Em entrevista à DW Brasil, socióloga defende a criação de políticas que visem melhorar a convivência escolar e ajudem a identificar tendências violentas em jovens a fim de evitar ações extremas como o massacre de Suzano.
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Embora o massacre de Suzano possa ser considerado um ato isolado, o crime gerou a discussão de fatores fundamentais das escolas brasileiras. O bullying que levou um dos atiradores a largar o colégio – o mesmo que presenciou o massacre – foi apresentado como uma das possíveis motivações da barbárie, ocorrida na quarta-feira (13/03). O vice-presidente Hamilton Mourão, por sua vez, atribuiu a culpa ao vício dos jovens em jogos eletrônicos.
Há quase duas décadas, a socióloga Miriam Abramovay estuda em profundidade o tema da violência nas escolas. Em entrevista à DW Brasil, ela defende a criação de políticas públicas destinadas à melhoria da convivência escolar, depois de ter detectado, em pesquisas recentes, a incidência dos termos suicídio e depressão entre jovens de 13 a 19 anos.
"Há 50 anos, a escola pública era de elite. Nos últimos 20 anos, a escola se massificou. Essa mudança é muito difícil. São linguagens diferentes, pensamentos diferentes, formas de ação diferentes, com as quais a escola tem dificuldade de lidar", diz ela, que é coordenadora da área de Estudos e Políticas sobre a Juventude na Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso).
DW: A mãe de um dos responsáveis pelo massacre de Suzano afirmou que o filho deixou a escola por sofrer bullying. Há uma conexão intrínseca entre os fatos?
Miriam Abramovay: Em primeiro lugar, acho incorreto usar o conceito de bullying, porque incorpora muitos problemas sem especificar nenhum – o racismo, a homofobia, a violência que vem de fora para dentro da escola. E, mais grave, não distingue problemas entre as diferentes gerações. O bullying acontece entre alunos, não existe entre professor e aluno.
O que o garoto sofreu, quando falamos que ele foi vítima de bullying? Não quer dizer nada. O conceito é muito complicado por isso. Que tipo de violência? Nunca se sabe. Temos que falar que ele sofreu algum tipo de violência, mas precisamos descobrir qual, o que aconteceu com ele que foi tão grave. Penso que não foi só o fato de ele ter sofrido na escola que o levou a essa ação.
Existe uma certa exposição, além de uma maneira de ser e atuar de determinados jovens, que os leva a cultuar a violência. Não vemos todos os jovens que sofreram violência nas escolas fazerem práticas semelhantes. Temos que levar em conta essa questão da predisposição e as características desse menino. A polícia está trabalhando para entender a rede que ele tinha ao seu redor.
Esse jovem integrava uma rede que mostrava como fazer as coisas, qual arma comprar. É um crime de ódio muito bem preparado, durante quase um ano. Não foi algo que veio na cabeça, e eles entraram na escola. Não sei o que se pode fazer quanto à internet, mas é preciso ficar atento. Chama atenção também como é fácil comprar armas. Se isso for flexibilizado, é evidente que a situação vai piorar.
Existe algum risco de a visibilidade do caso estimular novos atentados?
Não vejo essa relação. O que aconteceu é único. Mourão associou o massacre a jogos eletrônicos e disse que vê os netos jogando o dia inteiro. Será que eles terão uma atitude como essa? É evidente que não. Só quem já tem tendência violenta vai imitar.
Estamos sempre em busca de culpados. O importante é pensarmos em medidas preventivas, e não de força. Devemos elaborar políticas públicas para pensar preventivamente, e não tentar culpabilizar a internet ou jogos eletrônicos. A culpada é a sociedade. Precisamos discutir como queremos melhorá-la, e isso passa por medidas preventivas, e não escolas militarizadas.
O governo do Rio de Janeiro anunciou que vai colocar 40 policiais militares nas escolas. O que esses policiais entendem de escola? Acham que vai ter tiroteio na escola todos os dias? Se eles forem bem preparados para algum tipo de atividade, só pode ser jogar bola com os meninos. Em Brasília, quando adotaram essa prática, há 11 anos, os adolescentes não gostaram. Muitas vezes, os PMs tinham comportamentos dúbios na escola, especialmente em relação às meninas. Pensam sempre em medidas repressivas: vamos militarizar as escolas e tudo dará certo. Não é por aí.
