Os piores acidentes aéreos na Europa nos últimos dez anos
24 de março de 2015
Queda do voo 4U-9525 é o pior acidente aéreo na França em 40 anos. Na última década, uma série de tragédias ocorridas na Europa deixou um grande número de vítimas.
O acidente é o mais grave ocorrido em solo francês nos últimos 40 anos. A tragédia aconteceu 15 anos depois da queda de um avião Concorde, que em 2000 voava de Paris para Nova York. O acidente deixou 113 mortos e marcou o fim das viagens comerciais em aviões supersônicos.
O pior acidente na França foi em março de 1974, quando 346 pessoas morreram numa queda causada por despressurização, logo após uma aeronave da Turkish Airlines decolar de Paris. Em dezembro de 1981, um avião da antiga Iugoslávia colidiu com uma montanha na ilha francesa da Córsega, no Mar Mediterrâneo, matando 180 pessoas.
O pior desastre aéreo da história ocorreu em março de 1977, quando dois Boeings 747 colidiram na pista do aeroporto de Los Rodeos, em Tenerife, nas ilhas Canárias, deixando 583 mortos. Um deles era da KLM e o outro, da Pan Am.
Abaixo, a lista dos piores acidentes aéreos da Europa nos últimos dez anos:
França, 24 de março de 2015: Um Airbus A320 da empresa Germanwings, subsidiária da Lufthansa, caiu nos Alpes franceses quando voava de Barcelona para Dusseldorf. Autoridades francesas confirmam que todas as 150 pessoas a bordo, entre os quais muitos alemães e espanhóis, morreram.
Ucrânia, 17 de julho de 2014: Um Boeing 777 da Malaysia Airlines que voava de Amsterdã para Kuala Lumpur foi atingido ao sobrevoar o leste da Ucrânia, uma região controlada por separatistas, causando a morte de 298 pessoas, entre elas 193 holandeses. Kiev e rebeldes se acusam mutuamente pela autoria do ataque.
Rússia, 17 de novembro de 2013: Um Boeing 737 da empresa russa Tatarstan, que havia decolado de Moscou, caiu no aeroporto de Kazan, matando 50 passageiros e tripulantes.
Rússia, 10 de abril de 2010: Um Tupolev-154 da Força Aérea da Polônia caiu perto da cidade de Smolensk, deixando 96 mortos, entre eles o então presidente polonês, Lech Kaczynski, sua esposa e várias autoridades.
Espanha, 20 de agosto de 2008: Um MD-82 da empresa espanhola de voos de baixo custo Spanair caiu durante a decolagem no aeroporto de Madrid, matando 154 pessoas. O destino eram as Ilhas Canárias
Rússia, 14 de setembro de 2008: Um Boeing 737 operado pela Aeroflot caiu nos Montes Urais, perto de Perm, matando 88 pessoas.
Turquia, 30 de novembro de 2007: Um MD-83 operado pela empresa turca de voos de baixo custo Atlasjet colidiu contra uma montanha no sudoeste do país, matando 57 passageiros e tripulantes.
Rússia, 3 de maio de 2006: Um Airbus A320 operado pela empresa Armavia, da Armênia, caiu no Mar Negro, deixando 113 mortos.
Rússia, 9 de julho de 2006: Um Airbus da empresa russa S7 caiu ao tentar pousar em Irkutsk, na Sibéria, matando 125 pessoas.
Ucrânia, 22 de agosto de 2006: Um Tupolev russo pertencente à empresa Pulkovo caiu na Ucrânia, deixando 179 mortos.
RC/afp/dw
Acidentes aéreos de 2014
A aeronave da AirAsia que desapareceu dos radares é mais um episódio de uma série de tragédias envolvendo aviões, incluindo dois Boeings 777 da Malaysia Airlines e o jato que transportava o candidato Eduardo Campos.
Foto: picture-alliance/dpa/Pleul
Contato perdido
O Airbus da AirAsia partiu de Surabaia, na ilha indonésia de Java, em direção a Cingapura. Por volta de 40 minutos após a decolagem, o contato com o avião foi perdido na manhã de domingo (28/12). Os destroços só foram encontrados, no Mar de Java, três dias depois. A bordo do voo QZ8501 estavam 162 pessoas.
Foto: Reuters/E. Nuraheni
Desaparecido no Mar de Java
Antes do desaparecimento do Airbus 320-200, da AirAsia, aparentemente, o piloto tentou contornar uma tempestade, pedindo à torre de controle permissão para a mudança de rota. As buscas se concentram na região entre as ilhas indonésias de Bangka e Belitung, no Mar de Java. O desaparecimento do avião da AirAsia faz lembrar o voo MH370, da Malaysia Airlines.
