Entre os dez primeiros do ranking, oito disputaram vaga ao Legislativo pelo estado de São Paulo. A maioria dos campeões de votos é do PL, partido de Bolsonaro, ou tem proximidade com o presidente.
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Nikolas Ferreira, do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, foi o candidato a deputado federal mais votado nas eleições do último domingo (02/10), com 1.492.047 votos, concorrendo por Minas Gerais.
Uma das exceções é justamente o segundo mais votado: Guilherme Boulos (Psol-SP), com 1.001.472 votos. Ele chegou a cogitar candidatura à Presidência pelo partido, mas optou por concorrer à Câmara para fortalecer a bancada do Psol, que agora contará com 14 assentos no âmbito da Federação Psol/Rede.
Depois dele no ranking dos mais votados vem Carla Zambelli (PL-SP), com 946.244 votos, defensora ferrenha de Jair Bolsonaro. Em quarto aparece Eduardo Bolsonaro (PL-SP), com 741.701 votos. Apesar da votação expressiva, o filho do presidente Jair Bolsonaro recebeu mais de 1 milhão de votos a menos do que em 2018, quando foi o deputado mais votado da história do país, com 1,84 milhão.
Completam a lista dos dez mais votados o ex-ministro do Meio Ambiente do governo Bolsonaro Ricardo Salles (PL-SP), com 640.918, o delegado Bruno Lima (PP-SP), com 461.217, Deltan Dallagnol (Podemos-PR), com 344.917 votos, Tabata Amaral (PSB-SP), com 337.873 votos, Celso Russomanno (Republicanos-SP), com 305.520, e Kim Kataguiri (União Brasil-SP), com 295.460.
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Quem é Nikolas Ferreira
Deputado federal mais votado, Nikolas Ferreira tem apenas 26 anos, nasceu em Belo Horizonte e é formado em Direito pela PUC-MG. Em 2020, foi o segundo candidato mais votado a vereador na capital mineira, com 29.388 votos. Na eleição deste ano, obteve o sêxtuplo dos votos do segundo colocado em seu estado, André Janones (Avante).
O mineiro fez parte da comitiva de Bolsonaro que visitou países árabes em 2021. Em setembro de 2021, foi impedido de entrar no Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, por não apresentar comprovante de vacinação contra covid-19.
Nikolas é o terceiro candidato a deputado federal mais votado da história, ficando atrás apenas de Eduardo Bolsonaro e Enéas Carneiro (Prona-SP), que em 2002 conquistou 1,57 milhão de votos.
O jovem coordena o movimento Direita Minas e conta com um grande número de seguidores nas redes sociais. Por várias vezes, disse que, na época da faculdade, foi "hostilizado" por seus posicionamentos contra a esquerda, o feminismo e a ideologia de gênero. É investigado pelo Ministério Público de Minas Gerais pela publicação de um vídeo nas redes sociais no qual critica a presença de uma adolescente transexual em um banheiro feminino de um colégio.
No sábado antes das eleições, participou de uma live com Bolsonaro, que pediu votos para o afilhado político.
Quem é Guilherme Boulos
Segundo com mais votos para a Câmara dos Deputados, Guilherme Boulos, de 40 anos, nasceu em São Paulo e é coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto. Em 2020, chegou a disputar o segundo turno para prefeito de São Paulo, recebendo mais de 2,1 milhão de votos, mas perdeu para Bruno Covas (PSDB). Em 2018, concorreu à Presidência, ficando com 0,58% do votos válidos.
Boulos é graduado em filosofia e mestre em psiquiatria pela Universidade de São Paulo (USP). Foi professor da rede pública estadual e hoje em dia leciona na Escola Kope.
Em 2021, a revista americana Time elegeu Boulos como uma das 100 lideranças emergentes que estão moldando o futuro.
Os demais mais bem votados
Carla Zambelli foi a terceira mais votada. É fundadora do grupo Nas Ruas e recebeu 12 vezes mais votos que na eleição anterior, em 2018, quando se elegeu na onda bolsonarista. Costuma corroborar os ataques de Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF) e às urnas eletrônicas. Zambelli teve como padrinho de casamento o ex-juiz federal Sergio Moro, que chegou a dizer em entrevista que, apesar disso, os dois não eram amigos e que aceitou o convite por constrangimento.
