Os casos e hospitalizações por causa de covid-19 voltaram a aumentar na Europa. Mas enquanto muitos países enfrentam a quarta onda da pandemia, outros apresentam taxas de incidência da doença relativamente baixas.
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Pela primeira vez durante a pandemia de covid-19, a taxa de incidência de sete dias em toda a Alemanha ultrapassou a marca de 200 nesta segunda-feira (08/11), ficando em 201,1. Nesta terça, foi registrado o novo recorde de 213,7. O pico anterior da taxa, que indica o número de novas infecções por covid-19 diagnosticadas por grupo de 100 mil pessoas em uma semana, havia sido de 197,6, em dezembro de 2020.
Em outras palavras: a Alemanha está em plena quarta onda da pandemia. O mesmo se aplica a outros países europeus. Com a chegada da estação fria no Hemisfério Norte, os casos de covid e as hospitalizações estão aumentando rapidamente.
A DW analisou os países que apresentaram a menor incidência em sete dias na União Europeia (UE) nesta segunda-feira. Os dados vêm do portal alemão Corona in Zahlen, que atualiza diariamente os números por países e agrega números da Universidade Johns Hopkins e do Our World in Data, uma organização sem fins lucrativos dirigida por pesquisadores da Universidade de Oxford e do Global Change Data Lab.
Espanha
Com uma taxa de 31, a Espanha apresenta a menor incidência de sete dias na Europa. E mais de 80% da população estão totalmente vacinados.
Entre os menores de 18 anos, 30,1% receberam pelo menos uma dose do imunizante, de acordo com o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC). Essa é a segunda taxa mais alta da União Europeia.
Considerando que surtos entre jovens são um fator que impulsiona o aumento das infecções, o fato de quase um terço deles na Espanha estarem vacinados é provavelmente parte da razão por que o país consegue manter baixo o número de infecções.
A Espanha passou por sua quarta onda na primavera europeia, embora em uma escala menor do que as três anteriores. Em abril, Fernando Simon, diretor do Centro de Coordenação de Alertas de Saúde e Emergências do Ministério da Saúde da Espanha, disse que "não parece que esta quarta onda será de escala muito grande ou que se aproximará do que vimos na segunda e terceira". Por enquanto, o país está sendo bem sucedido em evitar uma quinta onda.
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Malta
Na pequena ilha de Malta, a taxa de incidência registrada nesta segunda foi de 48,8, a segunda mais baixa da União Europeia, e 83,5% da população estão completamente vacinados, a segunda taxa mais alta do bloco.
Sem vizinhos diretos, é mais fácil para Malta se isolar. Em julho, as autoridades começaram a exigir que os visitantes não vacinados ficassem em quarentena ao chegar. Nesse momento, o país só reconhecia certificados de vacinação da UE, do Reino Unido e da Suíça.
Hoje, Malta também dispensa a quarentena para viajantes que possuam certificados de vacinação de vários outros países, desde que tenham prova de que tomaram uma vacina de reforço com um dos imunizantes reconhecidos pela Agência Europeia de Medicamentos.
Suécia
A incidência na Suécia, de 54,9, a terceira menor da União Europeia, é interessante por várias razões. Seus vizinhos imediatos, Noruega e Dinamarca, têm incidências de 175,2 e 263,3, respectivamente, e ainda assim a Suécia conseguiu manter o número baixo. Com 68,2% da população totalmente vacinada, o país mal supera a média da UE, de 65,6%.
O país introduziu regras rigorosas durante a segunda onda, o que poderia ter feito a diferença. Por exemplo, a proibição da venda de álcool após as 20 horas e os limites de capacidade das lojas. Mas, a essa altura, a Suécia, que tinha mantido os restaurantes e a maioria das escolas abertas quando as mortes aumentaram no início de 2020, já tinha pagado um preço elevado.
Até o final de outubro, mais de 15 mil pessoas morreram na Suécia por causa de covid-19, ou seja, cerca de 145 pessoas por 100 mil habitantes. Isso é o triplo da taxa de mortalidade da Dinamarca e quase 10 vezes a da Noruega.
Portugal
Portugal poderia ser um estudo de caso para mostrar que as altas taxas de vacinação nem sempre levam a um número espetacularmente baixo de casos. É um dos países com as mais altas taxas de vacinação no mundo: quase 88%. Está em primeiro lugar na União Europeia no que diz respeito à taxa de vacinação também entre menores de 18 anos: 32,5% tiveram pelo menos uma chance, de acordo com o CEPCD. No entanto, a incidência de sete dias em Portugal nesta segunda-feira estava em pouco menos de 68, mais do dobro da de sua vizinha, a Espanha.
Considerando que Portugal chegou a ser um dos principais focos de transmissão do coronavírus na Europa, no entanto, esse número pode ser considerado um sucesso.
Em fevereiro, a Alemanha enviou uma equipe de médicos militares com equipamentos como camas de hospital de campo e ventiladores para Portugal, onde o sistema de saúde estava completamente sobrecarregado. Hoje, a taxa de incidência de Portugal é significativamente menor do que a da Alemanha.
O melhor do turismo sustentável em 2022
Muitos deixaram de viajar por causa da pandemia de covid. Mas a situação começa a se normalizar, e a editora de guias de viagem Lonely Planet apresenta suas recomendações de lugares que precisam ser visitados.