Como a escola deve lidar com o jovem que apresenta comportamento violento?
Não acho que a escola seja responsável por saber o que fazer com um menino que tem perfil violento, mas é responsável por detectar. Em geral, eles vão embora. Existe uma rede de atendimento da juventude, em que os jovens podem ser atendidos psicologicamente.
Se não há mecanismos que permitem detectar isso, fica muito difícil, e casos assim podem acontecer a qualquer momento. Muitas vezes, as famílias nem se dão conta do que está acontecendo. A mãe do Guilherme Taucci, um dos atiradores, relatou que o via jogando e gritando coisas relacionadas à violência. Ela não soube o que fazer. Para ela, era "coisa de menino".
Não acho que a escola possa resolver, mas ela tem que abraçar a causa e tentar pensar, conjuntamente com a rede de apoio que existe na sociedade, no que fazer.
Você defende a importância de políticas públicas direcionadas à melhoria da convivência escolar. O que pode ser feito, em termos práticos?
O primeiro passo para um programa de convivência escolar é fazer um diagnóstico sobre a questão da violência e da convivência escolar, com pesquisas quantitativas e qualitativas. Isso não existe no Brasil. Há pesquisas realizadas em alguns estados, mas que não são comparativas por não adotarem a mesma metodologia. É preciso escutar esses jovens para saber o que eles sentem.
Posteriormente, o resultado desse trabalho teria que ser devolvido às secretarias de educação, de modo que pudessem ter um diálogo mais vivo com as escolas. O ideal seria pensar ações individualizadas para cada escola, mas é preciso generalizar quando se trata de política pública.
Aí entra a necessidade de formular um plano de ação, no qual as escolas deveriam apontar o que consideram importante. Ao me referir às escolas, estou falando de professores, alunos, pais, funcionários e todos da comunidade escolar. E fazer, principalmente, com que os jovens tenham uma participação efetiva nesse plano de ação.
De que forma?
Esses adolescentes reclamam muito da sua não participação. A cultura escolar é tão forte que não deixa que a cultura juvenil entre no cotidiano das escolas e não dá espaço para eles escolherem e participarem. Outra coisa importante, que precisaria ser muito pensada, é que esses jovens também sejam pesquisadores da sua realidade. Além de participar, eles devem poder olhar a realidade com outros olhos. Para isso, é muito importante a formação dos professores, evidentemente. Os professores só vão poder ensinar para os meninos se tiverem uma formação adequada. Hoje, esse tema não aparece nas faculdades de educação.
Há outras experiências que poderiam ser levantadas e integradas em uma proposta de convivência escolar. Enquanto isso, o que temos é a proibição de falar sobre esses temas, de falar sobre política, sobre discriminação. Sempre foi um tema muito difícil de entrar, como política pública, e hoje é mais ainda.
Esse tipo de mudança pode impactar também a qualidade do ensino?
Há pesquisas que mostram como a questão do clima escolar é fundamental para a qualidade da escola. Em 2013, a Pesquisa Internacional de Ensino e Aprendizagem da OCDE [Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico] concluiu que estimular a participação dos diferentes atores escolares e criar uma cultura de responsabilidade compartilhada e apoio mútuo contribuem para o desenvolvimento de um ambiente propício à aprendizagem. Não se devem levar em conta só os testes que são feitos, como o Ideb, mas também esse indicador.
Por causa de conflitos ou mau comportamento, os jovens são expulsos, e podem também sair por vontade própria, como aconteceu com o Guilherme [um dos atiradores de Suzano]. Mas, se ele fez isso, foi porque alguma coisa aconteceu. Além de achar a escola chata, outras coisas também podem acontecer. Essa questão do clima escolar e das relações sociais são fundamentais na questão da qualidade da escola.
Existe uma dificuldade das escolas em assimilar mudanças no perfil dos estudantes?
