Em meio à crise econômica, saída em massa de cubanos da ilha não parece ter fim à vista. País, que vê população cair há uma década, já enfrenta falta de pessoal em setores cruciais e até na saúde.
Rua em Havana. Nos últimos anos, população de Cuba caiu para patamar da década de 1980. E tendência vem acelerandoFoto: Frank L.O'Callaghan/UIG/IMAGO
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O jovem Davi Obispo, de 20 anos, se prepara para deixar Cuba. Trabalhando como auxiliar de uma biblioteca, ele afirma que não vê perspectiva de melhora nas condições de vida no país e, por isso, decidiu deixar a ilha nos próximos meses em busca de novas oportunidades.
"Vou ao Brasil. Apesar de lá ter um idioma diferente do espanhol, sei que os brasileiros são como nós, abertos e felizes, e também há muitas vagas de trabalho, pois a economia está crescendo muito. O objetivo é, depois de me estabelecer, enviar dinheiro à minha família", conta à reportagem da DW.
Assim como o jovem, outros milhares de cubanos estão deixando o país, em um movimento que se acentua após a pandemia de covid-19 - que arrastou Cuba para a maior crise econômica da história recente, com alta da inflação, queda do PIB e racionamento de produtos. Não à toa, o país viu sua população cair nos últimos dez anos seguidos, de acordo com dados da Oficina Nacional de Estatística e Informações (ONEI).
O drama vivido pela população local há anos parece ter chegado ao ápice agora. Já há falta de pessoal para trabalhar nas plantações e nos hotéis de turismo, dois dos setores mais importantes para a economia do país. Também faltam médicos para trabalhar no setor de saíde - um dos pilares da revolução cubana.
"Grande parte dessa emigração é composta por jovens de 19 a 49 anos, ou seja, mulheres em idade fértil, e homens que estão efetivamente na idade em que se concentra a força de trabalho. Isso realmente tem impactado não só toda a economia cubana, mas também certas atividades, como, por exemplo, serviços sociais, educação e saúde, que foram realmente afetados pelo êxodo de pessoal", afirma Omar Everleny Pérez Villanueva, doutor em Economia e ex-diretor do Centro de Estudos Econômicos Cubanos da Universidade de Havana.
Fila para adquirir alimentos em Havana. Crise econômica crônica só piorou desde a pandemiaFoto: AFP
População em queda
Cuba perdeu cerca de 10% da população nos últimos três anos, chegando a cerca de dez milhões, no último censo divulgado, ao fim de 2023 - mesmo patamar populacional de 1985. A saída em massa de jovens, no entanto, se acelerou após a pandemia, quando o quadro econômico do país, sob regime comunista há mais de seis décadas, piorou ainda mais. A taxa anual de crescimento da população, que já vinha sendo negativa desde 2015, passou a registrar um encolhimento médio de -0,4% ao ano a partir de 2021.
A perspectiva também não é positiva. De acordo com uma projeção da Organização das Nações Unidas (ONU), a população de Cuba corre o risco de continuar a cair de maneira constante, chegando a cinco milhões até 2100.
"Cuba vive hoje uma importante combinação de envelhecimento da população, baixas taxas de natalidade e a imigração da população jovem e preparada, que desestabiliza o país", diz Vanessa Oliveira, especialista em política cubana e co-organizadora do livro Entre a utopia e o cansaço: pensar Cuba na atualidade.
Na ilha, a taxa de natalidade a cada 1.000 pessoas era de 11,2 em 2013, acelerou a queda para 9,4 em 2020 e chegou a 8,8 em 2023 - último ano disponível na ONEI. Para efeito de comparação, a taxa brasileira é de 14, segundo a ONU. Além disso, segundo a ONEI, em 2019, antes da pandemia, o saldo migratório em Cuba foi de -17 mil pessoas. Já em 2021 foi a -227 mil, passando a -431 mil e -345 mil pessoas em 2022 e 2023, respectivamente.
