Os principais trechos da reunião de Bolsonaro com ministros
9 de fevereiro de 2024
STF retira sigilo de vídeo da reunião ministerial de julho de 2022, na qual ex-presidente insinua fraude eleitoral e pede "ação". "Se a gente reagir depois das eleições, vai ter caos no Brasil. Vai virar uma guerrilha".
Em nota, a Polícia Federal afirma que a reunião, realizada em 5 de julho de 2022, teve como finalidade cobrar dos presentes ações para a promoção ilegal de desinformação e ataques à Justiça Eleitoral.
Bolsonaro exigiu que seus ministros trabalhassem para disseminar informações falsas no intuito de evitar uma eventual derrota nas eleições presidenciais de outubro daquele ano para o petista Luiz Inácio Lula da Silva.
"Essa narrativa serviu, como um dos elementos essenciais, para manter mobilizadas as manifestações em frente às instalações militares, após a derrota eleitoral e, com isso, dar uma falsa percepção de apoio popular, pressionando integrantes das Forças Armadas a aderirem ao golpe de Estado em andamento", diz a PF.
As imagens foram encontradas pela PF no computador do tenente-coronel Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
"A gente vai ter que fazer alguma coisa"
Na reunião, o então mandatário disse aos ministros que era necessário agir antes das eleições para evitar um cenário caótico no país.
"Nós sabemos que se a gente reagir depois das eleições, vai ter um caos no Brasil. Vai virar uma grande guerrilha, uma fogueira", afirmou.
"Quem tem dúvida que a esquerda, como está indo, vai ganhar as eleições? Não adianta eu ter 80% dos votos, eles vão ganhar as eleições", disse Bolsonaro, insinuando uma possibilidade de fraude no processo eleitoral.
"Todos aqui têm uma inteligência bem acima da média. Todos aqui, como todo povo ali fora, têm algo a perder. Nós não podemos deixar chegar as eleições e acontecer o que está pintado. Vocês estão vendo agora que (sic) eu acho que chegaram à conclusão. A gente vai ter que fazer alguma coisa antes."
Mais tarde, Bolsonaro aparece propondo que os presentes na reunião participassem da redação de um documento que afirmaria a impossibilidade de "definir a lisura das eleições".
Críticas à Comissão de Transparência do TSE
"Eu acho que não tem bobo aqui. Pô (sic), mais claro do que está aí, mais claro, impossível." O ex-presidente sugere "botar algo escrito" e pedir que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Polícia Federal participassem da elaboração do texto, para dar credibilidade ao documento.
"Uma nota conjunta de vocês todos. Topam? Que até o presente momento, dado (sic) as condições de se definir a lisura das eleições são simplesmente impossível de serem atingidas", propõe Bolsonaro.
O ex-mandatário ironizou o trabalho da Comissão de Transparência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), criada pelo então presidente da Corte, o ministro Luís Roberto Barroso, em reação aos inúmeros ataques ao sistema eleitoral proferidos por ele e seus aliados. O colegiado contava com a participação de representantes das Forças Armadas.
"O TSE cometeu um erro [...] quando convidou as Forças Armadas para participar da Comissão de Transparência Eleitoral. Eles erraram. Para nós, foi excelente. Eles se esqueceram que eu sou o chefe supremo das Forças Armadas?", questiona.
A Comissão também era integrada por 12 especialistas em tecnologia e representantes de instituições públicas e privadas que acompanharam todas as etapas do processo eleitoral.
"Alguém aqui acredita em Fachin, Barroso e Moraes?"
Bolsonaro questionou a isenção dos ministros do STF em relação ao processo eleitoral.
"Os caras estão preparando tudo, pô (sic), para o Lula ganhar no primeiro turno, para a fraude. Vou mostrar como e por quê. Alguém aqui acredita em Fachin, Barroso, Alexandre de Moraes [ministros do STF]? Você acredita, então levanta o braço. Acredita que eles são pessoas isentas? Que estão preocupados em fazer justiça? Em seguir a Constituição?"
"Essa cadeira aqui é uma cagada estar comigo, uma cagada. Eu vou explicar a cagada. Não vai ter outra cagada dessa no Brasil, cagada do bem, para deixar bem claro", afirmou, dizendo que o fato de ele estar ocupando a cadeira de presidente da República resultaria de um equívoco das autoridades.
