Ex-presidente da República segue líder nas pesquisas eleitorais e continua sendo o candidato do PT, que investe na narrativa da perseguição política e faz suspense sobre possível plano B.
Anúncio
Quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se entregou para a Polícia Federal, em 7 de abril, a dúvida era quanto tempo ele permaneceria preso. Alguns analistas chegaram a apostar que o petista passaria apenas alguns dias atrás das grades. O cálculo levava em conta o leque de recursos que a defesa tinha à disposição e o humor de alguns ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) simpáticos ao ex-presidente ou que são contra a execução de penas após decisão em segunda instância.
No entanto, a defesa do ex-presidente vem acumulando desde abril seguidas derrotas no Judiciário e, nesta segunda-feira (16/07), Lula completa cem dias preso na sede da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
No dia 15 de agosto, vence o prazo para os partidos registrarem seus candidatos. Mesmo com Lula preso e virtualmente inelegível por causa da condenação, o PT ainda insiste que ele será candidato à Presidência. Por enquanto, a situação legal do petista não diminuiu significativamente seu apelo eleitoral. Pesquisa do Ibope divulgada em junho o coloca na liderança da corrida presidencial, com 33% dos votos. Ele também venceria em qualquer cenário de segundo turno, segundo o Datafolha.
Lula também segue mantendo sua influência sobre o PT. Pouco antes de ser preso, ele escolheu a presidente do partido, a senadora Gleisi Hoffmann, como sua porta-voz. Desde então, Hoffmann vem censurando publicamente membros do partido que defenderam a adoção de um plano B nas eleições. O PT também transferiu simbolicamente a sede do seu diretório nacional para Curitiba, para que os membros da Executiva fiquem próximos do ex-presidente.
O petista também transformou a sala da PF onde permanece preso num comitê eleitoral informal. No início de julho, ele nomeou cinco coordenadores para sua campanha: o ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli; os ex-ministros Ricardo Berzoini, Luiz Dulci e Gilberto Carvalho; e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto. Mas a estratégia de manter uma campanha a partir da sede da PF também sofreu um revés na semana passada, quando a Justiça negou pedido para que Lula pudesse participar de "atos de pré-campanha", como entrevistas, sabatinas e participação por vídeo na convenção do PT no final de julho.
Um prisoneiro de destaque
Nos últimos cem dias, o PT se esforçou para manter o ex-presidente em evidência na imprensa e agitar a militância. Logo após sua prisão, apoiadores montaram uma vigília nos arredores da sede da PF em Curitiba. Todos os dias, os manifestantes gritam "bom dia", "boa tarde" e "boa noite" para Lula. O ritual provocou conflitos com moradores da região. No início, mais de 2 mil pessoas se revezavam no acampamento. Hoje o total não passa de 200 por semana.
Lula tem uma televisão na sala em que permanece preso. Não foram divulgadas fotos dele desde a chegada a Curitiba. O cuidado também é seguido pela PF. Agentes acompanham o ex-presidente em seus banhos de sol e ficam atentos para a presença de drones que sobrevoam o prédio. No caso de algum ser avistado, o ex-presidente é retirado do pátio interno.
Nas primeiras semanas de prisão, a Justiça só concedeu autorização para que familiares de Lula o visitassem na prisão. Personalidades como a ex-presidente Dilma Rousseff, o teólogo Leonardo Boff e o prêmio Nobel da paz Adolfo Perez Esquivel tiveram seus pedidos iniciais para ver o petista negados. Cada negativa foi divulgada pelo partido como um indício de que Lula seria um preso político. A juíza Carolina Lebbos, responsável pela execução da pena, passou a ser alvo de ataques na blogosfera pró-PT.
Apenas no início de maio a Justiça autorizou a visita de "amigos" uma vez por semana, sempre às quintas-feiras. Ele também recebeu autorização para visitas de "assistência religiosa" todas as segundas. Ao todo, 40 pessoas foram ver Lula em Curitiba, entre elas o ex-presidente uruguaio José Mujica e o ator americano Danny Glover.
O PT também tratou de pintar de maneira simpática a rotina do ex-presidente na prisão. Interlocutores do presidente divulgaram os livros que ele leu no cárcere – 21 nos primeiros 57 dias de prisão. Entre os títulos estão obras de apoiadores do ex-presidente, como o sociólogo Jessé Souza, o jornalista esportivo José Trajano, a filósofa Márcia Tiburi e o cientista político Alberto Carlos Almeida. Outras obras incluem uma história em quadrinhos sobre a cadela Laika, o primeiro animal enviado ao espaço; uma biografia do cantor Belchior; e o best-seller Homo Deus: uma breve história do amanhã.
