Éder garantiu a classificação da Itália às oitavas de final da Eurocopa 2016. O catarinense, no entanto, não é o primeiro brasileiro a balançar as redes no torneio de seleções. A lista inclui um artilheiro improvável.
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Enquanto na Copa América Centenário nos EUA os atacantes da seleção brasileira falharam em anotar um único gol contra Equador e Peru – sendo eliminados ainda na fase de grupos – tem brasileiro balançando as redes na Eurocopa 2016, na França. E não é a primeira vez que isso acontece.
Na última sexta-feira, o gol de Éder, anotado aos 43 minutos do segundo tempo contra a Suécia, garantiu a segunda vitória da Itália nesta edição do torneio europeu e a classificação antecipada para as oitavas de final.
Mas o primeiro gol brasileiro numa Eurocopa foi anotado há oito anos, pelo zagueiro Pepe, que defende a seleção de Portugal desde 2007. O alagoano bicampeão da Liga dos Campeões com o Real Madrid é também o artilheiro brasileiro em Eurocopas, com dois gols marcados: o primeiro em 2008, contra a Turquia (2 a 0), e o segundo em 2012, contra a Dinamarca (3 a 2).
Na mesma Eurocopa de 2008, o paulista Anderson Luís de Souza, mundialmente conhecido como Deco, balançou as redes na vitória portuguesa por 3 a 1 contra a República Tcheca.
Por fim, completa a lista um herói improvável: Roger Guerreiro, lateral-esquerdo revelado pelo São Caetano, marcou o gol no empate de 1 a 1 com a anfitriã Áustria, também em 2008. Aquele gol não foi somente o único da Polônia naquele torneio, como foi o primeiro da história da seleção polonesa em Eurocopas.
Na edição de 2016 ainda podem ocorrer mais gols brasileiros. Além de Éder – que tem contrato desde 2012 com a Sampdoria, mas foi emprestado à Internazionale de Milão no começo deste ano –, há outros quatro brasileiros inscritos no torneio: o paulista Thiago Motta, também pela Itália, Pepe, por Portugal, o curitibano Thiago Cionek, pela Polônia, e o goleiro Guilherme, nascido no Rio de Janeiro e convocado pela Rússia.
Além destes cinco brasileiros, outros seis já participaram de Eurocopas. Destaque para os volantes Donato, o pioneiro, que defendeu a Espanha em 1996, e Marcos Senna, o único a ser campeão europeu, em 2008, também com a Espanha.
Completam a lista Paulo Rink, que defendeu a Alemanha em 2000, Kevin Kuranyi, nascido em Petrópolis, mas que cresceu na Alemanha e jogou pela Nationalelf na Euro de 2008, o atacante Eduardo da Silva, que vestiu a camisa da Croácia na edição de 2012, além do volante carioca Marco Aurélio, que, após a naturalização, mudou seu nome para Mehmet Aurélio e defendeu a Turquia na Eurocopa de 2008.
Curiosamente, a partida contra a Suécia da última sexta-feira foi apenas a segunda pela seleção italiana em que Éder ficou os 90 minutos em campo. Natural da cidade de Lauro Müller, em Santa Catarina, o jogador se profissionalizou no Criciúma, mas logo se transferiu ao futebol italiano, em 2005.
Com passagens por Empoli, Frosinone, Brescia, Cesena, Sampdoria e Inter de Milão, Éder soma 12 partidas pela Squadra Azzurra e três gols – dois pelas Eliminatórias para a Eurocopa e o da última sexta-feira.
Onze termos de futebol em alemão
Aprenda a falar alemão como um campeão mundial. É hora de aprimorar seu vocabulário futebolístico. Confira aqui 11 palavras que vão lhe ajudar a acompanhar o esporte na Alemanha.
Foto: picture-alliance/GES-Sportfoto
"Schiri"
Esta é a forma abreviada de "Schiedsrichter" e se refere à pessoa com mais poder em campo: o juiz. A equipe de árbitros é responsável pelo jogo. São eles quem decide a validade de um gol ou que punição um jogador merece após cometer uma falta. Assim como "Schiri", muitas abreviações em alemão derivam das primeiras letras de cada sílaba de uma palavra longa.
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"Fallrückzieher"
É a famosa "bicicleta". O jogador se inclina para atrás, apoiando-se numa perna e, em seguida, chuta a bola acima do nível da cabeça com a outra, com seu corpo já no ar como se estivesse pedalando. Devido à complexidade e desempenho incomuns, esta é uma das jogadas mais célebres do futebol, cuja criação é atribuída ao brasileiro Leônidas da Silva.
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"Abseits"
É uma das palavras mais gritadas pela defesa de um time ao trio de arbitragem durante o jogo: "abseits" é o termo em alemão para "impedimento". Um jogador está impedido quando, no momento em que a bola é lançada, há apenas um adversário entre ele e a linha de fundo. Em caso de "abseits", o juiz concede um tiro livre indireto para o time adversário.
"Flanke"
"Flanke" pode ser traduzido como "cruzamento". É quando o jogador vai à lateral e lança a bola em direção à área, geralmente pelo alto, na esperança de encontrar um atacante. É aquele recurso visto muito nos minutos finais de um jogo, na busca desesperada por um gol. Mas também ferramenta preciosa para algumas equipes, sobretudo as que possuem bons cabeceadores.
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"Schwalbe"
Literalmente, a palavra significa "andorinha", mas não se deixe enganar por esse suave nome de pássaro. No futebol, "schwalbe" é simulação, um mergulho deliberado feito por um jogador, procurando cavar um pênalti ou uma falta, mesmo sem ter sido atingido. Alemães não gostam muito de simulação, e jogadores que praticam isso com frequência são chamados de "schwalbenkönig" ou "rei das andorinhas".
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"Finte"
"Finte" é aquilo que os brasileiros dominam como poucos. Como a própria palavra alemã sugere, é a "finta" ou o mais popular "drible". Devido a sua técnica e habilidade, driblando mais do que a média dos alemães, o atacante Mario Götze ganhou o apelido de "Götzinho" quando surgiu para o futebol.
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"Notbremse"
Literalmente, essa palavra significa "freio de emergência". No futebol, no entanto, um "notbremse" acontece quando um jogador provoca uma falta de maneira proposital, para evitar um gol da equipe adversária. É uma estratégia de risco: não raro o jogador é punido com cartão amarelo e, se houver clara chance de gol, com o vermelho.
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"Elfmeter"
Toda equipe vibra quando um juiz marca um "Elfmeter", já que se trata de uma oportunidade clara de balançar as redes. O pênalti tem esse nome em alemão – "onze metros" – devido à distância entre a bola e a linha de fundo na hora da cobrança.
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"Zuckerpass"
É, como em português, o "passe açucarado", aquele que geralmente deixa o companheiro na cara do gol ou em chances claras de balançar as redes.
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"Tor"
Em alemão, "Tor" também quer dizer "portão". No futebol, é aquela palavra que os alemães gritaram sete vezes no dia 8 de julho de 2014 - e que os brasileiros não aguentavam mais ouvir. Já um "Eigentor", literalmente "gol próprio", é um infeliz gol contra.
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"Goldenes Tor"
"Goldenes Tor" ou "gol dourado" é um termo em alemão para definir o único gol marcado numa partida. Isso não deve ser confundido com o "gol de ouro", uma regra antes utilizada no futebol, e não mais permitida pela Fifa, para definir o vencedor na prorrogação de uma partida.