"Como é que eu ganho uma eleição? Um f... como eu? Deputado do baixo clero, escrotizado (sic) dentro da Câmara, sacaneado, gozado."
Bolsonaro volta a mencionar a possibilidade de fraude e insinua que os ministros do STF citados por ele estariam recebendo dinheiro para agir contra os interesses de seu grupo político.
"Pessoal, perder uma eleição não tem problema nenhum. Nós não podemos é perder a democracia numa eleição fraudada. Olha o Fachin. Os caras não têm limite. Eu não vou falar que o Fachin tá levando 30 milhões de dólares. Não vou falar isso aí. Ou que o Barroso tá levando 30 milhões de dólares. Não vou falar isso aí. Que o Alexandre de Moraes tá levando 50 milhões de dólares. Não vou falar isso aí. Não vou levar pra esse lado. Não tenho prova, pô! Mas algo esquisito está acontecendo", disse o então chefe de governo.
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Medo de vazamentos
O general Augusto Heleno, então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), protagonizou um dos momentos mais críticos da reunião, ao defender uma "virada de mesa" antes das eleições de outubro.
Num primeiro momento, ele menciona um plano para infiltrar agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) nas campanhas de Bolsonaro e Lula.
"Dois pontos para tocar aqui, presidente. Primeiro, o problema da inteligência. Eu já conversei ontem com o Victor [Felismino Carneiro], novo diretor da Abin, nós vamos montar um esquema para acompanhar o que os dois lados vão fazer."
"O problema todo disso é se vazar qualquer coisa. Muita gente se conhece nesse meio. Se houver qualquer acusação de infiltração desse elemento da Abin em qualquer um dos lados [...]", afirmava Heleno, quando foi interrompido por Bolsonaro, que temia que essa conversa também acabasse sendo vazada.
"General, eu peço que o senhor não fale por favor. Peço que o senhor não prossiga mais na sua observação", disse Bolsonaro. "Se a gente começar a falar 'não vazar', esquece. Pode vazar. Então a gente conversa particular na nossa sala sobre esse assunto".
"Virar a mesa antes das eleições"
Após a intervenção do então presidente, Heleno retoma a fala e ressalta a necessidade de o governo agir antes mesmo das eleições para evitar uma derrota bolsonarista.
"O segundo ponto é que não tem VAR [sistema de vídeo usado para dar apoio aos árbitros em jogos de futebol] nas eleições. Não vai ter segunda chamada na eleição, não vai ter revisão do VAR. Então, o que tiver que ser feito tem que ser feito antes das eleições. Se tiver que dar soco na mesa, é antes das eleições. Se tiver que virar a mesa, é antes das eleições. Depois das eleições, será muito difícil que tenhamos alguma nova perspectiva."
"Até porque eles vão fazer tão bem feito que essa conversa do Fachin foi exatamente com os embaixadores para que elimine a possibilidade de o VAR acontecer. No dia seguinte, todo mundo reconhece e fim de papo", continuou o ex-chefe do GSI.
"Isso aí tem que ficar bem claro, acho que as coisas têm que ser feitas antes das eleições. Vai chegar um ponto em que não vamos poder mais falar, vamos ter que agir. Agir contra determinadas instituições e determinadas pessoas, isso para mim é muito claro. Só isso."
Nas últimas semanas, a Abin se tornou alvo de uma investigação da PF sobre um suposto esquema de monitoramento ilegal de celulares baseado em uma ferramenta utilizada pela agência durante o governo Bolsonaro. O caso levou o presidente Lula a demitir o diretor-adjunto do órgão, Alessandro Moretti.
Segundo a PF, o monitoramento era feito por uma "estrutura paralela na Abin", que usava ferramentas da agência para ações ilícitas, "produzindo informações para uso político e midiático, para a obtenção de proveitos pessoais e até mesmo para interferir em investigações da Polícia Federal".
"Eleições como a gente sonha"
Na gravação, o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, afirma que se reunia todas as semanas com comandantes das Forças Armadas para discutir o processo eleitoral, no intuito de assegurar "eleições como a gente sonha", ou seja, com a reeleição de Bolsonaro.