Durante a Copa do Mundo, o ex-presidente também atuou como comentarista de futebol, enviando análises para o programa de Trajano na TVT, o canal de televisão da CUT. No entanto, a ação durou poucos dias, e o ex-presidente anunciou que não poderia mais contribuir para o canal por causa da legislação eleitoral, que veda a partir de 30 de junho a participação de pré-candidatos em programas televisivos e de rádio como apresentadores ou comentaristas.
Essas iniciativas para manter o cotidiano de Lula em evidência, no entanto, têm como efeito colateral banalizar a situação do ex-presidente e diminuir a força do discurso de perseguição política. No dia 8 de julho, no entanto, três deputados petistas criaram um fato novo ao apresentarem um pedido de habeas corpus em favor de Lula para um juiz plantonista com um histórico de ligação com o PT. O pedido foi aceito e deu início a uma batalha de decisões entre juízes federais. Lula permaneceu preso, mas o episódio voltou a agitar a militância, colocou o ex-presidente no centro do noticiário e provocou novos questionamentos sobre a conduta do juiz Sérgio Moro. Para os apoiadores de Lula, a ação contra sua soltura reforçou a narrativa de perseguição.
Possível soltura
Por enquanto, a saída do ex-presidente da prisão permanece uma incógnita. Sua defesa aguarda a análise de um pedido de habeas corpus apresentado ao STF. O pedido foi liberado para julgamento em plenário pelo relator da Operação Lava Jato no tribunal, Edson Fachin, mas não tem data para ser julgado e depende de uma decisão da presidente do STF, Cármen Lúcia, para ser colocado na pauta. O ex-presidente já teve quatro pedidos negados pelo tribunal em decisões individuais ou do plenário, incluindo rejeições de habeas corpus preventivos.
Alguns petistas torcem para que a situação se reverta com a chegada do ministro Dias Toffoli à presidência do STF, em setembro. Na chefia, Toffoli, que já foi advogado do PT, terá o poder de pautar eventuais habeas corpus de Lula ou colocar em votação uma das ações que pedem a revisão da autorização para o cumprimento da pena em segunda instância. Há possibilidade de isso ocorrer até mais cedo, já nesta segunda quinzena de julho. Toffoli deve assumir temporariamente a presidência do tribunal quando o presidente Michel Temer viajar ao exterior e Carmen Lúcia ocupar a Presidência da República.
Mas mesmo que Lula seja solto pelo STF, a situação eleitoral do ex-presidente vai continuar complicada. A condenação em janeiro por um órgão colegiado o colocou na rota para ser declarado "ficha suja" nas eleições. Mesmo solto, ele deve se limitar a ser um cabo eleitoral e articulador. A insistência de Lula e do PT na candidatura vem mantendo a estratégia oficial do partido em suspenso conforme as eleições se aproximam e dificultando a formação de alianças. Segundo o ex-governador Tarso Genro, o partido e até Lula pensam em um "plano B", mas "evitam verbalizar" as opções porque mantêm a esperança de que o ex-presidente possa reverter a condenação.
No final de junho, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad passou a fazer oficialmente parte da equipe de defesa de Lula. Como advogado, ele passou a poder ver Lula em qualquer dia da semana. Haddad é encarado por alguns membros do partido como um possível "plano B" quando Lula provavelmente for declarado inelegível. Na avaliação de alguns petistas, Lula deve manter a candidatura até o prazo final para substituição e então escolher outro candidato e tentar transferir seus votos. A dúvida é se Lula fará isso a partir da sede da PF ou em liberdade.
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: picture-alliance/dpa/O. Arandel
Dia mais quente do ano na Alemanha
A Alemanha registrou o dia mais quente do ano, com temperaturas que chegaram aos 39,5°C em Bernburg, na Alta Saxônia. Em Berlim, os termômetros chegaram a 36°C. Piscinas públicas tiveram que ser fechadas na capital alemã devido à grande quantidade de visitantes. (31/07)
Foto: picture-alliance/dpa/W. Kumm
Eleição no Zimbábue
Mais de 5 milhões de eleitores foram chamados às urnas para eleger o próximo presidente do Zimbábue, nas primeiras eleições desde a renúncia do antigo chefe de Estado Robert Mugabe, que ocorreu em novembro de 2017, depois de um golpe do Exército. Mugabe governou o país durante 37 anos. (30/07)
Foto: Reuters/M. Hutchings
Jovem que agrediu soldados israelenses sai da cadeia
A adolescente palestina Ahed Tamimi, que passou oito meses na prisão por ter agredido dois soldados israelenses, foi libertada. Tamimi e a mãe, que também foi presa devido ao incidente, foram transferidas pelas autoridades israelenses até um ponto de entrada para a Cisjordânia, onde residem. As duas foram recebidas com faixas e bandeiras palestinas quando chegaram a sua aldeia natal, Nabi Saleh.