Para Oliveira, a emigração cubana dos últimos anos precisa ser avaliada a partir de motivações internas, como alterações legislativas e econômicas, mas também por políticas de repressão econômica ao país por parte dos Estados Unidos.
Outra decisão adotada pelo governo cubano nesse período foi a flexibilização das leis relacionadas à imigração de longa duração, com o objetivo de manter ligação com os cidadãos que deixavam o país. "Passou a ser possível, por exemplo, viajar para turismo ou trabalho e manter direitos como os de propriedade, sem perder a cidadania cubana, se a pessoa voltar em até dois anos", diz.
Além disso, em 2021, o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, retirou a exigência de visto para cubanos a partir de um acordo com o governo de Miguel Díaz-Canel, o que "abriu uma outra via de imigração para os EUA pela famosa ruta de los volcanes – até então pouco utilizada pelos cubanos", conta, ao explicar a maior facilidade da emigração cubana nos últimos anos.
Até mesmo o número de médicos vem caindo em CubaFoto: Xinhua/imago images
Impacto econômico
A saída em massa dos cubanos é pauta nas conversas entre a população nas ruas de Santa Clara, cidade localizada no interior da ilha. "Meu filho foi aos EUA. De lá, nos manda dólares importantes. Aqui, para ele, estava muito difícil, os preços não param de subir e não há melhora à vista", Javier Carlos, arquiteto.
A percepção da moradora é corroborada por especialistas. A inflação chegou a 30% em 2023, segundo os últimos dados da ONEI - embora os preços no mercado informal cresçam na casa dos três dígitos. A alta dos preços de forma descontrolada é um dos fatores citados para a debandada histórica. A falta de pessoal, contudo, continua a agravar o problema da inflação no país.
"Cuba está realmente em uma situação muito complexa no que diz respeito à força de trabalho. Se um processo de desenvolvimento fosse empreendido agora, ou seja, se surgissem investimentos, Cuba teria um problema de mão de obra. Acho que está chegando o momento em que teremos que importar mão de obra", afirma Villanueva.
Especialistas afirmam que a safra de cana de Cuba, um dos principais produtos produzidos no país, foi uma das piores dos últimos anos, embora ainda não haja dados oficiais, e o número de turistas que chega ao país caiu cerca de 30% nos primeiros meses deste ano, de acordo com dados da Oficina Nacional de Estatística e Informações.
Com a economia em dificuldades, outros setores também sofrem com a saída de profissionais. O número de médicos caiu de 510 mil para 421 mil nos dois anos até 2023 - último dado disponível. E a tendência só acelera.
"Eu pessoalmente sei que há falta de médicos em hospitais, especialmente com especialistas. Muitos hospitais ficaram sem cardiologistas e anestesiologistas. Há hospitais onde alguns serviços tiveram que ser fechados temporariamente devido à falta desses especialistas", diz Villanueva.
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Trump x Cuba
Apesar do impacto sobre a população, muitos não veem saída no curto prazo para a crise. A retórica ainda mais hostil contra o regime cubano do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, faz com que especialistas se preocupem com o futuro da ilha, dado que o país mantém um embargo econômico sobre Cuba há mais de 60 anos.
"De um lado temos a retórica do controle migratório e das deportações, que é importante para Trump internamente. E, de outro, sabemos que o incentivo à imigração cubana é uma das formas de ataque à Ilha. O que vai acontecer, vai depender da estratégia de Marco Rubio e Trump para Cuba nos próximos anos e de como a população dos Estados Unidos vai lidar com os horrores das novas políticas migratórias", afirma Oliveira.
