Oscar convida novos membros para ampliar diversidade
30 de junho de 2016
Dos 683 convidados, 46% são mulheres e 41% não brancos, anuncia Academia de Hollywood. Mudanças, no entanto, ainda estão longe de alterar significativamente perfil de votantes das nomeações à premiação.
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A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood convidou 683 novos membros numa tentativa de ampliar a diversidade da entidade, informou em comunicado nesta quarta-feira (29/06).
Dos novos membros, 46% são mulheres e 41% não brancos. Emma Watson, John Boyega, de Star Wars, e o rapper Ice Cube estão entre os que poderão votar para as nomeações das próximas edições do Oscar. Entre os convidados brasileiros, estão o diretor de fotografia Lula Carvalho e a cineasta Anna Muylaert, de Que horas ela volta?.
Os convidados representam 59 países e incluem diretores como o indiano-canadense Deepa Mehta e o iraniano Abbas Kiarostami.
A polêmica e o desfecho das indicações ao Oscar
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Segundo Cheryl Boone Isaacs, presidente da Academia, os convites foram feitos a pessoas "que alcançaram um impacto duradouro sobre o público do cinema em todas partes". "Essa classe mantém nosso compromisso a longo prazo de acolher talentos extraordinários que trabalham hoje no cinema", afirmou.
Críticas
Em janeiro, a entidade anunciou uma série de mudanças para aumentar em 20% a diversidade de gênero e cor nas premiações do Oscar até 2020. A entidade também se comprometeu a excluir membros que não estejam atuando na indústria cinematográfica há mais de dez anos.
A Academia foi intensamente criticada e alvo de protestos depois de a edição do Oscar deste ano ter pelo segundo ano consecutivo apenas atores brancos nomeados às categorias principais.
Apesar do anúncio das mudanças, ainda há longo caminho para ampliar a diversidade entre os mais de 6 mil votantes da Academia de Hollywood, a maioria acima dos 60 anos. O número de mulheres vai passar de 25% para 27%, e de atores não brancos, de 8% para 11%.
KG/efe/dpa/afp
10 cinemas mais famosos da Alemanha
Fresco no verão, quentinho no inverno, cinema é sempre um programa perfeito. E, como bons filmes merecem um cenário à altura, confira dez curiosidades sobre as salas mais cultuadas do país.
Foto: DW/V. Weitz
Luxo e charme 1950
Shows aquáticos antes da projeção, assentos exclusivos com serviço e charme dos anos 50: o Zoo Palast, em Berlim, já foi considerado o cinema mais glamouroso do país. Nos primeiros tempos da imagem em movimento, estrelas como Romy Schneider e Sophia Loren comemoravam seus sucessos de estreia aqui. Após dois anos de reforma, o Zoo Palast foi reaberto em 2013.
Foto: picture-alliance/dpa
Obra de arte arquitetônica
Enquanto o cinema Zoo Palast era importante para a indústria do cinema, o Lichtburg, em Essen, no sudoeste alemão, é considerado uma obra de arte arquitetônica. Nas décadas de 1950 e 1960, ele era considerado a sala de exibição mais importante para estreias.
Foto: picture-alliance/dpa
O maior de todos
Com 1.250 lugares, em seus quase 90 anos de história o Cinema Lichtburg foi palco das principais estreias cinematográficas na Alemanha. Em julho de 1951, por exemplo, foi lançado lá o filme americano de ficção científica "Destino à Lua". Para intensificar a experiência cinematográfica, a plateia era recebida na porta por rapazes vestidos de astronauta.
Foto: Otto Häublein/Fotoarchiv Ruhr Museum
Cinema de superlativos
Além de ter o maior cinema do país, Essen também ostenta o maior complexo de exibição da Europa: o Cinemaxx, com um total de 5.370 assentos em 16 salas. Milhares de cinéfilos frequentam diariamente as instalações ultramodernas. Um século atrás, porém, as coisas eram um pouco diferentes. Um pulo de volta ao começo...
Foto: picture-alliance/dpa
Os primórdios
As imagens começaram a se mover em 1895, quando Auguste e Louis Lumière apresentaram seus primeiros curtas em Paris. Em Munique, Carl Gabriel foi o pioneiro, um ano depois, exibindo cenas em movimento em seu museu de cera. Em 21 de abril de 1907 ele inauguraria o Teatro de Imagens Vivas em sua própria casa. Conhecido atualmente como Filmtheater Gabriel, o local ainda está em pleno funcionamento.
Foto: CC-BY-SA-Privatarchiv Büche München
O mais antigo
Em 1902 o empresário Charles Pathé comprou os direitos sobre as patentes dos irmãos Lumière e passou a comercializar o conceito de cinema. O primeiro prédio construído especialmente para ser sala de exibição foi concluído em 1911, na cidade de Burg, perto de Magdeburg, Leste alemão. Na época, foi batizado de Palast Theater, mas de lá para cá mudou de nome para Burg Theater, e funciona até hoje.
Foto: gemeinfrei
Vitrine da Alemanha Oriental
O Kino International, na avenida Karl Marx, em Berlim, é hoje um prédio histórico, mas já foi palco das estreias mais relevantes da Alemanha Oriental. Foi inaugurado em 15 de novembro de 1963, com o filme soviético "Tragédia otimista". A última estreia do lado oriental da Alemanha foi o drama gay "Coming out", do diretor Heiner Carow, em 9 de novembro de 1989, o dia em que o Muro caiu.
Foto: DW/E. Jahn
Assentos nas alturas
O Hochhaus Lichtspiele, em Hanover, pode ser visto à distância por estar localizado no décimo andar de um edifício. Para chegar a um dos 275 assentos, a 34 metros de altura, o público precisa pegar o elevador ou subir 200 degraus. Antes havia um planetário sob a verde cúpula do prédio, mas ele foi destruído na Segunda Guerra Mundial.
Foto: CC-BY-SA-NC-xarfai27
De outro mundo
O Rundkino ("cinema redondo"), em Dresden, reabriu em 1972 e é um dos mais significativos testemunhos arquitetônicos do pós-guerra. O peculiar prédio em forma de cilindro, patrimônio tombado desde 2003, lembra bastante um objeto voador não identificado. Com 898 lugares, ele possui a maior tela do estado da Saxônia e funciona também como sala de palestras da Universidade Técnica.
Foto: Bundesarchiv, Bild 183-L1012-0015/cc-by-sa
Além dos blockbusters
O Cinema im Ostertor, foi inaugurado em 7 de novembro de 1969 em Bremen para dar espaço a filmes de arte, no lugar das usuais superproduções de sucesso. E deu certo: a sala para 134 espectadores recebeu vários prêmios por sua programação cinematográfica.