Hoje os jovens vivem em uma era globalizada, em que têm acesso a muita informação. Há uma falta de adaptação da escola a esse novo olhar sobre as diferentes juventudes. Os jovens mudaram, mas a escola não acompanhou. De novo, reitero que os professores não estão preparados para lidar com esses adolescentes e jovens. Não sabem o que fazer.
Há 50 anos, a escola pública era de elite. Nos últimos 20 anos, a escola se massificou. Essa mudança é muito difícil, e não só no Brasil, mas em todos os países, como na França. Essa é uma das dificuldades. São linguagens diferentes, pensamentos diferentes, formas de ação diferentes, com as quais a escola tem dificuldade de lidar – embora continue com os mesmos problemas de antes: racismo, homofobia, relações sociais.
Recentemente você foi surpreendida ao detectar a presença dos temas da depressão e suicídio entre jovens de 13 a 19 anos em estudo no Rio Grande do Sul e no Ceará. O que justifica esse fenômeno?
É algo muito novo. Estamos escrevendo o livro sobre esse trabalho e vamos começar a pesquisar especificamente sobre o tema no final do ano. Chama muita atenção, em primeiro lugar, que eles se mutilam. Isso nós ouvimos nos grupos focais, que foram muito desgastantes. Eles choravam muito, e era uma catarse coletiva. Era angustiante, porque tudo o que podemos fazer é escrever sobre isso e, naturalmente, falar para a escola prestar atenção. Mas não vamos estar lá com eles para ajudá-los.
O antropólogo francês David Le Breton escreve que se mutilar é uma forma de não se suicidar. Os jovens disseram exatamente a mesma coisa, comprovando o que ele diz na teoria. Eles relataram que se machucavam para sentir que estavam vivendo, pois já se sentiam mortos. É um clima muito duro, muito difícil.
Quando teve a polêmica da Baleia Azul [jogo que incita jovens à automutilação], alguns diziam que os jovens tomavam essa atitude por imitação. Mas eles não estão imitando alguém, tentando chamar atenção. Estão sofrendo mesmo, sem que ninguém se dê conta.
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Reuters/M. Mac Matzen
Brasil vai abrir representação em Jerusalém
O presidente Jair Bolsonaro anunciou durante a sua visita a Israel que o Brasil vai abrir uma representação comercial em Jerusalém. O escritório tem menos peso do que uma embaixada, e procura conciliar a promessa de transferência feita por Bolsonaro com o temor de uma reação de países árabes, que são contra o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel. (31/03)
Foto: picture-alliance/Photoshot
Novos conflitos entre israelenses e palestinos
Pelo menos três jovens palestinos morreram durante protestos perto da cerca que divide a fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel. Outras 244 pessoas ficaram feridas. Cerca de 40 mil palestinos participaram dos protestos, que ocorrem semanalmente desde março de 2018. De acordo com o Exército israelense, grupos de palestinos atiraram pedras e lançaram artefatos explosivos contra a cerca. (30/03)
Foto: Getty Images/AFP/M. Hams
Morre a cineasta Agnès Varda
Morreu, aos 90 anos, a cineasta Agnès Varda, um dos nomes mais conhecidos do cinema francês, em decorrência de um câncer. Ela foi, para muitos, a "avó da Nouvelle Vague'" e a única mulher nesse movimento cultural que revolucionou o cinema do país. Feminista convicta e autora de mais de 50 filmes, foi a primeira diretora a receber o Oscar honorário de Hollywood pelo conjunto da obra. (29/03)
Foto: Cine Tamaris 2018
Temer vira réu por corrupção passiva
O ex-presidente Michel Temer se tornou réu após a Justiça em Brasília ter acolhido uma denúncia contra ele a pedido do Ministério Público Federal. A ação acusa o emedebista de corrupção passiva no caso da mala com 500 mil reais entregue pela JBS a Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor especial de Temer. A denúncia afirma que o ex-presidente seria o beneficiário da propina. Ele nega. (28/03)
Foto: Imago/Fotoarena
