Vários líderes de nações africanas foram rápidos para saudar Lula por sua eleição. Eles contam com o líder brasileiro para melhorar as relações que retrocederam muito com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Anúncio
"O Brasil irá voltar a ter a África como uma prioridade nas suas relações com o mundo", afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva após se encontrar com seu homólogo da Guiné Bissau, Umaro Sissoco Embaló, no início de janeiro, em Brasília.
Os dois últimos mandatos de Lula (2003-2010) deixaram boas lembranças na África. Ele viajou para mais de 30 nações africanas e abriu embaixadas em 19 países. Por sua vez, o ex-presidente Jair Bolsonaro não visitou o continente uma única vez, manifestando seu desinteresse pela África.
"Acho que vamos voltar à estratégia original de Lula de uma relação mais próxima com a África e muito mais estreita com a África do Sul e os Brics", disse William Gumede, presidente da Democracy Works Foundation, com sede na África do Sul, em entrevista à DW.
"Por maior que seja o Brasil, o país é ainda uma economia em desenvolvimento. As questões africanas também são questões brasileiras", contou Gumede. "Por exemplo, [a busca por] comércio justo e acesso aos mercados mundiais, para os quais instituições globais como Bretton Woods ou a Organização Mundial do Comércio (OMC) precisam ser reformadas."
Impulso no comércio Brasil-África sob Lula
As políticas brasileiras sob Lula levaram a um aumento de seis vezes no comércio com a África durante seus dois primeiros mandatos. A intensificação das relações veio depois de décadas em que o Brasil tinha se distanciado do continente, diz Karine de Souza e Silva, professora de Relações Internacionais e Direito Internacional da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
"Após a abolição formal da escravatura, o Brasil se utilizou de vários expedientes para se distanciar do continente africano. As elites brasileiras sempre quiseram se mostrar internacionalmente como um país branco, dito 'civilizado'. Queriam uma aproximação maior com o Ocidente do que com o continente africano", relatou, em conversa com a DW.
Tudo mudou em 2003. A aproximação de Lula com a África naquele momento se deu por uma demanda da sociedade civil, em particular do movimento negro, explica a diplomata Irene Vida Gala, diplomata e especialista das relações do Brasil com o continente africano. "No programa de governo do Lula estava muito claro que o Brasil voltava para a África", lembra. Tal proposta estava tanto na área de política externa como também na promoção da igualdade racial, frisa.
A aproximação com a África também fazia sentido no contexto da desejada aproximação com os países do Hemisfério Sul em torno dos temas da cooperação Sul-Sul, um tema bastante importante para o governo Lula. "Havia interesses comuns, de intercâmbio político também, que fizeram com que o Brasil se voltasse mais para o continente africano", pontua Karine de Souza Silva.
Durante os governos de Lula, o Brasil expandiu toda sua atuação através do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), com que o governo brasileiro apoiou uma expansão da internacionalização das empresas brasileiras. Assim, por exemplo, obras em Angola receberam financiamento para mais de 80 projetos.
Como a gigante Odebrecht estava atuando naquele país, o financiamento das obras gerou manchetes críticas na imprensa brasileira. Tanto a chegada da crise econômica no Brasil, a partir de 2015, e os avanços da operação anti-corrupção Lava Jato colocaram a atuação do BNDES em países latino-americanos e africanos em dúvida.
Queda de interesse a partir do governo Dilma
Mas o interesse brasileiro na África começou a diminuir sob os sucessores de Lula, Dilma Rousseff e Michel Temer, devido à turbulência econômica global e às crises políticas domésticas. Sob Bolsonaro, a África desapareceu do radar político brasileiro.
Analistas afirmam que a África não deveria colocar muita esperança numa ajuda econômica do Brasil, mesmo depois de Lula voltar à Presidência. Isso porque as circunstâncias mudaram desde seu primeiro mandato e, além disso, o país está sendo assolado por crise política, inflação alta, dificuldades na economia e problemas de infraestrutura.
Vozes críticas na África
Isso é uma má notícia para os países de língua portuguesa, que sempre estiveram particularmente próximos da nação sul-americana. Por exemplo, o Brasil foi o primeiro país a reconhecer a independência de Angola, em 1975.
Desde então, cerca de 80 acordos bilaterais foram assinados, impulsionando investimentos. Como resultado, é provável que Angola continue sendo um dos maiores parceiros comerciais do Brasil no continente africano.
Mas essa relação bilateral não é isenta de falhas. Empresas brasileiras, especialmente dos setores de diamantes, petróleo e construção, têm se envolvido em casos de corrupção. Em 2017, por exemplo, a Odebrecht admitiu em um tribunal de Nova York que pagou US$ 50 milhões (R$ 260 milhões) em subornos para garantir contratos em Angola e Moçambique. A Odebrecht já foi o maior empregador privado de Angola.
