"La La Land", "Moonlight" e "Manchester" são as maiores apostas, concorrendo em várias categorias. Drama alemão pode levar prêmio de melhor filme estrangeiro. Meryl Streep recebe homenagem.
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Os filmes La La Land: Cantando estações, Moonlight: Sob a Luz do Luar e Manchester à beira-mar são favoritos para o Globo de Ouro deste ano, cuja cerimônia de premiação acontece na noite deste domingo (08/01), em Los Angeles.
O musical La La Land, com direção de Damien Chazielle, foi nomeado em sete categorias, entre elas a de melhor filme de comédia ou musical e melhor interpretação para os protagonistas Ryan Gosling e Emma Stone, no papel do pianista Seb e da atriz Miae. O filme estreia no Brasil no próximo dia 19 de janeiro.
Moonlight concorre com seis nomeações, incluindo melhor filme dramático, roteiro e interpretação feminina e masculina para os coadjuvantes Naomie Harris e Mahershala Ali. O primeiro longa-metragem com traços biográficos do diretor Barry Jenkins estreia no Brasil em 23 de fevereiro.
Manchester à beira-mar, de Kenneth Lonegan, concorre em cinco categorias, incluindo melhor drama, melhor ator (Caseu Affleck) e melhor roteiro. O longa estreia em 19 de janeiro no Brasil.
Na categoria de melhor filme estrangeiro, o drama alemão Toni Erdmann é favorito, competindo com dois longas franceses – Elle e Divines –, o drama iraniano The Salesman e o chileno Neruda.
A atriz Meryl Streep, nomeada pela 30ª vez para o Globo de Ouro – por sua atuação em Florence: Quem é essa mulher – receberá o prêmio de carreira Cecil B. DeMille.
A cerimônia da 74ª edição do Globo de Ouro será conduzida pelo apresentador e comediante Jimmy Fallon e estão confirmadas a presença no palco, para anunciar os vencedores, de nomes como Matt Damon, Nicole Kidman e Reese Whitherspoon. Os prêmios, que englobam mais de 25 categorias, são concedidos pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood.
LPF/lusa/ap
Grandes filmes alemães dos anos 2000
A partir do ano 2000, chegaram às telas filmes de cineastas associados ao que se chamou de "segunda geração da Escola de Berlim", além de uma vertente do cinema alemão impulsionada por diretores filhos de imigrantes.
Foto: picture-alliance/dpa/Les Film du Losange
Caixa preta Alemanha
O documentário de Andres Veiel, de 2001, apresenta dois personagens paralelos: Alfred Herrhausen, presidente do Deutsche Bank, morto em um atentado em 1989; e o terrorista Wolfgang Grams, morto em confronto com a polícia. O diretor busca depoimentos de pessoas próximas aos dois e esboça um retrato da sociedade alemã à sombra do terrorismo da RAF: "A luta passou, mas as feridas continuam abertas."
Foto: X Verleih
Adeus, Lênin!
Nesta comédia de 2003, o diretor Wolfgang Becker revisita a queda do Muro de Berlim através da história da família Kerner. E brinca com as diferenças culturais entre as ex-Alemanhas Oriental e Ocidental. O filme recebeu diversos prêmios, entre eles o de melhor filme europeu do ano e se tornou um dos maiores sucessos de público da história recente do cinema alemão.
Foto: picture-alliance/dpa
Contra a parede
O filme de Fatih Akin recebeu o Urso de Ouro no Festival de Cinema de Berlim em 2003. O diretor volta mais uma vez os olhos para suas raízes, ao contar a inusitada história de amor entre dois jovens turcos na Alemanha, que lutam para se libertar das amarras das tradições familiares. A premiação marcou a consagração de Akin como um dos principais diretores do país.
Foto: picture alliance/dpa
Marselha
Angela Schanelec, uma das diretoras da "Escola de Berlim", traça, em seu longa de 2004, o retrato de uma geração perdida entre lugares, pessoas, idas e vindas, emoções contrárias. Adepta de uma linguagem cinematográfica elíptica e de rigor formal, e amante confessa do cinema de Robert Bresson, Schanelec "documenta" o cotidiano das personagens em seus filmes de ficção.
Foto: peripherfilm/R.Vorschneider
Edukators
"Edukators", de 2005, dirigido por Hans Weingartner, encerrou o longo jejum de filmes alemães no Festival de Cannes, tendo sido posteriormente bem recebido em muitos países. A narrativa em torno do amor, da amizade e da rebeldia serve como alerta à sociedade de que por trás de uma suposta vida feliz e perfeita podem se ocultar sinais de uma ordem mundial nada justa e igualitária.
Foto: picture alliance/dpa
A vida dos outros
O longa-metragem dirigido por Florian Henckel von Donnersmark sobre as atividades da Stasi, a polícia secreta da ex-Alemanha Oriental, levou o Oscar de melhor filme estrangeiro. Ao refletir sobre a vigilância estatal, o filme de 2006 apresenta uma narrativa que não reconstrói contextos reais, mas cria uma parábola sobre as possibilidades de resistência aos mecanismos de um Estado repressor.
Foto: picture-alliance/dpa/Buena Vista
Yella
Dirigido por Christian Petzold, um dos nomes da chamada Escola de Berlim, "Yella" (2007) coloca na tela os bastidores do mercado financeiro, com suas imagens, atitudes, valores e riscos. Segundo o próprio diretor, as contradições do neoliberalismo são justamente as contradições da protagonista, que deixa sua pequena cidade no Leste alemão para trabalhar no Oeste com empresários inescrupulosos.
Foto: Hans Fromm
13 curtas sobre o estado do país
Inspirado no projeto coletivo anterior "Alemanha no Outono" (1978), os 13 curtas-metragens radiografaram em 2009 os problemas do país em 140 minutos – desde o fantasma da vigilância até as heranças do nazismo e do terrorismo. Com cineastas como Fatih Akin, Wolfgang Becker, Tom Tykwer e Hans Weingartner, a seleção marcou os 50 anos do fim da Guerra Fria e os 20 anos de queda do Muro de Berlim.
Foto: Piffl Medien GmbH
A fita branca
Produção alemã de 2009 dirigida pelo austríaco Michael Haneke, "A fita branca" levou a Palma de Ouro do Festival de Cannes. Em preto e branco, ele traça um panorama da sociedade europeia às vésperas da Primeira Guerra Mundial, o prenúncio de catástrofes iminentes. "Uma história infantil alemã", subtítulo do filme, remete tanto à "violência infantil" como à "infância" do nazismo do país.
Foto: picture-alliance/dpa/Les Film du Losange
Todos os outros
Rituais secretos, brincadeiras, desejos não realizados e jogos de poder permeiam as relações do casal que protagoniza este filme dirigido em 2009 pela cineasta Maren Ade. "Todos os outros", apontado como um dos mais franceses entre os filmes alemães, é um impressionante exercício de observação e sutileza sobre o amor e suas inerentes decepções, das quais ninguém escapa.