Os conflitos de interesse de Musk no futuro governo Trump
Timothy Rooks
21 de novembro de 2024
Bilionário vai liderar uma comissão de "eficiência governamental" do governo dos EUA. Só que ele também comanda empresas com contratos públicos, como Tesla e SpaceX.
Anúncio
Muito já foi escrito sobre a nascente amizade entre o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e o homem mais rico do mundo, o empresário Elon Musk.
Na semana passada, os dois foram vistos juntos em Palm Beach, no ringue de uma luta de UFC em Nova York e comendo hambúrgueres do McDonald's dentro do avião Trump Force One. E o que começou como uma parceria exótica acabou se transformando numa oportunidade de trabalho para Musk.
Ainda antes da eleição, Trump anunciou que colocaria Musk, que é natural da África do Sul, no comando de uma comissão de eficiência do governo. Já eleito, foi mais específico e confirmou que a nova agência vai se chamar Departamento de Eficiência Governamental (DOGE). Para dirigir o órgão, Musk terá a ajuda de outro rico empresário, Vivek Ramaswamy.
O que Musk fará no governo?
Como se trata de um órgão a ser criado, ninguém ainda sabe o que de fato ele fará e que autoridade terá. No fim das contas pode acabar sendo apenas um pequeno grupo consultivo que vai operar fora do governo sem qualquer autoridade regulatória real. Mas o que ele provavelmente terá é influência e um porta-voz barulhento: Musk.
Com o nome sugere, o Departamento de Eficiência Governamental terá por objetivo cortar os gastos do governo dos EUA – e em nada menos que 2 trilhões de dólares. A intenção é reduzir permanentemente o tamanho do governo federal, eliminando burocracia, regulamentações e gastos desnecessários. O projeto é limitado a 21 meses e deverá se encerrar em julho de 2026.
Musk é conhecido por cortar custos em suas próprias empresas, mas reduzir gastos federais é algo bem diferente. "Musk não tem qualquer experiência real com o governo, além de processá-lo ou de espalhar teorias da conspiração sobre ele", observa o professor de políticas públicas Donald Moynihan, da Universidade de Michigan.
"O governo federal precisa ser modernizado, mas Musk só fala em cortar custos e em punir aqueles de quem ele discorda", diz Moynihan. "Sua matemática básica não fecha."
No último ano fiscal, o orçamento federal foi de 6,1 trilhões de dólares. Um terço desse valor foi destinado à seguridade social e ao serviço de saúde Medicare, programas nos quais Trump disse que não tocaria. Apenas 1,7 trilhão de dólares são recursos que os legisladores controlam, de acordo com a agência federal que fornece números ao Congresso.
E os conflitos de interesse?
Musk já está bem atarefado comandando seis empresas, entre elas a Tesla, a SpaceX e a rede social X. Seu novo cargo no governo gera inúmeros conflitos de interesse, pois algumas de suas empresas recebem subsídios do governo ou têm contratos públicos – ou seja, trabalham para o governo. Elas também desenvolvem e usam tecnologias que estão sujeitas a regulação.
"Não me lembro de outro caso de alguém com conflitos de interesses tão claros e óbvios, com um servidor público oferecendo conselhos – sobre orçamento, estrutura e remoção de funcionários – que afetam diretamente seus negócios", diz Moynihan. "É uma corrupção grotesca."
Ao longo dos anos, a SpaceX recebeu bilhões em contratos públicos da Nasa e do Departamento de Defesa para lançar satélites, prestar serviços à Estação Espacial Internacional (ISS) ou permitir o uso de sua rede de comunicação por satélite Starlink.
Durante a última década, esses contratos somaram mais de 15 bilhões de dólares, de acordo com números analisados pelo jornal The New York Times. Somente no ano passado, empresas de Musk obtiveram cem contratos públicos diferentes de 17 agências federais, totalizando 3 bilhões de dólares.
Anúncio
E outros interesses?
Musk tem um histórico de desavenças públicas com departamentos federais e outros órgãos reguladores. Uma investigação da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, que regula o mercado financeiro, levou a acusações de fraude em 2018. Um acordo com a SEC para encerrar o caso incluiu a renúncia de Musk ao cargo de presidente da Tesla.