Zambelli acabou ficando à frente de Eduardo Bolsonaro, que obteve apenas a metade dos votos de 2018 e foi o quarto mais votado.
O quinto no ranking, o ex-ministro do Meio Ambiente do governo Bolsonaro Ricardo Salles, deixou o cargo de ministro em junho do ano passado, em meio a uma investigação da Polícia Federal sobre um esquema de contrabando de madeira.
Entre 2019 e 2021, junto com Jair Bolsonaro, Salles executou uma agenda antiambiental sem paralelos na história recente do país. O período foi marcado pelo aumento do desmatamento na Amazônia, que superou marcas alcançadas há mais de dez anos; queda das multas por crimes ambientais nunca havia sido tão brusca; e o retrocesso das políticas brasileiras tirou do país o lugar de destaque em fóruns internacionais.
Antes mesmo do governo Bolsonaro, Salles já acumulava uma condenação na Justiça por fraude ambiental cometida em seus tempos de secretário estadual paulista.
Desde a redemocratização, nunca um ministro do Meio Ambiente havia sido alvo de tantas investigações no Tribunal de Conta da União (TCU). Em dois anos, foram mais de 30 pedidos de apurações encaminhados por suspeitas ao lidar com temas da pasta, inclusive por sua conduta anti-indígena.
Em sua administração, Salles também foi acusado de perseguir servidores que tentavam cumprir seu trabalho com rigor e sugeriu que o governo aproveitasse o foco da imprensa na pandemia para "ir passando a boiada" na área ambiental.
O sexto mais votado, delegado Bruno Lima (PP) é um novato na política. Concorreu pela primeira vez em 2018, para deputado estadual, recebendo 103.823 votos.
De procurador a deputado
Na sequência, em sétimo da lista de mais votados em todo o Brasil, aparece o ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos-PR).
Ex-coordenador da operação Lava Jato, ele foi condenado em março a indenizar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por dano moral devido a um "PowerPoint" apresentado em uma entrevista coletiva em 2016.
Em 2019, a atuação de Dallagnol na Lava Jato se tornou alvo de intensas críticas após vazamentos de mensagens divulgadas pelo site The Intercept Brasil, em parceria com vários veículos de imprensa. As mensagens atribuídas ao ex-juiz Sérgio Moro e a Dallagnol levantaram suspeitas de conluio entre o ex-juiz e o MPF na condução de inquéritos e ações penais da operação contra réus como o ex-presidente Lula.
As mensagens indicam que o então juiz teria, entre outras coisas, orientado ilegalmente ações da Lava Jato, como negociações de delações, cobrado novas operações e até pedido para que os procuradores incluíssem uma prova num processo.
Outras mensagens indicam que Dallagnol também tentou aproveitar a exposição pública proporcionada pela Lava Jato para lucrar no mercado de palestras. Em setembro de 2020, Dallagnol deixou a Lava Jato, alegando motivos familiares.
Tabata Amaral é uma das poucas entre os dez mais votados que foge da cartilha de Bolsonaro. Se reelegeu deputada federal com 73 mil votos a mais do que em 2018.
Em outubro de 2019, contrariou a orientação de seu então partido, o PDT, e votou a favor da reforma da Previdência. Tabata é uma das parlamentares mais atuantes no combate às fake news e não poupa críticas ao comando do Ministério da Educação (MEC).
Em nono está Celso Russomanno, que inicialmente cogitava concorrer ao Senado. Em 2020, ele ficou em quarto lugar para a prefeitura de São Paulo, em sua terceira derrota seguida em eleições para prefeito na capital paulista.
Fechando a lista aparece Kim Kataguiri (União Brasil), coordenador do Movimento Brasil Livre (MBL), que ganhou proeminência nos atos que que culminaram no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Foi eleito pela primeira vez em 2018 pelo Democratas.
Recentemente se envolveu em uma polêmica ao participar do podcast Flow. Em fevereiro, o procurador-geral da República, Augusto Aras, determinou a abertura de um inquérito para apurar se Kataguiri (DEM-SP) e o ex-apresentador Bruno Aiub, conhecido como Monark, cometeram crime de apologia do nazismo durante um episódio do programa.
