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Os mais de 60 acusados pela CPI da Pandemia

20 de outubro de 2021

Documento lista mais de 20 crimes cometidos na pandemia. Acusados incluem Bolsonaro, familiares dele, ministros, membros do "gabinete paralelo", militares, influenciadores bolsonaristas e deputados. Veja a lista.

Jair Bolsonaro e Eduardo Pazuello
Jair Bolsonaro e Eduardo Pazuello lideram lista de acusações no relatório da CPIFoto: Alan Santos/PR

O relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL) pede o indiciamento de mais de 60 pessoas e mais duas empresas, por um total de 24 crimes. Os mais de cinco meses de funcionamento da CPI da Pandemia e as conclusões do relator encheram 1.178 páginas, divididas em 16 capítulos. 

No documento, Calheiros afirma que "o governo federal foi omisso e optou por agir de forma não técnica e desidiosa, negligente, no enfrentamento da pandemia, expondo deliberadamente a população a risco concreto de infecção em massa".

O texto ainda aponta que o "o governo manteve um gabinete paralelo para dar suporte a medidas na área de saúde contra as evidências científicas, trabalhou com a intenção de imunizar a população por meio de contaminação natural, a chamada imunidade de rebanho, priorizou o tratamento precoce sem amparo científico de eficácia, agiu contra a adoção de medidas não farmacológicas, como o distanciamento social e o uso de máscaras, e, deliberadamente, atuou para atrasar a compra de vacinas, em evidente descaso com a vida dos brasileiros".

Analisando esse quadro, Calheiros indica que foram cometidos mais de 20 crimes diferentes por mais de 60 pessoas, entre eles o presidente Jair Bolsonaro, membros de sua família, ministros, deputados, ativistas bolsonaristas, deputados, militares e empresários. Entre as acusações estão crimes contra a humanidade,  fraude em licitação, corrupção, incitação ao crime, prevaricação, emprego irregular de verbas públicas e falsificação de documentos.

Os acusados:

Núcleo duro do governo

1) Jair Bolsonaro (presidente da República)

O relatório sugere o indiciamento de Bolsonaro por dez crimes durante a pandemia, entre eles: infração de medida sanitária preventiva, prevaricação, falsificação de documento particular, charlatanismo, incitação ao crime, crime contra a humanidade e emprego irregular de verbas públicas. Bolsonaro também foi acusado de incompatibilidade com dignidade e honra e decoro do cargo.

2) Eduardo Pazuello (general e ex-ministro da Saúde)

Titular da Saúde entre maio de 2020 e março de 2021, Pazuello se notabilizou por obedecer ordens de Bolsonaro para expandir o uso da ineficaz cloroquina, ignorou ofertas de vacinas de grandes laboratórios e foi acusado de não agir durante a crise do oxigênio em Manaus.

Sua gestão foi marcada por uma explosão de casos e mortes por covid-19 e acusações de corrupção. O relatório o acusa de emprego irregular de verbas públicas,  prevaricação e epidemia com resultado morte. Também por crime contra a humanidade e comunicação falsa de crime. Esse último caso envolve uma acusação pouco convincente que Pazuello fez em janeiro, afirmando que um "hacker" colocou no ar um aplicativo que recomendava cloroquina até para bebês.

3) Marcelo Queiroga (atual ministro da Saúde)

Sucessor de Pazuello na Saúde, Queiroga também se notabilizou por uma postura de mero executor de ordens de Bolsonaro sem base científica. Ele é acusado no relatório de prevaricação e epidemia com resultado morte.

4) Onyx Lorenzoni (ex-ministro da Cidadania e atual ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência)

Acusado de incitação ao crime ao espalhar fake news, incitar desrespeito às medidas sanitárias e promover tratamentos ineficazes.

5) Ernesto Araújo (ex-ministro das Relações Exteriores)

Ernesto Araújo é acusado de utilizar a estrutura pública do Itamaraty para propagar teorias e incentivar o descumprimento das normas sanitárias, além de ter limitado sua atuação principalmente à procura por cloroquina no mercado internacional. O relatório pede seu indiciamento por incitação ao crime e epidemia culposa com resultado morte.