A Tesla recebeu grandes incentivos fiscais e também incentivos de vários estados dos EUA. Em nível federal, ela tem um pequeno contrato com o governo para fornecer alguns veículos. Mas Musk poderia convencer Trump a manter os créditos fiscais para veículos elétricos para incentivar as vendas, ou aumentar as tarifas para os concorrentes que fabricam veículos no México ou em qualquer outro lugar.
Ele poderia influenciar os órgãos reguladores que querem examinar mais de perto a iniciativa de direção autônoma da Tesla. Ele também poderia convencer autoridades a manter em vigor as metas de emissões de carbono que permitem à Tesla, uma fabricante de carros elétricos, vender créditos de carbono no valor de bilhões de dólares para montadoras que não conseguem atingir essas metas.
As outras empresas de Musk – xAI, The Boring Co, Neuralink e X – não têm contratos públicos com o governo. Ainda assim, elas têm muito a ganhar estando próximas de Trump. Essa proximidade poderia impulsionar a inteligência artificial, influenciar regulamentações ou ajudar a bloquear rivais, como a rede social TikTok.
Será que essa amizade repentina pode acabar?
Trump não é o primeiro presidente que quer cortar gastos ou que chama especialistas em eficiência. O que é diferente desta vez é quem o presidente eleito está chamando e as possibilidades de ganho pessoal dos envolvidos.
Até o momento, Trump teve o cuidado de dizer que Musk não seria uma parte oficial do poder executivo e que apenas "forneceria conselhos e orientações de fora do governo e faria uma parceria com a Casa Branca e o Escritório de Administração e Orçamento para promover reformas estruturais em larga escala".
Isso é importante porque a legislação federal proíbe que pessoas participem de assuntos governamentais nos quais tenham interesse financeiro. E seja qual for o título ou cargo oficial de Musk, grandes cortes só serão implementados com a aprovação do Congresso.
"De certa forma, designar Musk para um comitê consultivo pode ser visto como um rebaixamento, já que não está claro se ele conseguirá de fato fazer alguma coisa", opina Moynihan.
A parte mais imprevisível de todo esse projeto é o próprio Trump. Ele tem um longo histórico de eleger favoritos e, de repente, abandoná-los. Descartar o homem mais rico do mundo poderia ser um impulso irresistível para o ego de Trump.
Trata-se de duas personalidades que adoram os holofotes, mas Trump não suporta ser ofuscado, diz Moynihan. Manter esse relacionamento improvável poderá ser um desafio tão grande quando cortar trilhões nos gastos do governo.
O mês de novembro em imagens
O mês de novembro em imagens
Foto: Ricardo Stuckert/PR
Rússia bombardeia Aleppo, na Síria, pela 1ª vez em 8 anos
Caças russos e sírios realizaram bombardeios em Aleppo, segunda maior metrópole da Síria, depois que jihadistas assumiram o controle da maior parte da cidade após uma ofensiva surpresa. Os ataques ocorreram em um momento em que uma aliança de facções rebeldes, liderada pela organização militante islâmica Hayat Tahrir al-Sham (HTS) penetrou profundamente na cidade. (30/11)
Foto: OMAR HAJ KADOUR/AFP
Rebeldes sírios invadem Aleppo pela primeira vez desde 2016
Rebeldes sírios da organização radical islâmica Hayat Tahrir al-Sham (HTS) entraram em bairros da cidade síria de Aleppo, a segunda maior do país, nesta sexta-feira. Com a ofensiva relâmpago do grupo jihadista, as forças do regime de Bashar al-Assad perderam o controle de posições que mantinham no município desde 2016. (29/11)
Foto: Bakr Alkasem/AFP
Austrália proíbe redes sociais para menores de 16 anos
O Senado da Austrália aprovou uma lei inédita em todo o mundo que proíbe o uso de redes sociais para menores de 16 anos. A legislação prevê multas de até 50 milhões de dólares australianos a plataformas como TikTok, Instagram, Facebook, Snapchat, Reddit e X no caso de falhas sistêmicas em bloquear os perfis para crianças e adolescentes. (28/11)
Foto: Anna Grigorjeva/PantherMedia/IMAGO
Libaneses retornam à casa – ou ao que restou dela
