinação e desobediência aos protocolos estão por trás do aumento de casos no país. Muitas pessoas ficarão doentes e morrerão, e os serviços de saúde ficarão sob pressão extrema", disse Wieler. Por sua vez, Spahn afirmou que o governo cogita impor restrições aos não vacinados. (03/11)
Foto: Kay Nietfeld/dpa/picture alliance
Líderes mundiais prometem encerrar desmatamento até 2030
Na ocasião da COP26 em Glasgow, líderes de mais de 100 países se comprometeram a interromper e reverter o desmatamento e a degradação de terras até o fim desta década. Países signatários, entre os quais o Brasil, representam mais de 85% das florestas do mundo, incluindo a Floresta Amazônica, a floresta boreal do norte do Canadá e a floresta tropical da bacia do Congo. (02/11)
Foto: Leo Correa/AP/picture alliance
Bolsonaro é recebido com protestos no norte da Itália
O presidente Jair Bolsonao foi a Anguillara Veneta, na Itália, para receber um título de cidadão honorário. Houve registro de choques entre a polícia e manifestantes contrários a Bolsonaro. Os protestos se repetiram na cidade dos ancestrais do brasileiro desde o anúncio da homenagem, feita pela prefeitura local, chefiada por uma integrante do partido de extrema direita italiano Liga. (01/11)