O mês de abril em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês
Foto: Riccardo De Luca/Anadolu Agency/picture alliance
Ex-presidente Cooler preso por corrupção e lavagem de dinheiro
O ex-presidente e ex-senador Fernando Collor de Mello foi preso por corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito de uma condenação de maio de 2023 em um processo resultante da Operação Lava Jato. A prisão foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. (25/04)
Foto: Eraldo Peres/AP Photo/picture alliance
Ataque russo deixa 9 civis mortos em Kiev
Um ataque russo com mísseis matou ao menos nove pessoas e feriu dezenas na capital ucraniana. Foi um dos golpes mais mortais contra Kiev desde o início da guerra, mesmo sob forte proteção de sistemas antiaéreos. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, não respondeu à oferta de Volodimir Zelenski de interromper completamente os ataques aéreos contra alvos civis. (24/04)
Foto: GENYA SAVILOV/AFP
Corpo do papa Francisco é velado na Basílica de São Pedro
O corpo do papa Francisco foi transferido à Basílica de São Pedro, na Cidade do Vaticano, para o velório que ocorre até o funeral de sábado, quando ele será enterrado em um túmulo simples na Igreja de Santa Maria Maggiore. O caixão foi levado aberto da capela da Casa Santa Marta. Ao menos 20 mil fiéis já visitaram o local, e muitos não conseguiram entrar durante o período permitido. (24/04)
Foto: Alberto Pizzoli/AFP
Centenas se reúnem no Vaticano para rezar pelo papa Francisco
Fiéis se reuniram na Praça São Pedro para prestar suas últimas homenagens ao pontífice, onde ações foram programadas para ocorrer todas as noites até o funeral no próximo sábado. A multidão se voltava a uma imagem de Francisco projetada em uma tela ao lado da Basílica. Nesta terça-feira, o Vaticano também divulgou as primeiras imagens do corpo do pontífice, exposto na Casa de Santa Marta. (22/04)
Foto: Bernat Armangue/AP Photo/picture alliance
Morre o papa Francisco
O papa Francisco morreu aos 88 anos. "Às 7:35 desta manhã, o bispo de Roma, Francisco, regressou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e da sua Igreja", anunciou o Vaticano. Primeiro papa das Américas, Francisco ocupou o posto por 12 anos. No dia anterior, ele havia feito sua última aparição pública, para a tradicional bênção de Páscoa. (21/04)
Foto: Riccardo De Luca/Anadolu Agency/picture alliance
Papa aparece no Domingo de Páscoa e dá benção aos fiéis
O papa Francisco, ainda se recuperando de uma infecção respiratória, apareceu na sacada da galeria central da Basílica de São Pedro para a bênção Urbi et Orbi após a missa do Domingo de Páscoa e depois saudou os fiéis circulando a Praça de São Pedor a bordo do papamóvel, usando o veículo pela primeira vez após deixar hospital. (20/04)
Foto: Yara Nardi/REUTERS
Robôs humanoides na pista
A China promoveu neste sábado a primeira meia-maratona de humanos e robôs humanoides do mundo, em Pequim. Foram 21 robôs bípedes correndo ao lado de cerca de 10 mil humanos. O robô vencedor, Tiangong Ultra, terminou o percurso em 2 horas e 40 minutos – mais de uma hora depois do humano mais rápido, que percorreu os 21 km em 1 hora e 11 minutos. (19/04)
Foto: Tingshu Wang/REUTERS
Calábria debaixo d'água
O litoral da Calábria, no sul da Itália, foi atingido por um ciclone mediterrâneo que causou devastação com ventos fortes e chuvas intensas. Uma grande área com casas na cidade de Schiavonea foi inundada. (18/04).