Nogueira menciona a participação de técnicos escolhidos por sua pasta na Comissão de Transparência do TSE, que contribuiriam com uma auditoria da votação. Ele, no entanto, pediu que suas declarações ficassem em sigilo e chamou a comissão do TSE de "conversa para boi dormir".
No vídeo, Nogueira diz que os comandantes das Forças Armadas trabalhavam para que houvesse "êxito" na reeleição de Bolsonaro como "presidente de todos nós".
"Senhor presidente, eu estou realizando reuniões com os comandantes de Forças quase que semanalmente. Esse cenário nós estudamos, nós trabalhamos, nós temos reuniões pela frente decisivas pra gente ver o que pode ser feito, que ações poderão ser tomadas para que a gente possa ter transparência, segurança, condições de auditoria e que as eleições se transcorram da forma como a gente sonha, e o senhor, com o que a gente vê, no dia a dia, tenhamos o êxito de reelegê-lo e ser o presidente de todos nós."
TSE como "o inimigo"
Em um dado momento, Nogueira se referiu à comissão do TSE como "o inimigo", e disse que mantinha contato com o grupo no intuito de exercer pressão em cada fase do processo.
"O que eu sinto, nesse momento, é apenas na linha de contato com o inimigo. Ou seja, na guerra, a gente (sic) ‘linha de contato, linha de partido, eu vou romper aqui e iniciar minha operação'. Eu vejo as Forças Armadas e o Ministério da Defesa nessa linha de contato. Nós temos, sim, que precificar e ajudar nesse sentido, para que a gente não fique sozinho nesse processo. Nós estaremos em cada fase pressionando. E daí? Nós vamos ter um sucesso, um resultado, uma transparência, uma segurança, uma condição de dizer: 'não, realmente é mínima a chance de fraude, ou é grande a chance de fraude?'", observou.
As Forças Armadas também participaram da supervisão do processo eleitoral no papel de entidade fiscalizadora – aquelas que têm acesso a sistemas eleitorais desenvolvidos pelo TSE e ao código-fonte, um conjunto de linhas de programação de um software com as instruções para o funcionamento do sistema.
Em 2023, o TSE decidiu, por unanimidade, retirar as Forças Armadas da relação de entidades fiscalizadoras.
rc/le (ots)
O mês de fevereiro em imagens
Veja alguns dos principais acontecimentos do segundo mês do ano.
Foto: Liesa Johannssen/REUTERS
Morte de civis que aguardavam ajuda em Gaza gera onda de repúdio
Autoridades locais afirmam que mais de uma centena de pessoas morreram na Cidade de Gaza, enquanto multidão avançava sobre um comboio de ajuda humanitária. Testemunhas acusam soldados israelenses de atirar contra civis. Incidente gerou onda de condenações por parte dos países árabes, de Estados-membros da União Europeia e dos Estados Unidos. (29/02)
Foto: Dawoud Abo Alkas/picture alliance/Anadolu
Incêndios geraram recorde de emissões de carbono na América Latina
Queimadas florestais no Brasil, Venezuela e Bolívia geraram as maiores emissões de carbono em mais de vinte anos para o mês de fevereiro, segundo o Copernicus, monitor climático da União Europeia: 4,1 milhões de toneladas, 5,2 milhões de toneladas, e 300 mil toneladas, respectivamente. Especialistas associam seca que tem assolado região às mudanças climáticas, ao El Niño e ao agronegócio. (28/02)
Foto: MICHAEL DANTAS/AFP/Getty Images
Polícia alemã prende radical de esquerda procurada há 30 anos
A terrorista da Fração do Exército Vermelho (RAF) Daniela Klette, de 65 anos, foi presa em Berlim após mais de 30 anos de buscas. A organização de extrema-esquerda executou entre 1970 e 1990 uma série de assassinatos, sequestros e atentados. Klette é suspeita de participação em um ataque a tiros em 1991 contra a antiga embaixada dos EUA e de um atentado a bomba em 1993 contra uma prisão.(27/02)
Foto: Polizei/dpa/picture-alliance
Produtores rurais voltam a protestar em Bruxelas
Manifestantes entraram em confronto com a polícia, alvejando-os com estrume líquido e ovos, e mais de 900 tratores voltaram a bloquear a capital belga enquanto os ministros da agricultura dos países da União Europeia se reuniam para discutir respostas à insatisfação do setor. Forças de segurança usaram gás lacrimogêneo e canhões de água para conter os protestos. (26/04)
Foto: John Thys/AFP/Getty Images
Bolsonaro tenta agitar base em manifestação
Apoiadores de Jair Bolsonaro participaram de uma manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo. O ato ocorreu enquanto Bolsonaro enfrenta o avanço de uma série de investigações e o temor crescente entre seu círculo de que sua prisão esteja próxima.