Foto: Getty Images/A. Momani
Dia do Orgulho LGBT em Berlim
A capital alemã começou a festejar publicamente a liberdade LGBT em 1979, contando apenas 500 participantes. Hoje, meio milhão a ocupam a cada ano, para celebrar com uma parada o também chamado Christopher Street Day – em homenagem à rua de Nova York onde se iniciou o movimento de resistência gay á repressão policial. (28/07)
Foto: picture-alliance/ZUMA/O. Messinger
Eclipse lunar do século
O mais longo eclipse lunar do século, ocasionando o fenômeno da "lua de sangue”, coincidiu com a maior aproximação de Marte da Terra em 15 anos, oferecendo um espetáculo duplo a observadores. O fenômeno foi acompanhado de partes da Europa, Ásia, Austrália e América do Sul. O eclipse, que mudou a cor da lua para vermelho, foi o mais longo do século 21.(27/07)
Foto: picture-alliance/dpa/K.-J. Hildenbrand
Demissão após crítica a Netanyahu
A revista israelense "The Jerusalem Report" dispensou o cartunista Avi Katz após ele retratar o premiê do país, Benjamin Netanyahu, e outros políticos de direita como porcos, em alusão ao clássico "A Revolução dos Bichos", do escritor inglês George Orwell. A ilustração era uma crítica à lei que define Israel como o Estado do povo judeu. Sindicato dos Jornalistas do país condena demissão. (26/07)
Foto: DW/Jochen Faget
Morre Sergio Marchionne
O líder da montadora Fiat Chrysler, Sergio Marchionne, morreu aos 66 anos na unidade de tratamento intensivo de um hospital em Zurique. Ele estava hospitalizado em estado grave depois de sofrer complicações após uma cirurgia no ombro direito no mês passado. O executivo era tido como visionário por ter reestruturado a companhia dos pés à cabeça desde que assumiu a liderança da Fiat, em 2004.(25/07)
Foto: imago/Insidefoto/S. Zucchi
Colapso de barragem no Laos
Centenas de pessoas estão desaparecidas no Laos após o colapso de uma barragem hidrelétrica em construção. Segundo a imprensa oficial, a barragem de Xepian-Xe Nam Noy, na província de Attapeu, desabou libertando grandes quantidades de água, varrendo casas e deixando mais de 6.600 pessoas desalojadas. (24/07)
Foto: Reuters/ABC Laos News
Incêndios florestais na Grécia
Autoridades gregas declararam estado de emergência na região da grande Atenas devido ao avanço de incêndios florestais, que já deixaram ao menos seis feridos. A Grécia anunciou que pedirá ajuda à União Europeia (UE) para combater as chamas que destruíram casas e forçaram milhares de pessoas a fugirem dos arredores da capital. (23/07)
Foto: Getty Images/AFP/A. Tzortzinis
Özil anuncia saída da seleção alemã
O jogador Mesut Özil anunciou que não pretende mais jogar pela seleção alemã. Um dos campeões da Copa de 2014, Özil anunciou a decisão em um longo comunicado, onde apontou que foi vítima de racismo e disse ter sido transformado em "bode expiatório” após o fraco desempenho da seleção na Copa da Rússia. Ele também atacou o presidente da Federação Alemã de Futebol, Reinhard Grindel. (22/07)
Foto: picture-alliance/GES/Thomas Eisenhuth
Trump ataca ex-advogado
O presidente dos EUA, Donald Trump, negou ter cometido qualquer irregularidade, um dia depois da divulgação de que o seu ex-advogado o gravou discutindo o pagamento pelo silêncio de uma ex-modelo da Playboy . "É inconcebível que um advogado grave um cliente – totalmente inédito e talvez ilegal. A boa notícia é que o seu presidente favorito não fez nada de errado!", disse Trump no Twitter. (21/07)
Foto: picture-alliance/Captital Pictures/R. Sachs
Apoio a reuniões entre Trump e Putin
Em sua coletiva de imprensa anual, em Berlim, a chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, saudou qualquer diálogo que houver entre os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, e enalteceu a importância das relações transatlânticas. Em questões domésticas, ela reconheceu que a recente crise sobre a política de migração na Alemanha custou confiança ao seu governo. (20/07)
Foto: picture-alliance/dpa/W. Kumm
Lei controversa em Israel
O Parlamento de Israel aprovou uma controversa lei que define o país como o Estado do povo judeu. Legisladores árabes criticaram a legislação como racista, dizendo que ela legaliza o "apartheid". A lei atribui ao povo judeu o direito exclusivo à autodeterminação, declara "Jerusalém unificada" sua capital e define o hebraico como idioma nacional, rebaixando o árabe ao status de "especial". (19/07)