6) Wagner Rosário (ministro-chefe da Controladoria Geral da União)

Wagner Rosário foi acusado de prevaricação ao não investigar a compra suspeita da vacina Covaxin e ter se omitido na identificação de um "mercado interno de corrupção no Ministério da Saúde".

7) Walter Braga Netto (ex-ministro Chefe da Casa Civil e atual ministro da Defesa)

O general chefiou o Comitê de Crise da Pandemia do governo federal e foi um dos responsáveis pelo plano de produção e distribuição da ineficaz cloroquina contra a covid-19 em todo o país. Em julho, já na pasta da Defesa, divulgou uma nota em tom intimidatório contra o presidente da CPI, senador Omar Aziz. Braga Netto é acusado de epidemia culposa com resultado morte.

8) Filipe G. Martins (assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência)

Acusado de incitação ao crime ao espalhar fake news e incitar desrespeito às medidas sanitárias.

9) Técio Arnaud Tomaz (assessor especial da Presidência)

Acusado de incitação ao crime ao espalhar fake news e incitar desrespeito às medidas sanitárias.

O ex-ministro Ernesto Araújo foi acusado de usar o Itamaraty para espalhar informações falsasFoto: Reuters/Y. Gripas

Família e aliados do presidente:

O núcleo inclui familiares e membros do círculo do presidente que espalharam fake news durante a pandemia e incentivaram o desrespeito às medidas de restrição contra o coronavírus. Mas alguns também são acusados de outros crimes.

10) Flávio Bolsonaro (senador e filho "01" do presidente)

Apontado no relatório como "integrante central do núcleo" de poder da estrutura de fake news na pandemia. 

11) Carlos Bolsonaro (vereador e filho "02" do presidente)

Acusado de incitação ao crime ao espalhar fake news e incitar desrespeito às medidas sanitárias.

12) Eduardo Bolsonaro (deputado federal e filho "03" do presidente)

Acusado de incitação ao crime ao espalhar fake news e incitar desrespeito às medidas sanitárias.

13) Bia Kicis (deputada federal)

Acusada de incitação ao crime ao espalhar fake news e incitar desrespeito às medidas sanitárias.

14) Carla Zambelli (deputada federal)

Acusada de incitação ao crime ao espalhar fake news e incitar desrespeito às medidas sanitárias.

15) Osmar Terra (deputado federal)

Um dos principais ideólogos do negacionismo da pandemia no governo Bolsonaro, Terra se notabilizou por fazer previsões furadas sobre a crise sanitária e por desaconselhar a compra de vacinas.

Ele também foi um dos principais promotores da estratégia de "imunidade de rebanho", defendendo que o governo deixasse o coronavírus circular normalmente e que as pessoas não aderissem ao isolamento. Nas redes sociais, regularmente espalha desinformação sobre o vírus.

Terra também foi apontado como o "padrinho" do gabinete paralelo, a estrutura obscura formada por negacionistas e adeptos de tratamentos ineficazes que aconselhava a tomada de decisões governamentais sobre a pandemia. O deputado é acusado de epidemia culposa com resultado morte e incitação ao crime.

16) Fábio Wajngarten (ex-chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social)

Responsável pela estratégia de comunicação do governo no início da pandemia, Wajngarten determinou a publicação de conteúdos que minimizavam a crise e pintavam um cenário falsamente otimista enquanto a doença se alastrava no país. Uma boa parte do material da Secom se apoiava na manipulação de estatísticas e informações falsas. Sob Wajngarten, a Secom também não realizou nenhuma campanha para promover medidas preventivas.

Além de incitação ao crime, ele é acusado de prevaricação e advocacia administrativa. Nesse último caso, a acusação se refere ao papel nebuloso de Wajngarten em negociar vacinas com a Pfizer, sendo que ele não tinha esse poder como chefe da Secom.

