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Os estádios da Copa do Mundo de 2006

tim20 de abril de 2002

Foram definidos esta semana, em Frankfurt do Meno, os 12 estádios da Copa do Mundo de 2006, na Alemanha.

O "Olympiastadion" em Berlin será o maior estádio da Alemanha, com capacidade para 76 mil espectadoresFoto: AP

Confira aqui as doze cidades alemãs, onde será disputado o título mundial de futebol no ano de 2006:

Berlim – Depois da Segunda Guerra Mundial, Berlim era uma cidade dividida, cortada em duas partes pela "cortina de ferro". A construção do Muro de Berlim, em 1961, dividiu ideologias, mas também separou famílias, vizinhos e amigos. E, assim, Berlim tornou-se uma cidade de duas faces.

O lado ocidental era como uma ilha, pois Berlim Ocidental estava cercada por todos os lados de território da República Democrática Alemã (RDA), a Alemanha Oriental de regime comunista. A estrada que ligava Berlim Ocidental à República Federal da Alemanha cruzava necessariamente esses territórios. No lado oriental, estava a capital da República Democrática Alemã (RDA).

Berlim é hoje a capital da Alemanha reunificada. E é a terra do clube Hertha BSC. Lá estará também o maior estádio do país, com capacidade para 76 mil espectadores. A modernização do Olympiastadion vai gerar despesas totais de 242 milhões de euros. O fato de o estádio ser tombado pelo Patrimônio Histórico obrigou os construtores a respeitarem inúmeras restrições de planejamento.

Foto: AP

Munique – É uma das cidades mais atraentes da Alemanha. Berlim é grande e confusa, caótica e barulhenta, mas também inovadora e inspiradora; uma metrópole no pulsar do tempo. Munique é o oposto: menor e aconchegante, prazerosa e tranqüila, mas também conservadora e pacata.

Munique realmente oferece tudo o que torna agradável a vida numa cidade. Um centro com numerosas igrejas e pomposos monumentos arquitetônicos nos estilos barroco, gótico e clássico. Uma abundância de museus, teatros e casas de espetáculos. Elegantes ruas de comércio. E mais: Munique é verde, com vários parques como o Englischer Garten e o do rio Isar, que oferecem ar puro para respirar fundo e relaxar. Sem esquecer, é claro, dos mais de 80 Biergarten, cervejarias ao ar livre, onde os muniquenses se sentam no verão, debaixo de castanheiras, para bater um papo e tomar cerveja bávara em canecos de litro.

A capital da Baviera, com seus 1,3 milhão de habitantes, é também um moderno e próspero centro econômico. É sede da fábrica de veículos BMW, do conglomerado elétrico da Siemens e da empresa aeroespacial DASA. O governo da Baviera fomenta a implantação específica de empresas de tecnologia avançada, bem como projetos de pesquisa nas áreas de biotecnologia e tecnologia da informação.

O novo estádio de Munique deverá ficar pronto até julho de 2005. Ele está sendo planejado exclusivamente para o futebol e custará 280 milhões de euros. Por causa disso, o Bayern de Munique e o 1860 Munique – os dois times locais – compartilham a nova arena que terá capacidade para 66 mil lugares. Ainda existem problemas no tocante ao contrato comercial, que deverá dar ao estádio o nome da companhia de seguros Allianz. Na Copa do Mundo, não se permite fazer reclame através dos nomes de estádios.

Foto: AP

Dortmund – Fica no coração da região industrial e de mineração do Ruhr, na Renânia do Norte-Vestfália. Além de ser uma das forças econômicas do Estado, Dortmund é também uma das maiores e mais importantes cidades da Alemanha.

Única cidade independente do Império Alemão em toda a Vestfália, Dortmund é o centro do modo de vida característico do Ruhrpott, como os habitantes chamam cordialmente a sua região carbonífera. Nos setores de tecnologia, ciência e cultura, Dortmund é um centro importante, com fortes ligações regionais e internacionais.

O Westfalenstadion, do clube Borussia Dortmund, é um dos maiores estádios do país e terá, em 2006, capacidade para 60 mil espectadores. Os custos da sua reforma para a Copa do Mundo estão calculados entre 31 e 36 milhões de euros. Com a sua famosa atmosfera de jogo, o estádio de Borussia Dortmund é um dos campos de futebol mais fascinantes da Alemanha.

Foto: AP

Gelsenkirchen – É a terra do time Schalke 04. Gelsenkirchen é uma cidade marcada pela fase de industrialização do século XIX. Desde 1840, Gelsenkirchen desenvolveu-se rapidamente com a exploração de carvão mineral, o "ouro preto". Por causa disso, tinha o nome de "cidade dos mil fogos".