Foto: Matt Munro/Lonely Planet
A volta das viagens internacionais
A covid-19 obrigou viajantes a ficarem em casa por mais de um ano, mas muitos agora já planejam as férias de 2022. Esta galeria de fotos é para abrir o apetite, e mostra alguns dos principais destinos apresentados no "Best in Travel 2022" da editora Lonely Planet. Cada um foi escolhido por sua atualidade, experiências únicas, fator "uau" e compromisso contínuo com o turismo sustentável.
Foto: Chad Ehlers/picture-alliance
Vamos lá!
Na categoria cidade que vale a pena ser visitada, há uma da Alemanha entre as top 3, e não é Berlim. A indicada na categoria região provavelmente é pouco conhecida. Na categoria país, um dos menores do mundo está em primeiro lugar. E o da foto ficou em segundo lugar. Qual será?
Foto: Heiko Junge/NTB scanpix/AFP/Getty Images
3º lugar na categoria cidades: Freiburg, Alemanha
A editora de guias de viagem Lonely Planet descreve Freiburg como uma das cidades mais jovens, descontraídas e sustentáveis da Alemanha. Tem muitos espaços verdes e duas vezes mais bicicletas do que carros. A prefeitura da cidade de 230 mil habitantes é a primeira do mundo com o conceito de energia zero. A cidadezinha de lindas vielas e fachadas fica próxima à Floresta Negra.
Foto: katatonia82/Shutterstock
2º lugar entre cidades: Taipé, Taiwan
Uma cidade de muitas facetas: influências ocidentais encontram-se com tradições chinesas e japonesas, edifícios antigos ao lado de prédios modernos, com templos de diferentes religiões em quase todos os lugares. A moradia é acessível nesta cidade de 2,7 milhões de habitantes. Taipé também conta como a cidade da Ásia mais hospitaleira para LGBTQs.
Foto: Matt Munro/Lonely Planet
1º lugar entre cidades: Auckland, Nova Zelândia
Auckland tem 53 vulcões, mais de 50 ilhas, três regiões vinícolas e muitas praias. A cidade de 1,5 milhão de habitantes fica num estuário entre dois portos. Há muito para ver ao redor: florestas tropicais, praias de surfe, fontes geotérmicas, pássaros raros, baleias, golfinhos e pinguins. Para mergulhar totalmente no charme do lugar, é necessário um guia local.
Foto: Klanarong Chitmung/Shutterstock
3º lugar na categoria regiões: Xishuangbanna, China
Xishuangbanna é uma região remota no sul da China, na fronteira com Mianmar e Laos. Antigamente um destino popular para mochileiros, a região agora lucra com grandes investimentos em turismo. Entre os chineses, é famosa por sua diversidade cultural, gastronomia variada e clima quente. Xishuangbanna também está se beneficiando de uma nova rota de trem para o Laos e de melhores conexões aéreas.
Foto: Fabio Nodari/Shutterstock
2º lugar entre regiões: West Virginia, EUA
Poucos habitantes, poucos turistas, muita natureza intocada. West Virginia fica no leste dos EUA, nas Montanhas Apalaches, e é conhecido como "estado das montanhas". Afastando-se da exploração madeireira, combustíveis fósseis, carvão e mineração de sal, aposta mais no turismo. Caminhadas, mountain bike, canoagem, escalada, base jumping (da ponte na foto) então entre as atividades possíveis.
Foto: ESB Professional/Shutterstock
1º lugar entre regiões: Fiordes Ocidentais, Islândia
Longe do turismo de massa e apenas conectado ao continente por um estuário de cerca de sete quilômetros: quem se aventura pelos Fiordes Ocidentais é recompensado com uma rica vida selvagem, vilas pitorescas e paisagens espetaculares – ou seja, Islândia ao extremo. Os habitantes dos lugarejos fundados por vikings há cerca de mil anos se concentram na natureza – e em evitar plástico.
Foto: Keith Manning
3º lugar na categoria países: Maurício
Ilha rochosa com ótimas praias no Oceano Índico – ou, resumindo, o paraíso. Assim que Mark Twain definiu a ilha a leste de Madagascar. Excelente para caminhadas, mergulhos e para observar animais. Diz-se que em nenhum lugar na Terra foram salvas mais espécies de pássaros ameaçados de extinção. Também baleias e golfinhos podem ser vistos perto da costa. E os habitantes? Gente super "relax"!
Foto: Mark Read/Lonely Planet
2º lugar entre países: Noruega
A Noruega está no topo, e não apenas geograficamente. Considerado o país mais habitável do mundo, está muito à frente em educação, igualdade, saúde, renda, qualidade de vida e sustentabilidade. Cerca de 99% de sua eletricidade vem de hidrelétricas e quase 60% de seus carros são elétricos, tornando-a líder mundial no setor. Em 2030, pretende ser neutra para o clima. E que paisagens!
Foto: Matt Munro/Lonely Planet
1º lugar entre países: Ilhas Cook
Um dos países mais remotos e menores do planeta, espalhado por 15 ilhas vulcânicas com uma área combinada menor que Malta. Fantasticamente linda e comprometida com o meio ambiente. Em 2017, o Parque Marinho Marae Moana, de 1,9 milhão de quilômetros quadrados, foi declarado a maior área protegida do planeta. Se você gosta das cores azul e turquesa, as Ilhas Cook são o lugar ideal!
Foto: Pete Seaward/Lonely Planet
O mundo chama!
Depois dessas fotos de lugares lindos, provavelmente será difícil tirar os olhos do computador ou celular. Faz uma enorme diferença estar sentado no sofá em casa ou a uma mesa dentro do mar nas Ilhas Cook! É bom esperar um pouco mais, até que a pandemia permita, mas já se pode começar a planejar a viagem.