Kataguiri afirmou que a Alemanha teria errado ao criminalizar o nazismo em 1945, após o fim da Segunda Guerra Mundial, e que o melhor caminho seria deixar que a ideologia fosse "rechaçada pela sociedade".
Raio-x da Câmara
O partido do presidente de Bolsonaro (PL) consolidou nestas eleições a posição de maior bancada, com crescimento dos 76 deputados atuais para 99 na próxima legislatura. Em segundo lugar está a federação PT-PC do B-PV, com 80 deputados eleitos (PT com 68, PCdoB com 6 e PV com 6).
Esse cenário repete a polarização política iniciada em 2018, quando o PT elegeu 54 deputados, e o PSL, então partido do presidente Jair Bolsonaro, 52.
O PL tem atualmente 76 deputados e, em segundo lugar, está a federação entre PT, PCdoB e PV, que tem 68. Já o PSL se uniu ao DEM e se tornou União Brasil, que hoje tem 51 deputados e tem a quarta maior bancada.
Em 2018, saíram das urnas deputados de 30 partidos diferentes, número que foi reduzido para 23 na composição atual da Câmara. Após as federações e as eleições de 2022, haverá 19 partidos com representação na Câmara dos Deputados.
le/lf (ots)
Os presidentes do Brasil
Desde a Proclamação da República, em 1889, dezenas de chefes de Estado e de governo estiveram à frente do país e tiveram gestões marcadas por momentos conturbados – de revoltas a golpe militar e escândalos de corrupção.
Foto: picture-alliance/dpa/epa/R. Ghement
Lula
Após uma das campanhas mais tensas da história brasileira, Lula conquistou em 2022 novamente a Presidência para seu terceiro mandato, com o apoio de uma frente ampla contra Jair Bolsonaro que contou com um ex-adversário, Geraldo Alckmin, como vice.
Foto: Ueslei Marcelino/REUTERS
Jair Bolsonaro
O capitão reformado Jair Messias Bolsonaro venceu as eleições para a presidência do Brasil em 2018, como candidato do Partido Social Liberal (PSL). Em 1º de janeiro de 2019, assumiu o cargo de 38º presidente do Brasil. Antes de ser presidente, foi vereador (1989-1991) e deputado federal pelo Rio de Janeiro (1991-2019).
Foto: AFP/Brazilian Presidency/M. Correa
Michel Temer
Por ser o vice-presidente, Michel Miguel Elias Temer Lulia assumiu em 31 de agosto de 2016, após o impeachment de Dilma Rousseff, e ficou no poder até 1º de janeiro de 2019. Membro do MDB, Temer foi o presidente brasileiro mais idoso a tomar posse, aos 75 anos.
Foto: Reuters/C. Allegri
Dilma Rousseff
Dilma Vana Rousseff foi a primeira mulher presidente do Brasil. Ela combateu a ditadura militar e foi presa em 1970. Eleita em 2010, assumiu em 1º de janeiro de 2011 e foi reeleita em 2014. Erros na gestão econômica, falta de habilidade política, isolamento do PMDB, corrupção e polarização foram as principais razões que levaram ao seu impeachment, em 31 de agosto de 2016.
Foto: Reuters/Sergio Moraes
Lula
Os oito anos de governo do presidente Luiz Inácio da Silva, de 2003 a 2011, foram marcados por programas sociais e modificaram os destinos e a imagem do Brasil – tanto no próprio país como no exterior. Em 2018, tornou-se o primeiro ex-presidente a ser preso acusado de corrupção. Foi solto após 19 meses, teve a sua condenação anulada pelo Supremo e elegeu-se novamente ao Planalto em 2022.
Foto: O. Kissner/AFP/Getty Images
Fernando Henrique (FHC)
Sociólogo, professor universitário e escritor, Fernando Henrique Cardoso, ou apenas FHC, foi o primeiro presidente do Brasil a ter dois mandatos consecutivos, de 1995 a 2003. Um dos principais responsáveis pelo Plano Real, que tirou o Brasil de anos de inflação descontrolada, seu governo foi marcado ainda pela criação de programas sociais e por privatizações.
