OTAN quer selar fim da Guerra Fria com a Rússia
20 de abril de 2002A aliança militar, com supremacia incontestável dos Estados Unidos, se dispõe a realizar a conferência de cúpula no dia 28 de maio, em Roma. A condição para isso é que os 19 ministros de Relações Exteriores cheguem a um acordo equivalente com Moscou, no seu encontro em Reykiavik, em meados do próximo mês, anunciou um porta-voz nesta quinta-feira, no quartel-general, em Bruxelas.
Em visita a Atenas, o secretário-geral da OTAN, o britânico George Robertson, destacou que a assinatura de um acordo sobre nova parceria com a Rússia significaria "o fim da Guerra Fria". Robertson destacou que o encontro de cúpula entre a OTAN e o país herdeiro do império soviético encerraria um novo capítulo nas relações estratégicas mundiais.
O dirigente da OTAN já discutiu a questão com o ministro russo de Relações Exteriores, Igor Ivanov, e disse a seguir que os dois lados estariam perto de um acordo sobre um novo conselho conjunto. Nesse grêmio os 19 países da OTAN e a Rússia querem decidir juntos sobre questões de segurança como o combate ao terrorismo, administração de crises, o problema de propagação de armas de destruição em massa e o controle de armas. Essa cooperação era inconcebível até o Natal de 1991, quando a União Soviética foi extinta e o bloco comunista desmoronou.
O novo conselho deverá substituir o atual Conselho Permanente OTAN-Rússia e ser presidido por George Robertson em suas conferências a ser realizadas pelo menos uma vez por mês.