Foto: Alfonso Di Vincenzo/ipa-agency/picture alliance
World Press Photo premia retrato de criança palestina amputada pela guerra em Gaza
Registro feito pela fotógrafa palestina Samar Abu Elouf para o "The New York Times" venceu renomado prêmio de fotojornalismo. "Como poderei abracá-la?", indagou o garoto à mãe, ao ouvir que perderia os braços. Mahmoud Ajjour tem 9 anos e foi evacuado para Doha, assim como Elouf. "Crianças palestinas têm pagado um alto preço pelos horrores que vivenciaram", lamenta ela. (17/04)
Foto: Samar Abu Elouf/The New York Times
Sexo biológico define quem é mulher, diz Supremo britânico
Corte decidiu nesta quarta-feira (16/04) que, para fins legais, o termo "mulher" deve ser definido com base no sexo biológico de nascimento. A decisão foi emitida num processo que contestava uma interpretação de lei antidiscriminação. Na prática, mulheres trans poderão ser excluídas de espaços femininos como vestiários, abrigos para sem-teto e serviços médicos específicos para mulheres. (16/04)
Foto: Thomas Krych/ZUMA Press Wire/picture alliance
Ex-presidente do Peru tem pena de 15 anos em caso Odebrecht
O ex-presidente do Peru Ollanta Humala (2011-2016) e a mulher dele, Nadine Heredia, foram condenados a 15 anos de prisão por lavar dinheiro de propina paga pela construtora brasileira Odebrecht (atual Novonor) e pelo ex-presidente venezuelano Hugo Chávez, morto em 2013. A verba irrigou as campanhas eleitorais de Humala em 2011 e 2006, respectivamente. (15/04)
Foto: Angela Ponce/REUTERS
Argélia expulsa diplomatas franceses
Argel deu aos membros da embaixada francesa um prazo de 48 horas para deixarem o país norte-africano. O motivo foi a prisão de três argelinos na França, entre os quais um funcionário de consulado, suspeitos de participar do sequestro do influenciador argelino Amir Boukhors (foto) num subúrbio de Paris, em abril de 2024. Perseguido em seu país, ele obtivera asilo na França no ano anterior (14//04)
Foto: https://www.tiktok.com/@amir.dz
Ataque israelense desativa hospital no norte de Gaza
Dois mísseis israelenses atingiram um importante hospital no norte da Faixa de Gaza, destruindo a ala de emergência e danificando outras estruturas. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 33 dos 36 hospitais do território palestino sofreram algum dano no conflito. Ataques a unidades de saúde mataram 886 pessoas e destruíram 170 ambulâncias. (13/04)
Foto: Hamza Z. H. Qraiqea/picture alliance/Anadolu
Irã e EUA abrem diálogo por acordo nuclear
Países abriram conversas consideradas "construtivas" após Donald Trump ameaçar uma ofensiva militar contra a República Islâmica. O republicano tirou os EUA do acordo nuclear com Teerã durante seu primeiro mandato, em 2018. Presidente americano pressiona por fim do programa iraniano de enriquecimento de urânio. Diálogo aconteceu de forma indireta, mediado pelo chanceler de Omã (à dir.). (12/04)
Justiça dos EUA autoriza deportação de estudante com green card
Juíza acatou argumento da Casa Branca de que permanência de Mahmoud Khalil nos EUA teria "consequências graves em termos de política externa". Aluno da Universidade de Columbia, ele foi detido por participar de protestos pró-palestinos. Caso marcou o início de uma ofensiva para deportar estudantes estrangeiros críticos de Israel. Decisão abre precedente, dizem críticos. (11/04)
Foto: Jeenah Moon/REUTERS
Helicóptero cai em Nova York e deixa seis mortos
Aeronave que transportava uma família de turistas espanhóis perdeu o controle e caiu no Rio Hudson, nas proximidades da Estátua da Liberdade. As seis pessoas que estavam a bordo morreram, incluindo três crianças. O motivo do acidente ainda é investigado pelas autoridades. (10/04)
Foto: Mark Lennihan/AP Photo/picture alliance
Trump eleva taxa da China e recrudece guerra comercial