17) Carlos Jordy (deputado federal)

Acusado de incitação ao crime ao espalhar fake news e incitar desrespeito às medidas sanitárias.

18) Roberto Jefferson (ex-deputado e atual presidente do PTB)

O ex-deputado de extrema direita regularmente espalhou notícias falsas e divulgou vídeos incitando a população a invadir o Senado Federal e a atacar os membros da CPI da Pandemia. Ele também divulgou material incentivando fiéis a reagirem com violência contra o fechamento de templos durante a pandemia.

O senador Flávio Bolsonaro, que espalhou notícias falsas durante a pandemiaFoto: Getty Images/AFP/M. Pimentel

Suspeitos de integrar "gabinete paralelo"

A CPI investigou o funcionamento de um "gabinete paralelo" ou "gabinete das sombras", uma espécie de estrutura de aconselhamento para temas da pandemia à parte da estrutura do Ministério da Saúde. O grupo é suspeito de assessorar Bolsonaro de maneira extraoficial na tomada de decisões sobre a pandemia, como a promoção de tratamentos ineficazes e a rejeição às vacinas, longe dos olhos do público e controle institucional.

Todos são acusados no relatório pelo crime de epidemia culposa com resultado morte.

19) Arthur Weintraub (ex-assessor da Presidência da República)

Irmão do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub e atual secretário na Organização dos Estados Americanos (OEA), Arthur foi acusado de ser um dos articuladores do gabinete paralelo.

20) Nise Yamaguchi (médica)

Uma das principais promotoras da cloroquina e outras drogas ineficazes contra a covid-19. Reuniu-se diversas vezes durante a crise com Pazuello e Jair Bolsonaro.

21) Carlos "Wizard" Martins (empresário bolsonarista)

Suspeito de organizar e financiar o "gabinete paralelo". Atuou como conselheiro do Ministério da Saúde na gestão Pazuello e chegou a afirmar publicamente – sem provas – que o número de mortos na pandemia era artificialmente inchado. Também sugeriu que a pasta fizesse uma devassa.

22) Paolo Zanotto (biólogo)

Defensor da cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina, Zanotto chegou a ser um biólogo respeitado antes de ser apontado como o idealizador do gabinete paralelo. Em vídeos, ele apareceu sugerindo e defendendo a criação do gabinete e desaconselhando o governo a instituir a vacinação em massa.

23) Luciano Dias Azevedo (médico)

Anestesista e defensor da cloroquina, apareceu em várias lives falando abertamente sobre o funcionamento do gabinete paralelo.

O empresário bolsonarista Carlos "Wizard" Martins, suspeito de organizar o "gabinete paraelo"Foto: Pedro França/Agência Senado

Membros do Ministério da Saúde

24) Coronel Élcio Franco (ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde)

Número dois oficial na gestão Pazuello e uma das dezenas de militares sem experiência efetiva em saúde que aparelharam a pasta, Franco foi apontado como um dos responsáveis pela compra suspeita da vacina indiana Covaxin, adquirida por preços bem superiores a de outros laboratórios.

O contrato, repleto de irregularidades, foi um dos principais focos da CPI após denunciantes afirmarem que houve pressão para a liberação do contrato. Uma depoente também afirmou à CPI que Franco mandou retirar presos do grupo prioritário do plano de vacinação.

É causado de homicídio qualificado, epidemia e improbidade administrativa.

25) Mayra Pinheiro (secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde)

Apelidada de "capitã cloroquina", Pinheiro foi responsável pelo lançamento público do TrateCov, o infame aplicativo do Ministério da Saúde que recomendava altas doses de cloroquina até mesmo para bebês. O lançamento ocorreu em Manaus, durante a crise do oxigênio na cidade.

É acusada de epidemia culposa com resultado morte, prevaricação e crime contra a humanidade.