Na época seguinte, foi marcada pela industria siderúrgica, principal razão da sua destruição pelas forças aliadas na Segunda Guerra Mundial. Mas a cidade trabalhadora, com seus inúmeros estrangeiros, sempre soube reerguer-se. Hoje, é o maior centro de fabricação de células solares da Europa e o mais moderno do mundo.

Pode-se dizer quase mesma coisa da Arena Auf Schalke. O estádio multifuncional, que oferece lugar a 52 mil de espectadores, custou 192 milhões de euros e é um dos mais modernos da Bundesliga. Como uma particularidade: tem teto e gramado móveis. O estádio do Schalke 04 já está pronto.

Foto: AP

Hamburgo – Considerada a porta da Alemanha para o mundo. Na Idade Média, a cidade era conhecida como centro portuário e comercial. O que proporcionou este status foi a sua localização na confluência dos rios Alster e Elba, a cem quilômetros do mar do Norte.

Maior porto da Alemanha, é também um dos mais movimentados da Europa, recebendo e despachando 80 milhões de toneladas de carga por ano. Para muitos hamburgueses, o porto representa apenas o mau cheiro de peixe e óleo diesel, a vida boêmia dos bares freqüentados por marinheiros ou simplesmente uma atração para os turistas.

Com mais de 1,7 milhão de habitantes, Hamburgo é a segunda maior cidade da Alemanha, depois de Berlim e antes de Munique. Quem acha Berlim agitada demais e Munique muito pacata, sente-se em casa aqui. O novo estádio de Hamburgo, denominado AOL Arena, já está pronto e comporta 50 mil espectadores. Os custos de construção foram de 97 milhões de euros. Aqui, a questão da propaganda com o nome do estádio já está resolvida: o contrato com a AOL termina antes da Copa do Mundo.

Foto: Illuscope

Hanôver – A capital do Estado da Baixa Saxônia é uma cidade "verde". Apesar de ter mais de 500 mil habitantes, ainda conserva a sua atmosfera provinciana. Hanôver foi fundada na Idade Média como centro de negócios manufatureiros.

Hanôver é a cidade do chanceler alemão Gerhard Schröder. A distância entre a casa do chefe do governo alemão e o estádio é de cerca de 4 quilômetros. Além disso, existe a fama de serem os habitantes de Hanôver os que mais corretamente falam o alemão.

A capacidade do estádio do Hanôver 96, o time da cidade, deverá ser aumentada para 52 mil espectadores. Com um custo de 61 milhões de euros para a reforma, o estádio deverá ficar pronto em abril de 2005.

Foto: AP

Leipzig – A cidade é um importante centro de feiras internacionais, que atrai visitantes de toda a Europa. Com a sua arquitetura arrojada, o novo parque de exposições da Leipziger Messe – a empresa promotora das feiras – oferece uma excelente infra-estrutura aos expositores e visitantes. A universidade, fundada há quase 600 anos, é uma das mais antigas da Alemanha. Com 24 mil estudantes e uma ampla série de cursos, ela acompanha plenamente a evolução dos tempos.

Um orgulho especial dos moradores locais é a igreja de São Tomé, de cujo púlpito o reformador Martinho Lutero fez os seus sermões, no início do século XIV. Para o prestígio da igreja de São Tomé contribuiu também, mais de um século depois, o seu organista Johann Sebastian Bach.

Com meio milhão de habitantes, Leipzig oferece todas as comodidades de uma cidade grande, sem ser complicada para os turistas. O Zentralstadion (estádio central) de Leipzig é o único no antigo território da RDA ( República Democrática da Alemanha) a participar da Copa do Mundo. A sua construção custará 90,6 milhões de euros e deverá estar terminada em maio de 2003. O novo estádio da Leipzig comportará 44 mil espectadores.

Foto: AP

Frankfurt do Meno – Na Idade Média, Frankfurt do Meno transformou-se num dos centros mais importantes de comércio e finanças na Europa. Há quatro anos, o Banco Central da Europa opera nesta cidade que é o centro da região de Reno-Meno, no Estado do Hessen.

Frankfurt do Meno tem a fama de ser a cidade "mais americana da Europa", baseada no seu skyline impressionante e, é claro, nas enormes atividades da bolsa de valores. Com o maior aeroporto do país, é um importante centro europeu e internacional de negócios.

O novo Waldstadion terá capacidade para 48 mil espectadores e será inteiramente reconstruído, em vez de reformado. Terá um teto móvel, que poderá ficar aberto ou fechado, de acordo com as condições climáticas. Os trabalhos de construção vão durar até agosto de 2005.

