Museu na capital berlinense permite aos visitantes contemplar a antiga metrópole grega numa imagem panorâmica de 360°. Obra do artista Yadegar Asisi mostra cidade como teria sido no ano 129.
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Para muitos pesquisadores, o Altar de Pérgamo é considerado a oitava maravilha da Antiguidade. A cada ano, mais de um milhão de turistas vinham admirar essa obra de arte única da antiga metrópole grega na Ilha dos Museus em Berlim.
Há mais de quatro anos, no entanto, o colosso de pedra e seus lendários frisos gigantescos desapareceram por trás de uma parede protetora. Construído especialmente para abrigar o altar, o Museu de Pérgamo está sendo remodelado completamente pela primeira vez, desde que foi inaugurado em 1930.
A reinauguração está prevista para 2024. Futuramente, o novo prédio deverá corresponder aos padrões de um museu moderno.
A partir deste sábado (17/12), a inauguração da exposição Pergamonmuseum. Das Panorama, abrigada numa construção temporária em frente à Ilha dos Museus, deverá dar um novo impulso à instituição berlinense.
Além de 80 obras originais, os visitantes podem contemplar a cidade de Pérgamo numa imagem panorâmica de 360°, concebida pelo artista Yadegar Asisi em cooperação com a Coleção de Antiguidades dos Museus Estatais de Berlim.
Os mundos virtuais são complementados por obras de arte originais do Altar de Pérgamo. Muitas delas podem ser vistas pela primeira vez de perto. Por exemplo, as grandes esculturas do telhado do altar. Também uma parte do Friso de Telefos pode ser vista novamente.
De uma galeria, os visitantes podem deixar seu olhar vagar pela antiga cidade de Pérgamo. O panorama de Yadegar Asisi é o destaque da exposição. Ela mostra a cidade como poderia ter sido no ano 129, época do imperador romano Adriano.
Para isso, o artista enriqueceu o quadro circular com incontáveis cenas do cotidiano, fotografadas com figurantes em outubro de 2017. Na Pérgamo de Asisi, discute-se filosofia, há debates, aulas e celebrações. Há também rituais de sacrifício no Altar de Pérgamo e, claro, cenas cotidianas de mercado. Lá, o artista austríaco de origem persa e residente em Berlim entrou clandestinamente no quadro – como vendedor de verduras.
Quem quiser visitar o lugar onde o Altar de Pérgamo foi encontrado terá que viajar até a atual Turquia. Cerca de cem quilômetros ao norte da cidade portuária de Izmir se encontra Bergama – a antiga Pérgamo, que foi um dos centros culturais mais importantes da Antiguidade e cujas ruínas são hoje Patrimônio Mundial da Unesco, assim como a Ilha dos Museus em Berlim.
CA/dpa/dw
Museu de Pérgamo
Construído no início do século 20, o Museu de Pérgamo abriga a Coleção de Antiguidades Clássicas, o Museu do Antigo Oriente Próximo e o Museu de Arte Islâmica. Ali se encontram o Altar de Pérgamo e a Porta de Ishtar.
Foto: SMB/DW/C. Albuquerque
Museu de Pérgamo
Museu de Pérgamo, erguido em três alas entre 1910 e 1930, abriga a Coleção de Antiguidades Clássicas, o Museu do Antigo Oriente Próximo e o Museu de Arte Islâmica. Desde 2013, o prédio está sendo reformado segundo o Plano Diretor da Ilha dos Museus. Algumas salas não estão acessíveis ao público.
Foto: picture-alliance/dpa/dpaweb/J. Kalaene
Altar de Pérgamo
Pérgamo, Ásia Menor (atual Turquia), séc. 2° a.C. Devido a trabalhos de reforma e restauração, a sala do Altar de Pérgamo permanecerá fechada ao público até ao menos 2023.
Foto: SMB/DW/C. Albuquerque
Friso e esculturas
O Altar de Pérgamo no Museu de Pérgamo. Placas em alto-relevo do friso leste. Esculturas femininas do altar.
Foto: SMB/DW/C. Albuquerque
Mercado de Mileto
Porta do Mercado de Mileto, sec. 2° d.C.
Foto: SMB/DW/C. Albuquerque
Porta babilônica
Porta de Ishtar. Tijolos de argila, queimados e esmaltados. Babilônia, séc. 6° a.C.
Foto: SMB/DW/C. Albuquerque
Tijolos esmaltados
Touros no detalhe da Porta de Ishtar. Tijolos de argila, queimados e esmaltados. Babilônia, séc. 6° a.C.
Foto: SMB/DW/C. Albuquerque
Dionísio barbado
Busto de Dionísio com barba, séc. 1°-2° d.C.
Foto: SMB/DW/C. Albuquerque
Pérgamo e Baalbek
Parte do Templo de Zeus Philios. Pérgamo, início do séc. 2° d.C. (ao fundo).
Fragmento do Santuário de Júpiter Heliopolitano. Baalbek (Líbano), séc. 2° d.C.
Foto: SMB/DW/C. Albuquerque
Cabeça de Trajano
Estátua de imperador romano com cabeça substituída pela de Trajano, sec. 1° d.C.
Ao fundo, a Porta do Mercado de Mileto, sec. 2° d.C.
Foto: SMB/DW/C. Albuquerque
Arquitetura helenística
Sala da arquitetura helenística. Vista do propileu do Templo de Atena em Pérgamo.
Foto: SMB/DW/C. Albuquerque
Arte funerária
Arte funerária grega dos séculos 6° e 5° a.C.
Foto: SMB/DW/C. Albuquerque
Arte islâmica
Objeto de decoração em ouro proveniente do sul da Rússia, séc. 14-15.
Foto: SMB/DW/C. Albuquerque
Painéis de Aleppo
"Quarto de Aleppo". Painéis da parede da casa de um comerciante. Aleppo (Síria), 1600-1603. Pintura sobre madeira, altura: 2,60m, comprimento total: 35m.
Foto: SMB/DW/C. Albuquerque
Mosaicos de faiança
Mirhab (e.) da Mesquita de Beyhekim com versos do Corão. Konya (Turquia), meados do séc. 13. Mosaicos de faiança.
Foto: SMB/DW/C. Albuquerque
Incrustações coloridas e pintura
Nicho com estalactites de uma residência dos samaritanos (c.). Damasco, Síria, séc. 15-16. Mármore, incrustações coloridas e pintura.