Milhares de habitantes do sul do Líbano desalojados há meses voltam a suas casas em meio a celebrações, logo após a entrada em vigor do cessar-fogo entre Israel e o grupo xiita Hezbollah. Apesar da advertência das Forças de Defesa Israelenses (IDF) para que os libaneses se mantenham longe das áreas previamente evacuadas, longos engarrafamentos se formaram nas estradas que levam à região. (27/11)
Foto: ANWAR AMRO/AFP/Getty Images
Biden anuncia cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah
Em discurso na Casa Branca, o presidente americano, Joe Biden, anunciou que Israel aceitou o acordo de trégua de 60 dias o grupo xiita Hezbollah no Líbano. Ele chamou o pacto, mediado por EUA e França, de um "novo começo" para o Líbano e disse que o plano é "projetado para ser uma cessação permanente das hostilidades". (26/11)
Foto: Saul Loeb/AFP/Getty Images
Queda de avião da DHL na Lituânia deixa um morto
Um avião de carga que voava da Alemanha para a Lituânia caiu numa área residencial perto do aeroporto de Vilnius. Segundo as autoridades locais, dos quatro membros da tripulação, um morreu e três ficaram feridos. Destroços do avião atingiram um pequeno prédio de apartamentos. A queda provocou um incêndio, e as chamas chegaram a atingir o prédio. (25/11)
Foto: Lukas Balandis via REUTERS
França autoriza Ucrânia a usar armas de longo alcance contra a Rússia
Após EUA e Reino Unido, França diz que também autorizou "uso defensivo" de armas mais pesadas contra o território russo. País abastece a Ucrânia com mísseis de cruzeiro do tipo Storm Shadow (foto) desde 2023. A Alemanha, até agora, tem se recusado a fornecer essas armas. O Kremlin criticou Paris, chamando a decisão de "tiro de misericórdia" para a Ucrânia. (24/11)
Foto: Nicolas Economou/NurPhoto/picture alliance
Após tensas negociações, COP29 termina com promessa de US$ 300 bi por ano
Conferência do Clima da ONU em Baku, no Azerbaijão, terminou com promessa de US$ 300 bilhões por ano para países mais afetados por eventos climáticos extremos. Acordo tenso foi costurado na reta final do evento e sob protestos de alguns países (foto). Valor ficou abaixo dos US$ 1,3 trilhão pedidos. Reunião também aprovou regulamentação do mercado de carbono. (23/11)
Foto: Murad Sezer/REUTERS
Putin alerta para mais testes com mísseis
O presidente russo, Vladimir Putin, prometeu mais testes com o míssil hipersônico Oreshnik, disparado um dia antes na cidade de Dnipro, na Ucrânia. Por isso, o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, apelou para mais sistemas antiaéreos contra as ameaças, que levaram o parlamento da Ucrânia a fechar as portas. Putin também disse que a Rússia deve começar a produção em série da nova arma. (22/11)
Foto: Press Service of the State Emergency Service of Ukraine in Dnipr/picture alliance
PF indicia Bolsonaro e outros 36 por tentativa de golpe de Estado
A PF indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas pelos crimes de tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de Estado e organização criminosa. Os agentes apontam que Bolsonaro "analisou e alterou" uma minuta de decreto desenhada para não deixar o poder após derrota nas urnas em 2022 e que ele sabia da existência de um plano para executar Lula. (21/11)
Foto: Nelson Almeida/AFP/Getty Images
Protesto de agricultores franceses contra acordo UE-Mercosul entra no 3º dia
Agricultores franceses fizeram barricadas, fecharam a fronteira entre a Espanha e a França e jogaram chorume em frente a prédios públicos em protesto contra um possível acordo de livre-comércio entre a União Europeia e o Mercosul. O CEO do Grupo Carrefour na França, Alexandre Bompard, endossou a manifestação e interrompeu a compra de carne produzida pelos países do bloco sul-americano. (20/11)
Foto: Gaizka Iroz/AFP/Getty Images
PF desbarata complô de militares para matar Lula, Alckmin e Moraes
A Polícia Federal prendeu um membro da corporação e quatro militares ligados às forças especiais do Exército suspeitos de planejarem um golpe de Estado após as eleições de 2022 e de um complô para assassinar o presidente Lula, seu vice, Geraldo Alckmin, e o ministro do STF Alexandre de Moraes. Inquérito envolve ainda o general Braga Netto, ex candidato a vice de Jair Bolsonaro. (19/11)
Foto: Evaristo Sa/AFP
Líderes do G20 no Rio de Janeiro