Europa vai banir plástico descartável
O Parlamento Europeu aprovou uma legislação para banir em toda a União Europeia uma série de produtos plásticos descartáveis aos quais existam alternativas feitas de outros materiais no mercado, como cotonetes, canudos, copos, pratos e talheres. A proibição entrará em vigor em 2021 e visa principalmente reduzir a poluição nos mares e oceanos. (27/03)
Foto: picture-alliance/dpa/G. Fischer
Comemoração do golpe de 1964
O presidente Jair Bolsonaro determinou ao Ministério da Defesa que sejam feitas comemorações em unidades militares no próximo dia 31 de março para marcar o início da ditadura militar no Brasil, em 1964. O MPF condenou a medida, dizendo ser "incompatível com o Estado Democrático de Direito festejar um regime que adotou políticas de violações sistemáticas aos direitos humanos". (26/03)
Foto: picture-alliance/dpa/ZUMAPRESS/Argencia Globo/J. William
Justiça manda soltar Temer
A Justiça Federal determinou a soltura do ex-presidente Michel Temer, de 78 anos, que fora detido de forma preventiva na quinta-feira passada pela força-tarefa da Operação Lava Jato. Desembargador do TRF2 argumentou que detenção foi embasada em suposições de fatos antigos, e acrescentou não haver indícios para justificar a prisão preventiva. (25/03)
Foto: Getty Images/AFP/E. Sa
Cruzeiro norueguês em porto seguro
Por volta de 900 passageiros ainda se encontravam no cruzeiro norueguês Viking Sky, quando ele aportou em Molde, cidade portuária na costa oeste da Noruega. O navio havia ficado à deriva e centenas de passageiros tiveram de ser retirados um a um do convés por helicópteros, em meio a fortes ventos e maré, até que três dos quatro motores voltaram a funcionar. (24/03)
Militantes curdos e árabes das Forças Democráticas Sírias (FDS), apoiados pela coalizão internacional liderada pelos EUA, anunciaram que o autoproclamado califado do "Estado Islâmico" (EI) foi totalmente eliminado no país em conflito. A bandeira amarela da aliança liderada por curdos substituiu a preta do EI nos edifícios de Baghouz, último reduto jihadista na Síria. (23/03)
Foto: Getty Images/AFP/G. Cacace
Novo bloco regional
No Chile, representantes de oito países da América do Sul, incluindo o Brasil, assinaram a declaração de Santiago que cria o Prosul, um fórum para o desenvolvimento regional que deve substituir a União das Nações Sul-Americanas (Unasul). O documento afirma que os líderes pretendem construir um "espaço regional de coordenação e cooperação" para promover uma integração mais eficaz. (22/03)
Foto: Getty Images/AFP/M. Bernetti
Temer é preso pela Lava Jato
O ex-presidente Michel Temer foi preso em São Paulo após pedido da força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio. A investigação apura os crimes de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro e mira uma suposta organização criminosa que, segundo o MPF, é liderada por Temer e cometeu uma série de crimes envolvendo órgãos públicos e empresas estatais. O ex-ministro Moreira Franco também foi preso. (21/03)
Foto: picture-alliance/E. Peres
Cazaquistão rebatiza capital
O Parlamento do Cazaquistão aprovou a mudança do nome da capital do país de Astana para Nursultan, em homenagem ao ex-presidente Nursultan Nazarbayev, que renunciou na véspera. Há quase 30 anos no cargo, ele era o último líder da era soviética ainda no poder. Astana – que em cazaque significa capital – mudou várias vezes de nome ao longo da história. O nome atual foi adotado em 1998. (20/03)
Foto: Getty Images/L. Neal
Trump recebe Bolsonaro
Ao receber Jair Bolsonaro na Casa Branca, o presidente americano, Donald Trump, afirmou que os dois países "nunca estiveram tão próximos" e disse que apoiará a inclusão do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE). O encontro em Washington não trouxe novidades sobre a questão venezuelana - outro tema abordado entre os dois líderes. (19/03)
Foto: Reuters/K. Lamarque