Foto: Getty Images/AFP/M. Kahana
Meninos descrevem resgate "milagroso"
Após receberem alta, os 12 meninos e o técnico de futebol que ficaram retidos por mais de duas semanas nos confins de uma caverna na Tailândia fizeram sua primeira aparição pública desde o resgate. "Foi um milagre", disse um dos garotos. "Eu tentava não pensar em comida para não ficar com mais fome." Sem comida, eles sobreviveram com água da chuva por nove dias até serem encontrados. (18/07)
Foto: Reuters/S. Zeya Tun
Obama ataca "políticos valentões"
Em seu discurso de maior peso político desde que deixou a Casa Branca, o ex-presidente americano Barack Obama condenou o que chamou de "políticos valentões" e alertou contra "políticas de medo e ressentimento" que avançam pelo mundo, em uma série de críticas veladas ao seu sucessor, Donald Trump. Ele falava em Joanesburgo, na África do Sul, em comemoração ao centenário de Nelson Mandela. (17/07)
Foto: Getty Images/AFP/M. Longari
O encontro entre Trump e Putin
Apesar de o serviço de inteligência dos Estados Unidos apontar o contrário, o presidente Donald Trump voltou a rejeitar que tenha havido ingerência da Rússia nas eleições de 2016, em entrevista ao lado do presidente Vladimir Putin após reunião em Helsinque. O líder russo defendeu a mesma tese. A postura de Trump foi condenada por parlamentares republicanos, que a tacharam de "vergonhosa". (16/07)
Foto: Reuters/G. Dukin
Final à la francesa
A França é bicampeã mundial de futebol. Duas décadas depois do título inédito em Paris, os Les Bleus podem estampar uma segunda estrela em seu uniforme. Na decisão de Copa do Mundo com maior número de gols desde 1958, a eficiência da Équipe Tricolore superou a valentia da Croácia. Técnico Didier Deschamps é o terceiro a ser campeão mundial como jogador e treinador. (15/07)
Foto: Reuters/J. P. Pleissier
Escoceses contra trumpismo
Enquanto Donald Trump jogava golfe em um de seus resorts na Escócia, milhares protestavam contra a visita do magnata. Na capital Edimburgo, os escoceses foram às ruas, no terceiro dia de protestos à presença do presidente americano no Reino Unido, Como em Londres, as manifestações foram marcadas por um icônico balão de seis metros de altura apelidado "Baby Trump", (14/07)
Foto: Reuters/A. Yates
Trump no Reino Unido
O presidente americano, Donald Trump, e sua esposa, Melania, foram recebidos para um chá da tarde pela rainha Elizabeth 2ª em visita ao castelo de Windsor, no Reino Unido. Mais cedo, Trump participou de uma reunião com a primeira-ministra Theresa May, na qual tentou minimizar as fortes críticas que fizera anteriormente à chefe de governo e à estratégia do governo britânico para o Brexit. (13/07)
Foto: picture-alliance/dpa/P. Monsivais
Lula absolvido em caso de obstrução de Justiça
A Justiça do Distrito Federal absolveu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo em que ele era acusado de obstrução de Justiça. Segundo o juiz, não há provas suficientes para comprovar a participação do petista na suposta trama para comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Delcídio do Amaral, José Carlos Bumlai e mais quatro réus também foram absolvidos. (12/07)
Foto: Getty Images/V. Moriyama
Prisão perpétua para neonazista
Beate Zschäpe, única sobrevivente do grupo neonazista NSU (Clandestinidade Nacional-Socialista), foi declarada culpada em dez acusações de assassinato e condenada à prisão perpétua pelo Tribunal Superior Regional de Munique. O julgamento dos crimes cometidos pelo grupo se estendeu por mais de cinco anos e é o maior processo neonazista do pós-Guerra na Alemanha. (11/07)
Foto: Reuters/M. Rehle
Drama com final feliz na Tailândia
Todos os 12 meninos de uma equipe de futebol juvenil e seu treinador, presos por mais de duas semanas nos confins de uma caverna inundada no norte da Tailândia, foram salvos numa arriscada operação de resgate, assistida por todo o mundo. Segundo médicos, eles estão com boa saúde e disposição. Em dois casos há suspeita de infecção pulmonar. Eles deverão ficar internados por uma semana. (10/07)
Foto: picture-alliance/AP Photo/Royal Thai Navy Facebook Page