26) Roberto Ferreira Dias (ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde)

Suspeito em múltiplos casos de corrupção na aquisição de vacinas e em contratos de serviços para a pasta. É acusado de corrupção passiva, formação de organização criminosa e improbidade administrativa.

27)) Marcelo Blanco da Costa (ex-assessor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde)

Tenente-coronel da reserva, Blanco é um dos suspeitos nos escândalos de compras suspeitas de vacinas.

28) Airton Soligo (ex-assessor especial do Ministério da Saúde)

Empresário e político de Roraima, Soligo era considerado o "número dois informal" de Pazuello na pasta. É acusado de usurpação de função pública.

Mayra Pinheiro, a "capitã cloroquina", responsável pela promoção da droga ineficaz contra a covid-19Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Criadores, financiadores e disseminadores de fake news durante a pandemia

Ao longo da pandemia, influenciadores bolsonaristas inundaram as redes com notícias falsas, mensagens de incitação ao desrespeito de regras sanitárias, propagandas de tratamentos ineficazes e material com o objetivo de alimentar paranoia sobre as vacinas. Os nomes abaixo, que incluem divulgadores e financiadores de fake news, são acusados pela CPI de incitação ao crime:

29) Luciano Hang (empresário bolsonarista, dono da rede de lojas Havan)

30) Allan dos Santos (ativista bolsonarista responsável pelo site Terça Livre)

31) Paulo de Oliveira Eneas (editor do site bolsonarista Crítica Nacional)

32) Otávio Oscar Fakhoury (empresário bolsonarista)

33) Bernardo Küster (ativista e influencer bolsonarista)

34) Oswaldo Eustáquio (ativista e influencer bolsonarista)

35) Richards Pozzer (artista gráfico)

36) Leandro Ruschel (ativista e influencer bolsonarista)

37) Roberto Goidanich (diplomata, ex-presidente da Fundação Alexandre de Gusmão, ligada ao Itamaraty)

O empresário bolsonarista Luciano Hang, que espalhou boatos e incitou desrespeito às medidas de restrição durante a criseFoto: Leopoldo Silva/Agência Senado

Figuras envolvidas em casos de corrupção na compra de vacinas ou em contratos

Ao longo do seu funcionamento, a CPI analisou denúncias de esquemas de corrupção em contratos ou intenções de compra de vacinas pelo Ministério da Saúde. A maior parte das irregularidades ocorreu durante a gestão Pazuello. As denúncias envolvem empresas de fachada como a Davati, que mesmo não possuindo vacinas, iniciou negociações para a venda de dezenas de milhões de imunizantes. Segundo um depoente, membros do ministério exigiram propina.

Outra empresa envolvida em denúncias similares é a Precisa Medicamentos, que chegou a fechar um contrato com a pasta envolvendo vacinas do laboratório indiano Covaxin, adquiridas por um preço bem superior a de outros imunizantes de laboratórios mais conceituados. Segundo um denunciante, houve pressão de altos membros da pasta para que o contrato fosse aprovado, mesmo com vários indícios de irregularidades.

Um terceiro núcleo inclui suspeitas sobre a empresa VTCLog, responsável pelo armazenamento e distribuição de insumos de saúde, incluindo as vacinas contra a covid-19. A empresa recebeu um aditivo em um contrato de transporte e armazenagem num valor 1.800% superior ao recomendado em parecer técnico da pasta. A CPI mostrou indícios de que um funcionário da empresa pagou boletos do ex-diretor do Ministério da Saúde Roberto Dias, justamente o responsável pela assinatura do aditivo.

Membros desses núcleos são acusados de corrupção ativa, formação de organização criminosa, improbidade administrativa, fraude processual e falsidade ideológica.

38) Ricardo Barros (deputado federal)

O líder do governo na Câmara teve seu nome envolvido nas denúncias sobre os negócios suspeitos da Precisa Medicamentos. Barros foi acusado de fazer pressão na pasta para beneficiar a empresa. O relatório da CPI pede que ele seja indiciado por advocacia administrativa, formação de organização criminosa e improbidade administrativa.