Ataque a tiros em Utrecht
Ao menos três pessoas morreram e cinco foram feridas, sendo três com gravidade, por disparos efetuados por um homem num bonde na cidade holandesa de Utrecht. Suspeito é detido horas depois pela polícia, que fala em terrorismo e não descarta crime passional. (18/03)
Foto: picture-alliance/A. Asiran
Herói de Christchurch
Munido apenas de uma máquina de cartão de crédito, Abdul Aziz, de 48 anos, enfrentou o atirador e evitou mais mortes no pior ataque a tiros da história da Nova Zelândia, que tirou a vida de 50 pessoas na cidade de Christchurch. Nascido no Afeganistão, ele é um dos personagens de coragem revelados pelas investigações sobre o crime, além dos dois policiais que capturaram o atirador. (17/03)
Foto: Reuters/E. Su
Paris em chamas
Saques, incêndios e confrontos entre manifestantes e polícia marcam o 18º fim de semana seguido de protestos dos "coletes amarelos" contra o governo Macron. Quase 240 pessoas são presas e cerca de 60 ficam feridas. Segundo as autoridades, mais de 32 mil pessoas foram aos protestos em toda a França neste sábado. Na semana anterior haviam sido pouco mais de 28,5 mil. (16/03)
Foto: picture-alliance/AP Photo/C. Ena
Atentado na Nova Zelândia
Ao menos 49 pessoas morreram e outras dezenas ficaram feridas em ataques a tiros em duas mesquitas na cidade de Christchurch, na Nova Zelândia. O pior atentado a tiros da história do país foi classificado pelas autoridades locais de terrorista. A polícia deteve três homens e uma mulher. Atirador transmitiu ataque ao vivo no Facebook, após divulgar manifesto anti-imigrantes. (15/03)
Foto: Reuters/SNPA/M. Hunter
Morte de Marielle completa um ano
O assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes completou um ano, com pouco avanço nas investigações. Dois suspeitos de participar do crime foram presos dias antes, mas a polícia diz ainda não saber quem foi o mandante da execução. Manifestantes saíram às ruas de várias cidades em homenagem à carioca, enquanto familiares, políticos e a ONU pressionam por justiça. (14/03)
Foto: picture alliance/AP Photo/L. Correa
Ataque a tiros em escola em Suzano
Dois jovens de 17 e 25 anos abriram fogo em uma escola estadual em Suzano, na Grande São Paulo, e mataram ao menos oito pessoas, sendo cinco alunos, duas funcionárias da escola e o dono de uma locadora de veículos, tio de um dos atiradores. A motivação do ataque não foi imediatamente esclarecida. Os autores do massacre eram ex-alunos da escola e se mataram em seguida. (13/03)
Foto: picture-alliance/AP Photo/M. Sumiya
Presos dois suspeitos pela morte de Marielle
A polícia do Rio deteve dois suspeitos de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, às vésperas de o assassinato completar um ano. Os detidos são o policial militar reformado Ronnie Lessa, de 48 anos, e o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, de 46 anos. O primeiro teria disparado os tiros, do banco de trás do carro usado no crime; o segundo seria o motorista. (12/03)
Foto: Reuters/S. Moraes
Países suspendem voos com Boeing 737 MAX 8
Companhias aéreas da China, Etiópia e Indonésia anunciaram a suspensão de todos os seus voos com aeronaves Boeing 737 MAX 8, mesmo modelo envolvido em dois desastres aéreos recentes. Na véspera, um acidente matara todos os 157 ocupantes de um voo da Ethiopian Airlines. A Gol, única brasileira que tem aviões desse modelo, também suspendeu suas operações, alegando preocupação com segurança. (11/03)
Foto: Imago/Xinhua
Mórmons inauguram Templo de Roma
O templo da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias – também conhecida como LDS ou Igreja Mórmon – foi oficialmente consagrado após mais de dez anos de construção na capital italiana. Embora a igreja em Roma não seja em si o maior templo mórmon da Europa, o complexo é o maior de todo o continente, se todos os seus edifícios forem levados em conta. (10/03)
Foto: Reuters/R. Casilli