Foto: Acervo FHC
Itamar Franco
O engenheiro, militar e político Itamar Augusto Cautiero Franco assumiu interinamente a chefia de Estado e de governo em outubro de 1992, enquanto corria o processo de impeachment do presidente Fernando Collor, de quem era vice. Com a renúncia de Collor antes da decisão do impeachment, Itamar Franco assumiu a presidência em 29 de dezembro de 1992 e a entregou em 1º de janeiro de 1995.
Foto: picture-alliance/dpa
Fernando Collor de Mello
Fernando Affonso Collor de Mello assumiu a presidência aos 40 anos, em 15 de março de 1990. O Plano Collor, que incluiu o confisco de poupanças, levou ao aumento da recessão e da inflação. Denúncias de corrupção envolvendo o tesoureiro PC Farias culminaram num processo de impeachment. Collor renunciou em 29 de dezembro de 1992, horas antes antes de ser condenado por crime de responsabilidade.
Foto: JOSE VARELLA/AFP/Getty Images
José Sarney
Presidente de 1985 a 1990, José Ribamar Ferreira de Araújo Costa adotou o nome do pai, Sarney, para fins eleitorais. Foi vice de Tancredo, e seu governo marcou a volta à normalidade democrática, com liberdade de imprensa e de associação e amplas concessões de rádio e TV. Tentou combater a hiperinflação com três planos econômicos fracassados e a moratória à dívida externa.
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Tancredo Neves
Tancredo de Almeida Neves foi o 1º presidente eleito após o golpe de 1964. Em 15/1/1985, foi escolhido pelo voto indireto de um colégio eleitoral. Ele adoeceu gravemente um dia antes da posse. Na época, foi alegada uma diverticulite. Só em 2005, o hospital revelou tratar-se de um tumor benigno infectado, o que não havia sido revelado por se temer uma associação com câncer e temor de instabilidade.
Foto: Célio Azevedo
Ernesto Geisel
Ernesto Beckmann Geisel governou de 1974 a 1979. Além do início da redemocratização do país, no seu governo houve a incorporação da Guanabara ao Rio de Janeiro, a divisão do Mato Grosso em dois estados, a assinatura de acordos nucleares com a Alemanha Ocidental e a extinção do AI-5. Ele foi sucedido pelo último presidente da ditadura militar, João Baptista de Oliveira Figueiredo (1979 a 1985).
Foto: imago/Sven Simon
Emílio Garrastazu Médici
Presidiu de 30/10/1969 a 15/03/1974. General do Exército, assumiu o governo da junta militar que regeu o Brasil de 31 de agosto a 30 de outubro de 1969. Seu governo marcou o auge da ditadura, com acirramento da repressão, tortura e assassinatos. O Plano de Integração Nacional levou à construção da Transamazônica e da Ponte Rio-Niterói. Foi assinado o acordo para a construção da usina de Itaipu.
Foto: picture-alliance/dpa/AP Images
Costa e Silva
Arthur da Costa e Silva assumiu em 15/03/1967 e foi afastado em 31/08/1969 devido a uma trombose. Seu vice, Pedro Aleixo, foi impedido de assumir pelos ministros militares. Esta junta militar governou de agosto a outubro. Em 67, a limitação dos direitos civis levou a protestos estudantis. O AI-5, de 1968, permitiu ao presidente fechar o Congresso, cassar políticos e institucionalizar a repressão.
Foto: Public Domain
Castello Branco
Humberto Castello Branco foi o 1º presidente após o golpe de 64. Eleito pelo Congresso, tomou posse em 15 de abril. Logo teria o mandato prorrogado, de janeiro de 1966 a 15 de março de 1967. As eleições presidenciais de 1965 foram canceladas. Em seu governo, foi promulgado o AI-2, que aboliu o pluripartidarismo e deu poderes ao Presidente para cassar deputados e convocar eleições indiretas.
Foto: picture-alliance/dpa/AP Images
João Goulart (Jango)
João Belchior Marques Goulart presidiu de 8/9/1961 a 2/4/1964. Militares tentaram impedir a posse, alegando que traria instabilidade, mas o aceitaram após a adoção do regime parlamentarista, que cortou poderes presidenciais. Seus planos de reformas de base levaram ao golpe que o depôs. Primeiro premiê do Brasil foi Tancredo Neves. A experiência parlamentarista foi revogada por plebiscito em 1963.