39) José Ricardo Santana (ex-secretário da Anvisa)

Santana teve seu nome envolvido em dois casos suspeitos de compra de vacinas: o da Davati e o da Precisa. Ele atuou como secretário-executivo da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão interministerial ligado à Anvisa. A CPI pede que ele seja indiciado por formação de organização criminosa e fraude em contrato.

40) Cristiano Alberto Hossri Carvalho (representante da Davati no Brasil)

41) Luiz Paulo Dominguetti Pereira (representante da Davati no Brasil)

42) Rafael Francisco Carmo Alves (intermediador nas tratativas da Davati)

43) José Odilon Torres Da Silveira Júnior (intermediador nas tratativas da Davati)

44) Emanuela Batista de Souza Medrades (diretora-executiva e responsável técnica farmacêutica da empresa Precisa)

45) Túlio Silveira (consultor jurídico da Precisa)

46) Francisco Emerson Maximiano (sócio da Precisa)

47) Danilo Berndt Trento (diretor de Relações Institucionais da Precisa)

48) Marconny Albernaz de Faria (lobista)

49) Marcos Tolentino da Silva (advogado e sócio da empresa Fib Bank)

50) Raimundo Nonato Brasil (sócio da empresa VTCLog)

51) Andreia da Silva Lima (diretora-executiva da VTCLog)

52) Carlos Alberto de Sá (sócio da VTCLog)

53) Teresa Cristina Reis de Sá (sócia da VTCLog)

O deputado Ricardo Barros foi envolvido em suspeitas sobre compra de vacinasFoto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Núcleo da Prevent Senior

A rede de planos de saúde Prevent Senior foi acusada por um grupo de médicos de fraude e de ministrar medicamentos sem aval dos pacientes ou familiares durante a pandemia, além de realizar estudos altamente irregulares e maquiados com hidroxicloroquina, a droga sem eficácia promovida por Jair Bolsonaro. A advogada dos denunciantes disse à CPI que a empresa realizou um "pacto" com o governo para atestar artificialmente a suposta eficácia do "kit covid".

Acusações contra membros desse grupo incluem omissão de notificação de doença, falsidade ideológica, crime contra a humanidade e "perigo para a vida ou saúde de outrem".

54) Fernando Parrillo (dono da Prevent Senior)

55) Eduardo Parrillo (dono da Prevent Senior)

56) Pedro Benedito Batista Júnior (diretor-executivo da Prevent Senior)

57) Daniella de Aguiar Moreira da Silva (médica)

58) Carla Guerra (médica)

59) Rodrigo Esper (médico)

60) Fernando Oikawa (médico)

61) Daniel Garrido Baena (médico)

62) João Paulo F. Barros (médico)

63) Fernanda de Oliveira Igarashi (médica)

64) Paola Werneck (médica)

Pedro Benedito Batista Júnior, diretor da Prevent Senior. Empresa foi acusada de fraudes e de realizar experimentos ilegais em pacientesFoto: Jefferson Rudy/Agencia Senado

Acusados diversos

65) Mauro Ribeiro (presidente do Conselho Federal de Medicina - CFM)

Acusado de epidemia culposa com resultado morte por seu papel na disseminação do "tratamento precoce". Sob a gestão de Ribeiro, um apoiador de Bolsonaro, o CFM publicou um parecer que liberou o uso da hidroxicloroquina por médicos, mesmo sem evidências sobre a eficácia.

66) Flávio Adsuara Cadegiani (médico)

Responsável pelo estudo realizado no Amazonas para testar o uso da substância proxalutamida em pacientes com covid-19, durante o qual 200 pessoas morreram. Em julho, Bolsonaro também passou a propagandear essa droga contra a covid-19, mesmo sem nenhum prova da sua eficácia contra a doença.

O relatório pede que ele seja indiciado por crime contra a humanidade.

Empresas

67) Precisa Medicamentos

Acusada de ato lesivo à administração pública.

68) VTCLog

Acusada de ato lesivo à administração pública.

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