Vestidos de verde amarelo, apoiadores encheram algumas quadras da avenida para acompanhar um discurso do político de extrema-direita. (25/02)
Foto: Miguel Schincariol/AFP/Getty Images
Guerra da Ucrânia completa dois anos
A invasão lançada pela Rússia ao território ucraniano completou dois anos. Diversas cidades europeias foram palco de manifestações de solidariedade à Ucrânia. Em Kiev, o presidente Volodimir Zelenski recebeu líderes europeus e prometeu que seu país vai vencer o conflito contra os invasores. "Qualquer pessoa normal deseja que a guerra termine. Mas ninguém permitirá o fim da Ucrânia". (24/02)
Foto: Alexander Burakov/DW
Alemanha aprova projeto que legaliza uso recreativo da maconha
O Parlamento alemão (Bundestag) aprovou a legalização do uso recreativo da maconha. O projeto prevê uma legalização parcial da erva com várias limitações sobre o cultivo e descarta inicialmente a venda controlada da cannabis em lojas. Com a aprovação, a partir de 1º de abril, maiores de 18 anos poderão portar até 25 gramas de maconha. Essa quantidade equivale a entre 50 e 100 baseados. (23/02)
Foto: Ben Werner Knight/DW
Bispos alemães pedem que católicos não votem na ultradireita
Bispos da Alemanha fizeram um apelo aos fiéis católicos para que se oponham ao nacionalismo de extrema direita, argumentando que essa corrente política é incompatível com as crenças do cristianismo. "O nacionalismo étnico é incompatível com a concepção cristã de Deus e do homem", apontou uma declaração divulgada pelo bispo Georg Bätzing, chefe da Conferência dos Bispos Alemães. (22/02)
Foto: Annette Zöpf/EPD-Bild/picture alliance
As primeiras flores de cerejeira no Japão
A temporada da floração das cerejeiras no Japão é um evento aguardado anualmente pela população e pelos turistas. Embora a maior parte da ilha de Honshu, a maior do país, tenha que esperar até meados de março para que as flores desabrochem, o espetáculo natural começa um mês antes em Kawazu, cidadezinha do leste da ilha, para deleite dos fotógrafos, moradores e visitantes. (21/02)
Foto: PHILIP FONG/AFP/Getty Images
Mauro Vieira rebate novos ataques de chanceler israelense a Lula
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, criticou seu homólogo israelense, Israel Katz, pelo tom "insólito e revoltante" que utilizou ao comentar a recusa de Lula a se desculpar por seus comentários sobre a guerra em Gaza, acusando-o de "cuspir no rosto dos judeus brasileiros". "Vergonhosa página da diplomacia de Israel", condenou Vieira. (20/02)
Foto: Craig Ruttle/AP Photo/picture alliance
"Persona non grata" em Israel
Ministro do Exterior de Israel acusa Lula de "grave ataque antissemita" e diz que presidente não será bem-vindo em Israel, após críticas do brasileito à ofensiva israelense em Gaza. Brasil convoca embaixador israelense para dar explicações e chama de volta ao país diplomata brasileiro repreendido por ministro em Tel Aviv. Itamaraty critica "declarações graves do governo de Israel". (19/02)
Foto: Eraldo Peres/AP Photo/picture alliance
Fala de Lula causa crise diplomática com Israel
O ministro israelense do Exterior convocará o embaixador do Brasil para reprimenda por comentários de Lula. Ele não especificou a que se referia, mas causou celeuma entrevista de Lula na Cúpula da União Africana. "O que está acontecendo em Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando o Hitler resolveu matar os judeus", disse Lula. (18/02)
Foto: REUTERS
Lula se reúne com premiê palestino
Na Etiópia para a Cúpula da União Africana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve um encontro bilateral com o primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina, Mohammad Shtayyeh. Mais tarde, em seu discurso, Lula lamentou a morte de civis em Gaza, ressaltando que a solução é "avançar rapidamente na criação de um Estado palestino livre e membro de pleno direito das Nações Unidas". (17/02)