Alguns analistas esperam que, devido às acusações de corrupção que levaram Lula à prisão antes que o Supremo Tribunal Federal (STF) anulasse a sentença, o presidente deve agora dar mais atenção aos negócios das empresas brasileiras no exterior.
O pesquisador e ativista angolano Rafael Marques manifestou dúvidas. "As relações entre Angola e Brasil se tornarão mais transparentes apenas quando os governos brasileiro e angolano se tornarem menos corruptos, e os países tiverem instituições funcionais, especialmente um sistema judiciário funcional", disse Marques à DW.
Anúncio
A necessidade de combater a corrupção
Os moçambicanos estão ainda mais cautelosos com o seu aliado sul-americano. Até 2014, e antes de ser superado pela China, o Brasil era o principal parceiro comercial do país.
Mas os investimentos brasileiros em Maputo também foram prejudicados pela corrupção e por questões, por exemplo, ambientais e de direitos humanos.
A Vale foi uma das empresas que abandonou o país em 2021, desfazendo o maior investimento do Brasil na África. Moçambique ainda vive um grande escândalo financeiro que envolveu a Odebrecht e que veio à tona durante as investigações que culminaram na prisão de Lula.
A ativista Fátima Mimbire espera que a volta de Lula ao poder ajude a esclarecer o caso. Mas "se ele tiver alguma ligação com esse escândalo e se não houver independência dos sistemas de justiça brasileiro e moçambicano", o presidente brasileiro pode fazer exatamente o contrário, disse Mimbire à DW.
Muitos interesses comuns
A história da África está ligada ao Brasil desde o século 16, quando os portugueses levaram milhões de escravos de suas colônias africanas para a América do Sul. Como resultado, cerca de 50% da população brasileira tem alguma ascendência africana.
Irene Vida Gala vê muito espaço para futuras parcerias. Entre os interesses comuns mais importantes estão o meio ambiente, a proteção das florestas tropicais, como a Amazônia e a Floresta do Congo, a biodiversidade, a exploração sustentável dos recursos minerais e a luta contra a pobreza e a desigualdade.
"O Brasil tem muito a oferecer, como tecnologia na área de produção agrícola e segurança alimentar, financiamento agrícola e industrialização da cadeia alimentar", disse Gala à DW.
Os críticos brasileiros de laços mais fortes com a África apontam para escândalos de corrupção no passado e problemas de direitos humanos em alguns países africanos. Karine de Souza Silva, da UFSC, disse que as preocupações dos movimentos de direitos humanos são legítimas.
Mas ela também voltou a apontar para uma minoria que preferia construir relações com os países "brancos" em detrimento das nações do Hemisfério Sul. "Essa concepção colonial de que a África é um continente pobre e que não tem nada a oferecer é equivocada e racista".
A trajetória política de Lula
Das greves no ABC à Presidência. Da condenação pela Lava Jato ao terceiro mandato. Os principais momentos políticos na vida de Luiz Inácio Lula da Silva.
Foto: Getty Images/AFP/C. Petroli
Lula e as greves do ABC
Em 1975, Lula foi eleito presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e ganhou projeção nacional ao liderar uma série de greves no final da década. Em 1980, foi preso e processado com base na Lei de Segurança Nacional após comandar uma paralisação que durou 41 dias. Lula ficou 31 dias no cárcere do Dops (Departamento Estadual de Ordem Política e Social).
Foto: Instituto Lula
Fundação do PT
Em 10 de fevereiro de 1980, pouco antes de ser preso, Lula ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores (PT) com apoio de intelectuais e sindicalistas. Em maio do mesmo ano, ao sair do cárcere, foi eleito o primeiro presidente do partido. O pernambucano, então, ingressaria de vez na política: em 1982, concorreu ao governo de São Paulo e, em 1986, foi eleito deputado constituinte.
Foto: Getty Images/AFP/C. Petroli
A campanha de 1989
O PT lançou a candidatura de Lula nas primeiras eleições presidenciais diretas após o fim do regime militar. Com uma imagem de operário e um discurso de esquerda, Lula provocou temor em vários setores da economia, que se alinharam ao candidato Fernando Collor. O petista foi derrotado no segundo turno, depois de uma campanha que envolveu acusações de manipulação da imprensa a favor de Collor.
Foto: picture-alliance/dpa/R. Gostoli
A campanha de 1994
No embalo das primeiras denúncias de irregularidades no governo Collor, Lula lançou, em 1992, o movimento "Fora Collor" em apoio ao impeachment. Em 1994, concorreu novamente à Presidência, com Aloizio Mercadante como vice, mas foi derrotado no primeiro turno por Fernando Henrique Cardoso (PSDB), lançado como "pai do Plano Real". O PT, por outro lado, elegia seus primeiros governadores (DF e ES).