Foto: Getty Images
Jânio Quadros
Jânio da Silva Quadros presidiu de 31/1/1961 a 25/8/1961. Eleito até 1965, teve a maior votação até então obtida no Brasil. A tentativa de reestruturar o orçamento do Estado com meios radicais e sua natureza excêntrica o tornaram impopular. Após sete meses no poder, renunciou alegando a pressão de "forças ocultas". Seu sucessor seria o reformador socialista João Goulart, então seu vice.
Foto: Getty Images/Pictorial Parade
Juscelino Kubitschek (JK)
Juscelino Kubitschek de Oliveira presidiu de 31/1/1956 a 31/1/1961. Seu maior projeto foi a fundação de Brasília. Em seu governo foram concluídos grandes projetos rodoviários e foi estabelecida a indústria automotiva brasileira. Houve um boom econômico no país, que foi freado pela queda do preço mundial do café nos anos 50. Ele rompeu com o FMI, que não aceitava os níveis da inflação brasileira.
Foto: AP
João Café Filho
João Fernandes de Campos Café Filho presidiu de 24/8/1954 a 8/11/1955. Seu governo foi marcado por inflação e alto déficit orçamentário. Por questões de saúde, licenciou-se do cargo. Assumiram de forma interina o presidente da Câmara, Carlos da Luz, e depois, Nereu Ramos, vice do Senado. Em outubro, JK venceu as eleições. Embora Café Filho quisesse reassumir, foi impedido pelo Congresso.
Foto: Public Domain
Getúlio Vargas
O segundo mandato de Getúlio Vargas começou em 31/1/1951. Seu tumultuado governo teve medidas como um polêmico reajuste do salário mínimo em 100% e acusações de corrupção. Um atentado a tiros que matou um major e feriu o oposicionista Carlos Lacerda foi atribuído a membros da guarda pessoal do presidente. A pressão contra Getúlio o levou a se suicidar em 24 de agosto de 1954.
Foto: public domain
Eurico Gaspar Dutra
Eurico Gaspar Dutra foi presidente de 31/1/1946 a 31/1/1951, após vencer a eleição em dezembro de 1946. Como presidente, proibiu o Partido Comunista Brasileiro (PCB) e rompeu relações diplomáticas com a União Soviética. Ao mesmo tempo, melhorou as relações com os Estados Unidos através da OEA. Mas a situação econômica se deteriorou, levando Getúlio a vencer a eleição presidencial em 1950.
Foto: wikipedia/Governo do Brasil
Getúlio Vargas
Getúlio Dornelles Vargas assumiu o poder em 3/11/1930, após a Revolução de 1930. Em 1937, ele instaurou o Estado Novo, regime caracterizado pela centralização do poder, nacionalismo, anticomunismo e autoritarismo. Ele ficou no poder até 29 de outubro de 1945, quando foi deposto pelo Alto Comando do Exército, colocando fim à Era Vargas. A seguir, José Linhares assumiu a presidência por 3 meses.
Foto: Imago/United Archives International
Washington Luís
Washington Luís de Sousa governou de 15/11/1926 a 24/10/1930, nos tempos da Grande Depressão. Júlio Prestes foi eleito para sua sucessão, mas a oposição, que se recusou a reconhecer a derrota do seu candidato, Getúlio Vargas, e os militares fizeram um golpe que se alastrou do Sul ao RJ. Em outubro de 1930, Washington Luís rejeitou renunciar. Os militares o prenderam e o forçaram ao exílio.
Foto: Public Domain
Arthur Bernardes
O governo de Artur da Silva Bernardes (15/11/1922 a 15/11/1926) enfrentou oposição por militares, uma guerra civil no Rio Grande do Sul, e também o movimento operário, que se fortalecia. As inquietações levaram Bernardes a decretar estado de sítio, que perdurou durante quase todo seu governo.
Foto: wikipedia/Governo do Brasil
Epitácio Pessoa
Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa presidiu o país de 28/07/1919 a 15/11/1922. Ele venceu a eleição em 13 de abril de 1919 para suceder a Rodrigues Alves, que morreu de gripe espanhola em 1918. Entre os fatos que marcaram o governo de Pessoa, está a abolição, em 1920, da lei que bania a família imperial do Brasil.