Foto: Ricardo Stuckert / PR
Líderes internacionais culpam Rússia por morte de Navalny
A morte do líder oposicionista russo Alexei Navalny levou autoridades de todo o mundo a responsabilizarem o Kremlin pelo ocorrido. "Que ninguém se engane: Putin é o responsável", afirmou o americano Joe Biden. O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse que ele ele pagou com sua vida pela sua bravura após regressar à Rússia depois de se recuperar em Berlim de um envenenamento. (16/02)
Foto: Milan Kammermayer/AFP
Grécia é primeiro país ortodoxo a aprovar casamento homossexual
A Grécia se tornou o 20º país da Europa e o primeiro cristão ortodoxo a permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo. O Parlamento grego aprovou o casamento homossexual e a adoção de menores de idade por casais do mesmo sexo por 176 votos a favor, 76 contra e duas abstenções. (15/02)
Foto: Aris Messinis/AFP/Getty Images
Viradouro é a grande campeã do carnaval do Rio de Janeiro
A escola de samba Unidos do Viradouro foi a grande vencedora do Grupo Especial do Rio de Janeiro com o enredo "Arroboboi, Dangbé", que destacou a força da mulher negra através do culto a uma cobra sagrada africana. Foi o terceiro título da agremiação de Niterói, que já havia sido campeã em 1997 e em 2020. A Unidos do Porto da Pedra foi rebaixada e disputará a Série Ouro em 2025.(14/02)
Foto: AFP/Getty Images
Brasil tem mais de meio milhão de casos suspeitos de dengue
Número de possíveis infecções é quase quatro vezes maior que as registradas no mesmo período de 2023, segundo Ministério da Saúde. Apenas nas seis primeiras semanas de 2024, 75 pessoas morreram pela doença e esse número pode subir, já que outros 340 óbitos ainda estão sob investigação. Diante de baixa disponibilidade de vacinas, solução mais eficaz ainda é a eliminação de criadouros. (13/02)
Foto: Ueslei Marcelino/REUTERS
Carnaval com crítica na Alemanha
Não faltaram críticas nos desfiles de rua da Rosenmontag, principal dia do Carnaval no estado da Renânia do Norte-Vestfália: à política alemã e ao chanceler federal Olaf Scholz, ao ex-presidente americano Donald Trump, à Rússia e a Vladimir Putin e à guerra entre Israel e o grupo radical islâmico Hamas, tema deste carro alegórico em Düsseldorf. (12/02)
Foto: Thilo Schmuelgen/REUTERS
Tensões em Gaza dominam 45º aniversário da Revolução Islâmica no Irã
As comemorações do 45º aniversário da Revolução Islâmica no Irã, foram marcadas por protestos contra Israel e os Estados Unidos e manifestações em defesa do povo palestino, acirradas pela guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza. O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, acusou Israel de cometer crimes contra a humanidade e "genocídio" em Gaza, e exigiu que o país seja expulso da ONU. (11/02)
Foto: Fatemeh Bahrami/picture alliance/Anadolu
Netanyahu ordena plano para evacuar Rafah, e ataques na região matam dezenas
Os bombardeios vieram horas depois de o primeiro-ministro israelense instruir os militares para que planejem a retirada de civis da cidade na fronteira com o Egito. Único dos maiores centros urbanos de Gaza poupado até agora na ofensiva terrestre, Rafah abriga 1,3 milhão de refugiados do conflito e é o principal ponto de entrada de ajuda humanitária para os palestinos. (10/02)
Foto: Abed Zagout/Anadolu(picture alliance
Vídeo de reunião ministerial de 2022 complica Bolsonaro