Foto: Getty Images/AFP/A. Scorza
A campanha de 1998
Em 1998, Lula sofreu uma de suas piores derrotas eleitorais. À época, o petista teve como candidato a vice o ex-governador Leonel Brizola (PDT), um dos seus rivais na eleição de 1989 e com quem disputava a hegemonia na esquerda brasileira. A fórmula não deu certo. Lula obteve só 31% dos votos, e o então presidente Fernando Henrique Cardoso foi reeleito com 53% no primeiro turno.
Foto: picture alliance/AP Photo/R. Gostoli
A posse de Lula
O eterno candidato do PT finalmente assumiu a Presidência em janeiro de 2003, após oito anos de governo do PSDB. Lula foi eleito com 61% dos votos válidos no segundo turno. A vitória foi alcançada após uma campanha que vendeu uma imagem mais moderada do petista – simbolizada no slogan "Lulinha paz e amor" – com o objetivo de acalmar os mercados e ampliar o eleitorado do partido.
Foto: O. Kissner/AFP/Getty Images
Economia em alta
Após as turbulências no final do governo Fernando Henrique Cardoso, a economia brasileira voltou a crescer com Lula, embalada sobretudo pelo boom das commodities. Foi o período da descoberta do pré-sal e investimentos em grandes obras de infraestrutura. O crescimento médio do PIB no segundo mandato chegou a 4,6%. O bom momento catapultou a popularidade de Lula, que chegou a 87% no final de 2010.
Foto: AP
Queda na desigualdade
Os programas sociais lançados por Lula, como Minha Casa, Minha Vida e ProUni, também contribuíram para a popularidade do presidente. O Bolsa Família, criado em 2004 a partir da unificação de outros programas de transferência de renda, se tornaria o carro-chefe. Quase 28 milhões de brasileiros saíram da zona de pobreza nos oito anos do governo Lula, afirmou um balanço em 2010.
Foto: Vanderlei Almeida/AFP/Getty Images
O escândalo do mensalão
Em 2005, o governo Lula foi atingido em cheio pelo escândalo de compra de votos de deputados, o mensalão. Apesar do desgaste, Lula sobreviveu à crise. Outros, como o ministro José Dirceu, uma das figuras fortes do governo, caíram em desgraça. No início, Lula afirmou que assessores o haviam "apunhalado", mas depois mudou o discurso e disse que o caso era uma invenção da oposição e da imprensa.
Foto: picture alliance / dpa / picture-alliance
A eleição de Dilma
Em 2007, logo após ser reeleito com mais de 60% dos votos, Lula começou a preparar o terreno para a sua sucessão. Como sucessora, ele escolheu a sua então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma tecnocrata sem experiência nas urnas. Nos três anos seguintes, Lula promoveu a imagem de Dilma junto aos brasileiros. A estratégia funcionou, e ela foi eleita em 2010.
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/EBC
Prestígio mundial
Durante a Presidência, Lula gozou de prestígio mundial e se reuniu com os mais importantes chefes de Estado do planeta. Em abril de 2009, em um encontro do G20, o presidente dos EUA na época, Barack Obama, cumprimentou o colega e disse: "Adoro esse cara! O político mais popular da Terra". No mesmo ano, Lula apareceu em 33º lugar na lista das pessoas mais poderosas do mundo da revista Forbes.
Foto: AP
Luta contra o câncer
Em outubro de 2011, Lula foi diagnosticado com câncer na laringe, sendo submetido a um agressivo tratamento – pela primeira vez desde 1979, ele aparecia sem a barba. Exames apontaram a remissão completa do tumor cerca de cinco meses depois, e Lula voltou a se engajar nas campanhas do PT. Uma das grandes vitórias eleitorais de 2012 foi a de Fernando Haddad na Prefeitura de São Paulo.
Foto: AFP/Getty Images
Lula e a Lava Jato
Em março de 2016, Lula foi alvo de um mandado de condução coercitiva na Operação Lava Jato, que investigou escândalos de corrupção na Petrobras. O ex-presidente foi levado para depor sobre um sítio em Atibaia, um triplex no Guarujá e sua relação com empreiteiras investigadas na Lava Jato. No mesmo dia, a PF cumpriu mandados em residências do petista e de sua família, além do Instituto Lula.
Foto: Reuters/P. Whitaker
Réu em diferentes processos
Nos meses seguintes, Lula foi denunciado por uma série de crimes, como corrupção passiva, lavagem de dinheiro, obstrução da Justiça e tráfico de influência, tornando-se réu em cinco processos diferentes. O petista sempre desmentiu as acusações, negou a prática de crimes e disse ser vítima de perseguição política. Ele também negou ser proprietário dos imóveis investigados.