Brasil recebe líderes das 20 principais economias do planeta no Rio de Janeiro. Declaração final do encontro defende combate à pobreza, desenvolvimento sustentável, taxação de super-ricos e pede soluções diplomáticas para conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio. (18/11)
Foto: Kay Nietfeld/dpa/picture alliance
Biden visita a Floresta Amazônica
O presidente dos EUA, Joe Biden, chegou neste domingo a Manaus na primeira visita à Amazônia de um presidente americano em exercício, antes de seguir para o Rio de Janeiro para a cúpula do G20. Ele visitou uma reserva florestal, encontrou-se com líderes locais e sobrevoou de helicóptero uma parte da floresta e o encontro dos rios Negro e Solimões. (17/11)
Foto: Manuel Balce Ceneta/AP/picture alliance
No G20 Social, Lula defende "jornadas mais equilibradas"
O presidente Lula recebeu neste sábado a declaração final do G20 Social – iniciativa da presidência brasileira do G20 para sistematizar e levar propostas da sociedade civil aos chefes de governo dos países do grupo. Ele aproveitou o evento para se entrar no debate sobre a jornada de trabalho, em evidência após proposição de PEC que acaba com a jornada 6x1. (16/11)
Foto: Daniel Ramalho/AFP
Scholz pede a Putin "paz justa e duradoura" na Ucrânia
Na primeira conversa em quase dois anos, chanceler federal alemão (foto) defendeu negociações para encerrar a guerra, enquanto líder russo insistiu em "novas realidades territoriais" em solo ucraniano. Em entrevista de TV exibida no mesmo dia, o presidente ucraniano Volodimir Zelenski disse crer que a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos apressará o fim do conflito. (15/11)
Moraes associa atentado suicida em Brasília a "gabinete do ódio" de Bolsonaro
Após Jair Bolsonaro chamar a ação de um homem-bomba em Brasília de "fato isolado", o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), reagiu dizendo que o episódio é fruto do clima extremismo que se instalou no país durante o mandato do ex-presidente. Moraes descartou anistia a golpistas: "Pacificação, só com responsabilização de criminosos." A PF apura o caso. (14/11)
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Biden dá as boas-vindas a Trump para iniciar a transição
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e o atual mandatário, Joe Biden, estiveram reunidos hoje no Salão Oval da Casa Branca inaugurando formalmente a transição para o governo do republicano, que toma posse em 20 de janeiro. Trump enfatizou que "política é difícil" em seu retorno, embora tenha agradecido a Biden por seus esforços para garantir uma transição pacífica. (13/11)
Foto: AP/dpa/picture alliance
Eleições antecipadas à vista
O partido SPD, do chanceler Olaf Scholz, e a sigla de oposição CDU chegaram a um acordo: as eleições antecipadas para o Bundestag (parlamento alemão) serão realizadas em 23 de fevereiro. A decisão veio uma semana depois da demissão do ministro das Finanças, Christian Lindner, do neoliberal FDP, que selou o fim da coalizão tripartidária à frente do país, que contava ainda com os verdes. (12/11)
Foto: Fabian Sommer/dpa/picture alliance
Holanda impõe controles de fronteira para barrar ilegais
O governo holandês anunciou a imposição de controles extras em suas fronteiras terrestres para combater a imigração ilegal. "É hora de enfrentar o tráfico de migrantes de maneira concreta", disse ministra holandesa da Migração, Marjolein Faber. Medida tem caráter temporário, de acordo com as normas da União Europeia. (11/11)
Foto: Marcel van Hoorn/ANP/AFP
Ucrânia lança ataque de drones contra Moscou
Bombardeada com um número recorde de 145 drones, a Ucrânia reagiu atacando Moscou com ao menos 34 drones, na mais pesada investida contra a capital russa desde o início da guerra, em 2022. O ataque ucraniano interrompeu o tráfego aéreo em três grandes aeroportos de Moscou e feriu ao menos uma pessoa em um vilarejo nos subúrbios da cidade. (10/11)
Foto: Tatyana Makeyeva/AFP/Getty Images
Ataque suicida deixa mais de 20 mortos no Paquistão
Um ataque suicida executado em uma estação ferroviária da cidade paquistanesa de Quetta, na conturbada província do Baluchistão, deixou pelo mais de 20 mortos e 40 feridosl. O grupo separatista Exército de Libertação do Baluchistão (BLA) assumiu a responsabilidade em um comunicado divulgado nas redes sociais.(09/11)