Foto: imago images/United Archives International
Delfim Moreira
Delfim Moreira da Costa Ribeiro, na realidade vice-presidente, presidiu interinamente o Brasil de 15/11/1918 a 28/07/1919 porque o presidente eleito em 1918, Rodrigues Alves, morreu de gripe espanhola antes da posse. Na época, a Constituição previa que o vice só assumiria definitivamente caso o presidente morresse depois de dois anos de sua posse, ou seja, a metade de seu mandato.
Foto: wikipedia/Arquivo Nacional do Brasil
Wenceslau Braz
O governo de Wenceslau Braz Pereira Gomes (15/11/1914 a 15/11/1918) foi marcado pela 1ª Guerra Mundial, a gripe espanhola e a greve geral de 1917, na indústria e no comércio, que durou 30 dias em julho de 1917 e fez parte do processo de politização dos trabalhadores brasileiros. O torpedeamento de navios brasileiros por submarinos alemães em 1917 fez o Brasil declarar guerra à Alemanha.
Foto: Fundação Biblioteca Nacional
Hermes da Fonseca
Hermes Rodrigues da Fonseca, presidente de 15/11/1910 a 15/11/1914, era sobrinho de Deodoro da Fonseca. Já na primeira semana de governo houve uma insurreição de marinheiros, a Revolta da Chibata. Sua "política das salvações", que consistia na deposição das oligarquias nos estados, substituindo-as por interventores ligados ao presidente, tornaram o estado de sítio uma constante em seu governo.
Foto: wikipedia/Arquivo Nacional do Brasil
Afonso Penna
No governo de Afonso Augusto Moreira Pena (15/11/1906 a 14/06/1909), o Brasil começou a influenciar o mercado de café, comprando por exemplo excedentes de produção para manter os preços no mercado mundial. Pena expandiu a rede ferroviária, modernizou o Exército e incentivou expedições do marechal Rondon à Amazônia. Após sua morte, a presidência foi assumida pelo vice, Nilo Peçanha.
Foto: Public Domain
Rodrigues Alves
Francisco de Paula Rodrigues Alves presidiu o país de 15/11/1902 a 15/11/1906. Depois da Proclamação da República, foi membro da Assembleia Constituinte e governador do estado de São Paulo. Foi escolhido por uma grande maioria na eleição presidencial em 1902. No seu governo, o Rio de Janeiro foi amplamente reformado. Em 1918, foi eleito de novo, mas morreu de gripe espanhola antes de tomar posse.
Foto: Public Domain
Campos Salles
Manuel Ferraz de Campos Sales foi presidente do Brasil de 15/11/1898 a 15/11/1902. Durante seu mandato, uma forma de combater a oposição e afirmar a supremacia das principais oligarquias dos estados foi a chamada Política dos Governadores, que afastou os militares da política e consolidou a chamada República Oligárquica.
Foto: picture-alliance/dpa/Heritage-Images
Prudente de Morais
Primeiro presidente civil do Brasil, Prudente José de Morais e Barros governou de 15/11/1894 a 15/11/1898. Em seu governo, aconteceu a Guerra de Canudos: o líder religioso Antônio Conselheiro liderava o arraial de Canudos, no sertão da Bahia, que atraiu milhares de sertanejos, indígenas e escravos recém-libertos. Canudos foi destruído pelo Exército da República em 1897.
Foto: wikipedia/Governo do Brasil
Floriano Peixoto
Floriano Vieira Peixoto presidiu o Brasil de 23/11/1891 até 15/11/1894. Revoltas sacudiram alguns estados, a Marinha se rebelara no Rio. Com uma inteligente estratégia de reformas na política e na economia, ele conseguiu consolidar a República, apesar da resistência de militares monarquistas.
Foto: picture-alliance/dpa/United Archives/WHA
Deodoro da Fonseca
Manuel Deodoro da Fonseca proclamou a República em 15 de novembro de 1889 e liderou o governo provisório. Depois, foi o primeiro presidente eleito do Brasil, de 25/02/1891 a 23/11/1891. A dissolução do Congresso Nacional levou a tensões e culminou na formação de um movimento legalista, sob a liderança do vice-presidente, Floriano Peixoto, que fez Fonseca entregar o cargo.