Foto: picture-alliance/abaca
Morre Marisa Letícia
Em fevereiro de 2017, morreu a ex-primeira-dama Marisa Letícia. Lula e Marisa se conheceram em 1973, no Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo. Ela esteve ao lado do marido durante a sua ascensão política, desde os tempos do sindicato, quando liderou passeata em apoio a sindicalistas presos, passando pela fundação do PT, costurando a primeira bandeira do partido, até a Presidência.
Foto: Reuters/N. Doce
Caravana pelo país
Visando uma nova candidatura à Presidência no ano seguinte, Lula começou em 2017 uma caravana pelo Brasil que reuniu milhares de pessoas. Em junho de 2018, o PT confirmou sua pré-candidatura, mesmo com ele já preso. Em agosto, o Tribunal Superior Eleitoral impediu que ele concorresse. Como sucessor, Lula escolheu Fernando Haddad, que chegou ao segundo turno, mas foi derrotado por Jair Bolsonaro.
Foto: Ricardo Stukert /Instituto Lula
Lula é condenado
Lula foi condenado pela primeira vez em 12 de julho de 2017. A sentença do juiz Sergio Moro determinou 9 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva, ligados ao triplex no Guarujá. O TRF-4 confirmou a condenação em segunda instância, além de aumentar a pena para 12 anos e um mês de prisão. Foi a primeira condenação de um ex-presidente por corrupção no Brasil.
Foto: Abr
Derrota no STF
Por 6 votos a 5, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) negaram, em 4 de abril de 2018, um pedido de habeas corpus preventivo apresentado pela defesa de Lula para evitar uma eventual prisão após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça Federal. Manifestantes contrários e a favor de Lula foram às ruas por ocasião do julgamento.
Foto: picture alliance/AP Photo/S. Izquierdo
Lula se entrega à PF
Em 7 de abril de 2018, Lula se entregou à Polícia Federal, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema, após ordem de prisão expedida por Sergio Moro. Antes de se entregar, Lula fez um discurso acalorado aos apoiadores. De Congonhas, Lula partiu de avião para Curitiba, onde começou a cumprir sua pena.
Foto: Paulo Pinto/Instituto Lula
Vigília em frente à PF em Curitiba
Depois da prisão de Lula, apoiadores do ex-presidente revezaram-se em um acampamento em frente à Polícia Federal de Curitiba, onde ele permaneceu preso. O local recebeu constantes visitas de políticos e de artistas, do Brasil e do exterior. Apoiadores também realizaram caravanas pelo país, com o slogan "Lula Livre". Em fevereiro de 2019, Lula também foi condenado no caso do sítio em Atibaia.
Foto: Ricardo Stuckert
Solto após 19 meses na prisão
Lula deixou a prisão em 8 de novembro de 2019, depois de passar um ano e sete meses na sede da Polícia Federal em Curitiba. A soltura ocorreu após o STF derrubar uma decisão que autorizava a prisão em segunda instância, beneficiando diretamente o petista, que passou a recorrer em liberdade. Após deixar a prisão, Lula fez um discurso para apoiadores repleto de críticas à Lava Jato.
Foto: picture-alliance/AP Photo/L. Correa
Supremo anula condenações
Após o fim da prisão, a campanha "Lula Livre" focou na anulação de suas condenações. Os advogados do petista recorreram até o Supremo, alegando que ele era vítima de perseguição judicial. Em abril de 2021, o plenário do Supremo concluiu que Moro não era o juiz competente para atuar nos processos do petista, e dois meses depois decidiu que Moro era parcial. As condenações de Lula foram anuladas.
Foto: Alexandre Schneider/Getty Images
Uma aliança inesperada
A preparação da sexta campanha presidencial de Lula envolveu uma costura política inusitada. O petista e aliados articularam para ter como vice o ex-governador paulista Geraldo Alckmin, que foi filiado ao PSDB por 33 anos e era seu antigo adversário. A aproximação teve o objetivo de atrair o voto conservador e vingou: em abril de 2022, o PSB, novo partido de Alckmin, confirmou sua indicação.
Foto: Ricardo Stuckert/AFP
Em busca do voto anti-Bolsonaro
Lula lançou sua pré-candidatura em maio de 2022, defendendo a união de pessoas de orientações políticas variadas contra a reeleição do presidente Jair Bolsonaro. No evento, Alckmin prometeu lealdade, disse que o futuro do Brasil "está em jogo" e foi aplaudido pelos petistas.
Foto: NELSON ALMEIDA/AFP
Triunfo na busca por terceiro mandato
Após uma das campanhas mais tensas da história brasileira, Lula conquistou novamente a Presidência. Com apoio de uma frente ampla que reuniu forças de centro e antigos adversários, o petista impôs uma derrota inconteste sobre o extremista de direita Jair Bolsonaro. Aos 77 anos, Lula se tornou o político mais velho a conquistar o Planalto.