Maduro reprime protesto da oposição na Venezuela
A polícia venezuelana utilizou gás lacrimogêneo para dispersar um protesto convocado em Caracas pelo líder da oposição e autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó. A manifestação, convocada em todo o país, faz parte da pressão cada vez maior para forçar Maduro a deixar o poder, que ocupa desde 2013. (09/03)
Foto: Reuters/C. Jasso
Oração de mulheres interrompida em Jerusalém
Milhares de judeus ultraortodoxos interromperam de maneira violenta uma oração comandada por um grupo feminista no Muro das Lamentações, no território ocupado de Jerusalém Oriental. A oração foi organizada pelo grupo Mulheres do Muro, que luta pela igualdade entre homens e mulheres na celebração de rituais religiosos, e coincidiu com o Dia Internacional da Mulher. (08/03)
Foto: Getty Images/AFP/G. Tibbon
Cardeal condenado por acobertar abusos sexuais
O cardeal e arcebispo de Lyon, Philippe Barbarin foi condenado a 6 meses de prisão por ter silenciado diante de atos de pedofilia em sua diocese. Após o veredito, ele anunciou que apresentará sua renúncia ao papa Francisco. O caso se tornou público erm 2015, quando a diocese de Lyon revelou que tinha recebido queixas contra o padre Bernard Preynat por agressões cometida 25 anos antes. (07/03)
Foto: picture-alliance/AP Photo/B. Edme
Mangueira é campeã do Carnaval do Rio
Com uma homenagem à vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018, a Mangueira venceu o Carnaval de 2019 do Rio de Janeiro. Com o enredo "História pra ninar gente grande", a escola contou a história do país dando destaque a heróis da resistência negros e indígenas. Esse é o 20º título alcançado pela Mangueira. (06/03)
Foto: Reuters/S. Moraes
Apelo de Macron
O presidente da França, Emmanuel Macron, pediu amplas reformas na União Europeia e voltou a alertar contra os perigos do nacionalismo, num artigo publicado em jornais dos 28 países do bloco europeu. No texto, Macron afirma que o Brexit simboliza a "crise de uma Europa que fracassou ao responder à necessidade de proteção de sua população frente às grandes mudanças do mundo contemporâneo". (05/03)
Foto: Bodo Zemke
Guaidó volta à Venezuela
O líder oposicionista venezuelano Juan Guaidó retornou à Venezuela de maneira pacífica após dez dias fora do país e em desafio à ameaça de prisão feita pelo presidente Nicolás Maduro. Após desembarcar em um aeroporto próximo a Caracas, onde foi recebido por embaixadores estrangeiros, ele participou dos protestos que havia convocado contra o regime. Milhares de venezuelanos saíram às ruas. (04/03)
Foto: picture-alliance/AP Photo/F. Llano
Onda de protestos contra o presidente da Argélia
Milhares de manifestantes voltaram às ruas da Argélia em protesto contra a tentativa de reeleição do presidente Abdelaziz Bouteflika, de 82 anos. Apesar da pressão, o mandatário acabou oficializando sua participação na disputa a um quinto mandato. Ele prometeu, contudo, promover mudanças políticas caso seja eleito, como a convocação de eleições antecipadas sem a sua participação. (03/03)
Foto: Reuters/R. Boudina
Lula vai ao velório do neto em SP
O ex-presidente Lula deixou a carceragem da PF em Curitiba, onde cumpre pena, para comparecer em São Bernardo do Campo ao velório do neto Arthur, que morreu na véspera, aos 7 anos, de meningite meningocócica. Em encontro privado com familiares, ele afirmou que levaria um "diploma de inocência" ao neto no céu. O petista ficou pouco menos de duas horas no local, antes de retornar ao Paraná. (02/03)
Foto: Getty Images/AFP/M. Schincariol
Estrela da luta pelo clima em Hamburgo
A estrela da luta pelo clima Greta Thunberg, de 16 anos, se juntou aos estudantes de Hamburgo para participar do protesto "Sextas-Feiras para o Futuro", onde foi recebida como pop-star. A sueca deu início ao movimento europeu contra mudanças climáticas em agosto, quando deixou de ir à escola para se sentar em frente ao Parlamento em Estocolmo. (01/03)