Em jogo tecnicamente fraco, gol contra do zagueiro Michael McAuley garante a inédita classificação galesa para as quartas de final. Próximo adversário será definido no confronto entre Hungria e Bélgica.
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Num jogo em que ambas as equipes maltrataram a bola, o País de Gales contou com um gol contra de Gareth McAuley para eliminar a Irlanda do Norte da Eurocopa 2016 neste sábado (25/06), em Paris.
Não seria exagerado classificar esta partida como a mais fraca tecnicamente do torneio. A classificação para um mata-mata de Eurocopa já era algo inédito para ambos os países, por isso seria ainda mais histórico para País de Gales e Irlanda do Norte conseguir chegar entre as últimas oito seleções europeias. E ambas as equipes não queriam arriscar absolutamente nada.
Foi um clássico duelo britânico: com marcação forte, bolas alçadas e pouca criatividade. O primeiro tempo se limitou a um único lance de perigo, num gol anulado de Aaron Ramsey. O meia do Arsenal, algo como a segunda estrela da seleção galesa, depois de Gareth Bale, aproveitou um prolongamento de Sam Vokes e completou às redes, mas o impedimento foi corretamente assinalado.
A segunda etapa melhorou um pouco, com o País de Gales buscando um pouco mais o jogo ofensivo. Aos 8 minutos, Vokes teve uma boa chance, mas, desequilibrado, finalizou para fora. Cinco minutos depois, Bale cobrou falta com precisão, mas o goleiro norte-irlandês Michael McGovern defendeu.
E de acordo com o nível da partida, foi um gol contra que definiu o confronto. Aos 30 minutos, Bale recebeu na esquerda e cruzou rasteiro na pequena área. O zagueiro norte-irlandês Gareth McAuley tentou cortar, mas completou para as próprias redes.
Mesmo colocando três atacantes em campo, a Irlanda do Norte não conseguiu sequer uma finalização nos minutos restantes no Parc des Princes. País de Gales enfrenta agora, em 1º de julho, em Lille, o vencedor do confronto entre Hungria e Bélgica.
Arbitragem: Martin Atkinson (Inglaterra), auxiliado por seus compatriotas Michael Mullarkey e Stephen Child.
Gol: Gareth McAuley (contra 30'/2T)
Cartões amarelos: Stuart Dallas (44'/1T), Neil Taylor (13'/2T), Steven Davis (22'/2T), Aaron Ramsey (48'/2T)
País de Gales: Wayne Hennessey; James Chester, Ashley Williams e Ben Davies; Chris Gunter, Joe Allen, Joe Ledley (Jonathan Williams 18'/2T), Aaron Ramsey e Neil Taylor; Sam Vokes (Hal Robson-Kanu 10'/2T) e Gareth Bale. Técnico: Chris Coleman.
Irlanda do Norte: Michael McGovern; Aaron Hughes, Gareth McAuley (Josh Magennis 39'/2T), Craig Cathcart e Jonny Evans; Corry Evans, Steven Davis, Oliver Norwood (Niall McGinn 34'/2T), Jamie Ward (Conor Washington 24'/2T) e Stuart Dallas; Kyle Lafferty. Técnico: Michael O'Neill.
A criatividade da torcida na Euro 2016
Espalhafatosos, brincalhões, engraçados: os torcedores nas arquibancadas também são uma atração do torneio e às vezes chamam mais a atenção do que os jogadores.
A Albânia surpreendeu na competição e seus torcedores não ficaram atrás. Muitos fãs fazem com as mãos o desenho da águia duplicada, mas esse torcedor arrasou: delineou o símbolo que aparece na bandeira do seu país no próprio rosto. Vistos como azarões da Euro 2016, os albaneses estão perto de passar para as oitavas de final.
Foto: Getty Images/C. Brunskill
Bichos intrometidos
Coloridos e criativos, os torcedores anfitriões da Euro 2016 costumam apostar no tradicional galo como símbolo dos Le Bleu. Na torcida contra a Suíça, porém, a ave ganhou companhia de um animado cão dálmata, sabe-se lá por quê.
Foto: Reuters/S. Mahe
Coração romeno
Toda forma de amor vale a pena na torcida pela seleção nacional. Torcedores romenos frequentemente são flagrados fazendo o gesto com os polegares e indicadores. Em campo, no entanto, as ondas de amor não estão funcionando. Na primeira fase, a Romênia ficou em último lugar do grupo A.
Foto: Reuters/K. Pfaffenbach
Batata frita na cabeça
Nem só de diabos vermelhos é feita a Bélgica: as batatas fritas, prato nacional do país, também apareceram no jogo contra a Irlanda, que garantiu a participação da seleção nas oitavas da Euro 2016. Pelo menos é o que o chapéu dessa torcedora sugere.
Foto: Reuters/M. Dalder
Avante, toureiros!
As touradas são cada vez mais mal vistas por causa dos maus-tratos aos animais, mas a torcida leva a tradição para o estádio assim mesmo. Esses dois torcedores espanhóis sabem que agilidade, graça e movimentos rápidos fazem toda a diferença contra o oponente, seja ele um touro, seja a equipe adversária. Olé!
Foto: Reuters/Y. Herman
Vikings destemidos
Parece que os barcos dos vikings recém aportaram na costa francesa. Com alguns torcedores vestidos a caráter, cerca de 30 mil islandeses acompanham na França os jogos da sua seleção. Isso representa 8% da população do país nórdico.
Foto: Getty Images/M. Steele
Beijinho croata
Fundamental mesmo para se unir à torcida da seleção da Croácia é vestir xadrez vermelho e branco. Essas torcedoras mostram que, além de fogos de artifício, os croatas também jogaram beijinhos durante os jogos da Eurocopa. Beijo, em croata, é "poljubac".
Foto: picture-alliance/dpa/S.Allaman
Obelix belga
Esse torcedor belga parece não estar nem aí para o fato de os personagens Asterix e Obelix terem sido foram criados por um francês. Nas cores da bandeira belga, em vez da tradicional calça azul e branca, a fantasia fica ainda mais impressionante. Tudo pelos diabos vermelhos!
Foto: Reuters/K. Pfaffenbach
Legionários romanos
Tomara que o Obelix belga não tenha esbarrado com esses legionários romanos torcedores da Azzurra. Afinal, os soldados romanos são as vítimas favoritas dos gaulêses – depois dos javalis, claro.
Foto: picture-alliance/dpa/D. Dal Zennaro
Com uma ajudinha dos duendes
O caminho da Irlanda para a França é longo, mas nos ombros de um duende irlandês, figura folclórica do país, tudo fica mais fácil. Como sempre, ânimo é o que não falta para os irlandeses. O problema costuma estar dentro das quatro linhas.
Foto: picture-alliance/Offside/S. Stacpoole
Bigode obrigatório
Esse torcedor alemão apostou nas cores da bandeira nacional. O bigode lembra o visual dos soldados prussianos. Só ficou faltando o capacete militar com uma ponta no alto, outro um clichê germânico.
Foto: Reuters/D. Staples
Belas suecas
Dois barbados vestidos como uma personagem infantil? Num estádio, não tem problema. Os torcedores da Suécia encarnaram sua conterrânea Píppi Meialonga, famosa em livros e filmes na Europa. A fantasia brinca com outro clichê: o de que as suecas são sempre loiras, lindas e bem dispostas.