OTAN anuncia luta longa contra o terrorismo
6 de dezembro de 2001![](https://static.dw.com/image/348033_800.webp)
Os ministros confirmaram que cada ataque contra um aliado na OTAN será revidado por todos os outros juntos, como foi decidido logo após os atentados de 11 de setembro. O secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, participou do encontro, mas não pediu apoio adicional dos aliados na guerra dos Estados Unidos no Afeganistão.
A OTAN voltou a destacar que os bombardeios não se dirigem contra o Afeganistão nem à população afegã inocente, mas contra os terroristas (Osama bin Laden e seguidores), suas estruturas (Al Qaeda) e quem os protege (talibãs). O secretário-geral da OTAN, o britânico George Robertson, abriu o encontro anunciando uma "tolerância zero" com os terroristas e uma oferta de apoio logístico à ONU na ajuda ao Afeganistão.
A OTAN considera decisiva a reconstrução do país devastado pela guerra civil de 23 anos, secas e os bombardeios americanos que completam dois meses nesta sexta-feira (7), em represália aos atentados de 11 de setembro, atribuídos a bin Laden.
Os chanceleres da OTAN confirmaram a determinação de seus governos para enfrentar o desafio do terrorismo por interesse próprio de segurança. Até agora a OTAN só colocou portos, aeroportos e aviões de reconhecimento AWACS à disposição dos EUA na luta contra o terrorismo no Afeganistão.
Washington só combinou uma cooperação militar mais abrangente com alguns aliados escolhidos. A Grã-Bretanha é o único aliado que participa desde os primeiros bombardeios. A pedido do Pentágono, a Alemanha destacou 3.900 soldados, navios e aviões para apoiar as ações americanas, sobretudo com transportes e atendimento médico. A Itália e a Holanda destacaram contingentes menores para apoio logístico aos EUA.