Ministro do STF Alexandre de Moraes retirou sigilo do vídeo de reunião ministerial ocorrida no governo Bolsonaro, na qual ex-presidente pede "ação" para evitar derrota nas eleições de 2022. "Se a gente reagir depois das eleições, vai ter caos no Brasil. Vai virar uma guerrilha", disse. Ele também questionou a isenção dos ministros do STF em relação ao processo eleitoral. (09/02)
Foto: EVARISTO SA/AFP
Operação da PF mira Bolsonaro e aliados
A Operação Tempus Veritatis, que investiga um grupo que planejou um golpe de Estado em prol de Jair Bolsonaro, foi deflagrada por Alexandre de Moraes, do STF. O ex-presidente teve o passaporte apreendido. Entre os alvos estavam os ex-ministros Braga Netto, Augusto Heleno e Anderson Torres. A ação decorreu a partir da delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro (08/02)
Foto: Sergio Lima/AFP
Chile se despede de Sebastián Piñera
Apoiadores prestaram as últimas homenagens ao ex-presidente chileno, morto aos 74 anos em acidente com o helicóptero que ele mesmo pilotava. O féretro teve início na sede do Congresso Nacional, antes de seguir para a Catedral de Santiago e, mais tarde, para o Palácio de La Moneda, sede do governo do Chile. (07/02)
Foto: Matias Basualdo/ZUMAPRESS/picture alliance
Milei no Muro das Lamentações
O presidente argentino, Javier Milei, começou nesta terça-feira uma viagem de três dias a Israel. Ao desembarcar em Tel Aviv, garantiu que planeja transferir a embaixada de seu país para Jerusalém, a exemplo do que fez o ex-presidente americano Donald Trump. Além de visitar o local de oração sagrado para os judeus, ele encontrou nesse mesmo dia o presidente israelense, Isaac Herzog. (06/02)
Foto: Leo Correa/AP/picture alliance
Começa julgamento de Daniel Alves por acusação de estupro
A Justiça espanhola deu início ao julgamento do jogador de futebol Daniel Alves, 40 anos, previsto para durar quatro dias. Ele é acusado de estuprar uma mulher em uma boate em Barcelona em dezembro de 2022. O atleta está em prisão preventiva desde 20 de janeiro do ano passado. Os primeiros depoimentos foram da denunciante, de uma amiga e de uma prima dela. (05/02)
Foto: JORDI BORRAS/AFP/Getty Images
Incêndios florestais no Chile deixam mais de 60 mortos
O presidente do Chile, Gabriel Boric, declarou estado de emergência nas regiões Central e Sul do país devido aos incêndios florestais que deixaram pelo menos 64 mortos e mais de 1.100 casas destruídas. As chamas afetaram em particular a região turística de Viña del Mar (foto), e foram favorecidas por temperaturas de até 40 graus Celsius e um clima mais seco que o usual. (04/02)
Foto: Martin Thomas/AP/picture alliance
Cerca de 150 mil protestam em Berlim contra extrema direita
Um protesto contra a extrema direita e o partido de ultradireita Alternativa para a Alemanha (AfD) reuniu cerca de 150 mil em Berlim em frente ao Bundestag (câmara baixa do Parlamento alemão), segundo estimativa da polícia. Trata-se do quarto final de semana consecutivo de atos em toda a Alemanha contra o extremismo de direita. (03/02)
Foto: Ebrahim Noroozi/AP/picture alliance
Barcelona declara emergência em razão da seca
A região da Catalunha declarou estado de emergência em razão da forte seca em Barcelona e boa parte dos arredores da segunda maior cidade da Espanha. A decisão permite a adoção de medidas rígidas de racionamento de água, após três anos sem incidência significativa de chuvas na região onde vivem cerca de seis milhões de pessoas. (02/02)
Produtores rurais protestam em Bruxelas para pressionar UE
Tratores bloquearam ruas da cidade e manifestantes atearam fogos em pneus e jogaram ovos em direção ao Parlamento Europeu. Insatisfação do setor com alta de custos, medidas de proteção do clima e apoio do bloco à agricultura ucraniana está por trás de protestos em países como França, Alemanha, Portugual, Polônia, Romênia, Itália e Grécia. (01/02)