Cargueiros em porto americano de Los Angeles em meio a conflito tarifário: o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que irá aumentar para 125% a tarifa sobre produtos chineses , aprofundando, assim, a disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo. Ao mesmo tempo, disse que reduzirá para 10%, pelo prazo de 90 dias, as taxas aplicadas a outros países. (09/04)
Foto: Mario Tama/Getty Images/AFP
Teto de boate na República Dominicana desaba
Pelo menos 66 pessoas morreram e mais de 150 ficaram feridas após o desabamento do teto da boate Jet Set, em Santo Domingo, capital da República Dominicana. A estrutura colapsou após um apagão repentino durante a apresentação do cantor de merengue Rubby Pérez. As causas da tragédia ainda são desconhecidas. (08/04)
Foto: ASSOCIATED PRESS/picture alliance
Primeira visita oficial à Casa Branca após tarifaço
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reuniu-se com o presidente dos EUA, Donald Trump, para discutir, entre outros temas, a situação na Faixa de Gaza e as tarifas impostas para todas as importações dos EUA. Netanyahu disse que considera a "visão" de Trump de tomar o controle do enclave e transformá-lo num empreendimento de turismo, deslocando 2 milhões de palestinos. (07/04)
Foto: Kevin Dietsch/Getty Images
Papa aparece pela primeira vez desde que voltou ao Vaticano
O papa Francisco fez uma aparição surpresa diante dos fiéis na Praça de São Pedro, no Vaticano, ao final da missa do Jubileu dos Enfermos, dedicada aos doentes. Foi a primeira aparição pública do pontífice de 88 anos desde 23 de março, quando ele deixou a clínica Gemelli, em Roma, após 38 dias internado devido a uma pneumonia bilateral e outros problemas respiratórios. (06/04)
Foto: Remo Casilli/REUTERS
Tarifaço de Trump entra em vigor
O novo pacote de tarifas globais anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entraram em vigor, oficializando uma medida que ameaça perturbar ainda mais os mercados internacionais. No caso do Brasil, a alíquota foi mantida em 10%, mas chegou a ser incrementada em até 20% para produtos da UE ou até 54% para as exportações chinesas que chegam ao mercado americano. (05/04)
Foto: Stringer/AFP
China reage a Trump e abre guerra comercial global
A China impôs tarifas adicionais de 34% sobre as importações oriundas dos EUA, em retaliação à sobretaxa de igual valor imposta pelo presidente americano, Donald Trump, a produtos chineses. A decisão abriu uma guerra comercial que pode também se expandir para outros países. Mercados financeiros de todo o mundo fecharam o dia em baixa, ampliando temores de uma recessão global. (04/04)
Foto: Wang chun lyg/Imaginechina/picture alliance
Orbán recebe Netanyahu e anuncia saída da Hungria do TPI
A Hungria decidiu se retirar do Tribunal Penal Internacional (TPI) instantes após a chegada ao país do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a convite do premiê húngaro, Viktor Orbán. O TPI emitiu um mandado de prisão internacional contra o premiê israelense, que é acusado de crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos no conflito com o Hamas, na Faixa de Gaza. (03/04)
Foto: Denes Erdos/AP/dpa/picture alliance
Trump anuncia tarifaço sobre importados
Presidente dos EUA anunciou que vai impor uma tarifa básica de 10% sobre tudo que o país importa – inclusive do Brasil –, com tarifas ainda mais altas sobre a União Europeia (20%) e a China (34%), dentre outros cerca de 60 países. A medida, que ele diz que incentivará a produção americana e engordará os cofres do governo, na verdade deve piorar a inflação. (02/04)
Foto: Mark Schiefelbein/AP Photo/picture alliance
Mais de 300 crianças mortas desde fim do cessar-fogo em Gaza, diz Unicef
A Unicef, agência da ONU para a infância, afirma que ao menos 322 crianças foram mortas desde que Israel retomou sua ofensiva militar contra o Hamas na Faixa de Gaza, em 18 de março. O cessar-fogo foi suspenso após os dois lados do conflito discordarem sobre os próximos passos. Israel quer libertação dos 59 reféns que ainda estão em poder do grupo palestino. (01/04)