Foto: Banaras Khan/AFP/Getty Images
Cúpula da UE termina sob espectro da reeleição de Trump
Líderes da UE prometeram dar novo impulso à economia do bloco europeu ao término da cúpula que reuniu chefes de governo dos 27 Estados-membros na Hungria. Resultado das eleições nos EUA motivou europeus a avançarem medidas para aumentar competitividade do bloco. Cúpula termina com promessa de reforçar defesa e combater alta nos custos de energia. (08/11)
Foto: Mehmet Ali Ozcan/AA/picture alliance
Biden pede união e promete transição pacífica nos EUA
“Você não pode amar seu país somente quando vence. Você não pode amar seu vizinho somente quando concorda. Algo que esperamos que possamos fazer, não importa em quem você votou, é nos vermos não como adversários, mas como concidadãos americanos. Reduzam a temperatura”, disse o presidente dos EUA, Joe Biden, em discurso na Casa Branca (07/11)
Foto: Ron Sachs/Pool/CNPZUMA Press Wire/IMAGO
Scholz demite ministro das Finanças e governo alemão fica por um fio
A tríplice coalizão partidária que governa a Alemanha desmoronou após o chanceler federal Olaf Scholz, do Partido Social Democrata (SPD), exonerar o ministro das Finanças, Christian Lindner, que também é presidente do Partido Liberal Democrático (FDP, na sigla em alemão). Num pronunciamento na televisão, Scholz explicou as razões da demissão e dirigiu palavras duras ao ex-ministro. (06/11)
Foto: ODD ANDERSEN/AFP/Getty Images
Trump derrota Kamala e retorna à Presidência dos EUA
Donald Trump foi eleito novamente presidente dos Estados Unidos, protagonizando um retorno dramático e triunfal à Casa Branca. O republicano derrotou de maneira decisiva sua rival democrata Kamala Harris ao superar a marca de 270 votos no Colégio Eleitoral dos EUA. E, em contraste com sua vitória anterior, em 2016, Trump ainda ficou à frente no voto popular. (06/11)
Foto: Brian Snyder/REUTERS
EUA vão às urnas para escolher o novo presidente
Os EUA foram às urnas para definir quem vai comandar a maior potência econômica e militar do mundo. Na disputa estão a democrata Kamala Harris – que pode ser eleita a primeira mulher a ocupar a Casa Branca – e o republicano Donald Trump – que tenta um retorno à Presidência quase quatro anos após deixar Washington em desgraça, na esteira de uma tentativa de golpe. (05/11)
Foto: Timothy D. Easley/AP Photo/picture alliance
Morre Agnaldo Rayol aos 86 anos
Após mais de 60 anos de carreira artística, morreu o carioca Agnaldo Rayol, em consequência de uma queda em sua residência. Cantor romântico, com o auge do sucesso na década de 1960, também protagonizou telenovelas e filmes em papéis de galã, e apresentou programas próprios na TV. Descendente de imigrantes, tocou os corações de seus fãs com canções em italiano, até nos anos 90. (04/11)
Foto: Fotoarena/IMAGO
População joga lama em rei da Espanha durante protestos pós-enchentes
Uma visita do rei e da rainha da Espanha e do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, às áreas atingidas pelas enchentes em Valência, no leste do país, terminou em confusão. Uma multidão atirou lama, pedras e objetos na comitiva e hostilizou as autoridades com gritos de "assassinos". O barro atingiu o rosto do rei Felipe VI e da rainha Letizia. (03/11)
Foto: Manaure Quintero/AFP/Getty Images
Espanha intensifica busca por sobreviventes após enchente
O governo espanhol enviou 10 mil agentes de segurança para auxiliar nas buscas por desaparecidos na região de Valência, leste do país, atingida por uma enchente de grandes proporções que deixou 211 mortos nesta semana. Esse é o maior emprego de forças do Exército espanhol em tempos de paz. A inundação já é considerada a segunda mais mortal deste século na Europa. (02/11)
Foto: Alberto Saiz/AP Photo/picture alliance
Alemanha facilita mudança legal de gênero
Maiores de 18 anos poderão requerer a alteração dos registros oficiais, adotando um novo prenome e gênero, ou até eliminando a indicação de gênero. Menores acima dos 14 anos também podem recorrer às novas regras, sob aprovação paterna ou por recurso legal. Em Berlim, que tem comunidade LGBT+ atuante, cerca de 1.200 requerimentos foram apresentados no primeiro dia de vigência da nova lei. (01/11)