Baixas no governo britânico
Um dia após o negociador-chefe britânico do Brexit, David Davis, ter apresentado sua renúncia, o governo da primeira-ministra Theresa May teve sua segunda baixa: o ministro do Exterior, Boris Johnson (à esquerda na foto), deixou o cargo em meio a fortes divisões no governo sobre o Brexit. O posto de chanceler será ocupado por Jeremy Hunt (à direita), até então ministro da Saúde. (09/07)
Foto: picture-alliance/NurPhoto/A. Pezzali
Guerra de decisões sobre a prisão de Lula
A situação jurídica de Lula virou palco de uma batalha entre juízes da 1°e da 2° instâncias que expôs divisões no Judiciário. Uma decisão do desembargador Rogério Favreto de soltar o petista deu início a um vai e vem de despachos ao longo do domingo, que envolveu o juiz Sérgio Moro, o relator da Lava Jato no TR-4 e o presidente do tribunal. No final, o ex-presidente continuou preso. (08/07)
Foto: picture-alliance/Zuma Press/P. Lopes
Pyongyang classifica reunião com EUA como "lamentável"
EUA e Coreia do Norte saíram da mais recente rodada de negociações com visões totalmente opostas sobre os resultados. Washington considerou as discussões "muito produtivas". Já o regime comunista classificou o resultado como "muito preocupante" e disse que os EUA agiram como "gângsteres". As avaliações foram divulgadas após visita do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, a Pyongyang. (07/07)
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Harnik
Brasil adia sonho do hexa
Com gols de Fernandinho, contra, e Kevin De Bruyne, a Bélgica derrotou o Brasil por 2 a 1 nas quartas de final da Copa do Mundo da Rússia, enterrando o sonho do hexa da Seleção, que está de fora do campeonato. O gol brasileiro foi marcado por Renato Augusto. Com a derrota em Kazan, o Brasil manteve a sina de ser eliminado por europeus em Copas, algo que ocorreu nas últimas três edições. (06/07)
Foto: Reuters/T. Hanai
Ministro do Trabalho pede demissão
O ministro do Trabalho, Helton Yomura, pediu demissão do cargo, horas após ter sido afastado pelo STF. O político é um dos alvos da terceira fase da Operação Registro Espúrio, deflagrada pela Polícia Federal, que apura fraudes no Ministério do Trabalho. Yomura nega envolvimento em qualquer ato ilícito. O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, assumirá a pasta interinamente. (05/07)
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Novo envenenamento por Novichok
Dois britânicos encontrados inconscientes na cidade de Amesbury, no sul da Inglaterra, foram intoxicados pelo agente nervoso Novichok, o mesmo usado no envenenamento do ex-espião russo Serguei Skripal em Salisbury em março. A informação foi revelada pela polícia britânica. Investigadores apuram uma possível relação entre os casos, que ocorreram a poucos quilômetros de distância. (04/07)
Foto: picture-alliance/empics/Y. Mok
Eike é condenado pela primeira vez
O empresário Eike Batista foi condenado a 30 anos de prisão em regime fechado pelos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro, acusado de ter pago propina ao ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (MDB). Ele continuará cumprindo prisão domiciliar até que se esgotem todos os recursos, mas segue impedido de deixar o país. Na mesma ação, Cabral foi condenado a 22 anos de prisão. (03/07)
Foto: Getty Images/AFP/M. Pimentel
Um alívio à crise em Berlim
A chanceler federal alemã, Angela Merkel, e o ministro do Interior, Horst Seehofer, chegaram a um acordo sobre a questão migratória, aliviando uma crise que ameaçava derrubar o governo. O anúncio veio após intensa negociação em Berlim, que promete conter a imigração ilegal na fronteira da Alemanha. Com o acordo, Seehofer, que chegou a oferecer sua renúncia, disse que se manterá no cargo. (02/07)
Foto: picture-alliance/dpa/A. Gebert
Fuga espetacular na França
Um notório assaltante de bancos fugiu de helicóptero da cadeia na França, numa operação de poucos minutos que não envolveu reféns nem deixou feridos. Redoine Faïd, que chegou a ser classificado por jornais da França como "inimigo público número 1" do país, cumpria pena de prisão na penitenciária de Réau, na região de Paris. Ele contou com a ajuda de ao menos três homens fortemente armados. (01/07)