Foto: AP

Kaiserslautern – Localizada no Estado da Renânia-Palatinado, Kaiserslautern tem um ambiente bucólico. A cidade fica diretamente ao lado do Pfälzer Wald (bosque palatino), a maior área contínua de floresta na Alemanha.

O Estado da Renânia-Palatinado foi constituído pelos franceses após a segunda Guerra Mundial, sem levar em consideração as estruturas existentes. A ampla e moderna rede de auto-estradas e estradas federais e as rápidas conexões ferroviárias oferecem as melhores condições para representar uma das mais dinâmicas regiões da Alemanha, aspecto importante para a qualificação com um dos estádios da Copa do Mundo de 2006.

O Fritz-Walter-Stadion dos "diabos vermelhos" (Rote Teufel), como seus torcedores chamam o time do 1.FC Kaiserslautern, irá abrigar 48.500 espectadores. A reforma custará 48,3 milhões de euros e ficará pronta em julho de 2005.

Foto: AP

Stuttgart – Como centro de produção de carros de luxo da Mercedes e da Porsche, Stuttgart é conhecida bem além da região sudoeste da Alemanha. Stuttgart é a capital dos suábios, invariavelmente ligados à fama de serem econômicos e zelarem pela limpeza. Stuttgart também alcançou notoriedade como a cidade natal do hip hop "made in Germany". Os músicos do grupo "Fantastischen Vier" fizeram com que o rap saísse de Stuttgart e alcançasse o topo das paradas de sucesso do país e isto, sem renegar a origem suábia.

Ao lado da rica tradição no setor de produção industrial, Stuttgart também tem muito a apresentar no terreno cultural e artístico. O filósofo Georg Wilhelm Friedrich Hegel nasceu nesta cidade suábia e o grande poeta Eduard Mörike deu aulas por lá. Em 1927, os arquitetos Mies van der Rohe, Walter Gropius, Hans Scharoun e Le Corbusier construíram um bairro inteiro na cidade, o "Weissenhofsiedlung".

Outra obra arquitetônica, a da reconstrução do Gottlieb-Daimler-Stadion, que leva o nome do construtor do primeiro motor a combustão, deve ficar pronta em 2004. Com despesas num montante entre 41 e 56 milhões de euros, o estádio foi planejado para receber 60 mil torcedores de futebol.

Foto: Bilderbox

Colônia – É a cidade alemã do Carnaval. E não falta bom humor aos colonianos, mesmo fora dos "dias de folia". Dificilmente se encontrará em outra cidade alemã tamanha alegria de vida e calor humano.

Colônia é a quarta maior cidade da Alemanha, além de sua mais antiga metrópole. Há quase dois mil anos, os romanos fundaram aqui, às margens do rio Reno, a "Colonia Agrippinensis" e, até hoje, encontra-se a cada passo os vestígios da sua presença. Pouco a pouco, o Reno foi se tornando uma via de transporte cada vez mais importante entre os Alpes e o mar do Norte. E assim, a cidade floresceu durante a Idade Média, como centro de comércio.

A sua marca registrada é a imponente catedral: a famosa Dom é um dos mais significativos monumentos arquitetônicos da Alemanha, atraindo anualmente milhões de turistas de todo o mundo. A construção da catedral em estilo gótico estendeu-se por vários séculos, sendo concluída somente no século XIX.

Nos últimos anos, a importância de Colônia cresce, além disso, como cidade da mídia. Dez estações de rádio e TV, entre as quais as grandes Westdeutsche Rundfunk (WDR) e RTL, têm sede aqui, assim como 400 empresas de produção.

O Müngersdorfer Stadion de Colônia está sendo reformado e as obras, com um custo de 110 milhões de euros, durarão até agosto de 2004. O estádio terá uma capacidade de 52 mil espectadores.

Foto: AP

Nurembergue – A cidade é famosa pelo seu pão de mel. Ligada à sua cidade gêmea Fürth pelo primeiro trecho de linha férrea da Alemanha, datado de 1835, a cidade bávara transformou-se, já naquela época, num centro industrial.

Na Segunda Guerra Mundial, Nurembergue foi destruída quase completamente e sua reconstrução durou muito tempo. Hoje, a antiga metrópole medieval restabeleceu-se inteiramente. Com 500 mil habitantes, 40 conexões aéreas e 77 ferroviárias por dia, a cidade de Albrecht Dürer é uma das maiores atrações turísticas do Estado Livre da Baviera.

O Frankenstadion comportará 45.500 espectadores. As reformas custarão 56 milhões de euros e o estádio estará pronto em julho de 2005.