Foto: Aditya/AFP/Getty Images
Tragédia dupla na Malaysia Airlines
Em 2014, a Malaysia Airlines perdeu dois aviões do tipo Boeing 777. Um deles está desaparecido até hoje: o voo MH370 partiu de Kuala Lumpur em direção a Pequim em 8 de março. Após uma última comunicação de rotina por rádio, o avião desapareceu das telas do radar. Provavelmente, a aeronave caiu horas depois no Oceano Índico.
Foto: cc-by-sa/Laurent Errera/L'Union
Mistério da história da aviação
O que aconteceu a bordo do MH370 está entre um dos maiores mistérios da história da aviação. Houve um problema técnico? A aeronave foi sequestrada? Ou o piloto quis se suicidar, levando à morte também todas as pessoas a bordo? As buscas do Boeing 777 se estenderam por meses. Este avião militar neozelandês (foto) também participou das operações de busca.
Foto: Getty Images
Alarme falso
Imagens de satélite mostravam regularmente objetos boiando no mar, que não eram, no entanto, destroços do Boeing, como se supunha. Navios e submarinos tentaram detectar sinais da caixa-preta para localizar os restos do avião, o que também não se conseguiu. Portanto, o destino do MH370 e das 239 pessoas a bordo continua incerto.
Foto: picture-alliance/dpa
Vítimas do conflito na Ucrânia
Em 17 de julho, registrou-se a queda de outro Boeing 777 da Malaysia Airlines. Acredita-se que ele tenha sido abatido enquanto sobrevoava a região em guerra civil no leste da Ucrânia. A bordo do voo MH17 estavam 298 pessoas, que pretendiam voar de Amsterdã para Kuala Lumpur.
Foto: Reuters
Difícil resgate
Tanto o resgate dos corpos quanto a coleta dos destroços e a investigação das causas do acidente foram tarefas difíceis. Inicialmente, os rebeldes separatistas do leste ucraniano negaram a equipes de resgate e especialistas em acidentes o acesso ao local da queda do avião.
Foto: Reuters
Entrega tardia da caixa-preta
Somente cinco dias após a queda da aeronave, os rebeldes entregaram as caixas-pretas a autoridades da Malásia. De acordo com os primeiros resultados das investigações, há inúmeros indícios de que o MH17 tenha sido atingido por um míssil terra-ar. Até hoje não se sabe se o avião foi abatido, possivelmente de forma involuntária, por rebeldes separatistas, tropas russas ou pelo Exército ucraniano.
Foto: Reuters
Erro na aterrissagem
Somente seis dias depois da queda do MH17, a aviação civil vivenciou mais um acidente: 48 pessoas morreram em Taiwan na queda de um avião à hélice da companhia Transasia Airways. O avião caiu durante uma tempestade, após uma manobra de aterrissagem malsucedida. Dez das 58 pessoas a bordo do voo ATR72 sobreviveram ao acidente.
Foto: Reuters
Mudança de rota
No dia 24 de julho, um avião da companhia aérea espanhola Swiftair, operado pela Air Algérie, caiu no Mali, na África Ocidental. O acidente provocou a morte de 118 pessoas. A aeronave do tipo McDonell Douglas MD-83 partiu de Ouagadougou, em Burkina Faso, para Argel. Também neste acidente, o piloto havia pedido autorização para a mudança de rota devido a uma tempestade, logo depois da partida.
Foto: cc-by-sa/Dura-Ace/curimedia
Despedaçado no solo
Aparentemente, o avião da Air Algérie deu piruetas no ar antes de atingir o solo e se despedaçar, em grande velocidade. Os destroços do avião completamente destruído foram encontrados próximos à cidade de Gossi, no Mali. Uma tempestade foi a provável causa da queda do voo AH5017.
Foto: Getty Images/AFP/Sia Kambou
Acidente logo após a decolagem
Em 10 de agosto, foi a vez de um avião da companhia iraniana Sepahan Airlines. A aeronave do tipo Antonov NA-140 caiu logo após decolar de Teerã. No acidente, morreram 39 pessoas, entre elas, sete crianças. Nove pessoas ficaram feridas. A possível causa da queda do avião à hélice foi uma falha do motor.
Foto: Tasnim
Eduardo Campos a bordo
No dia 13 de agosto, o Cessna 560XL que transportava o candidato à Presidência do Brasil Eduardo Campos caiu sobre uma área residencial da cidade de Santos. O jato particular havia partido do Rio de Janeiro em direção à cidade do litoral paulista. Além do adversário da presidente Dilma Rousseff, seis pessoas morreram no acidente. Aqui, o mau tempo foi a possível causa da queda da aeronave.