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Países da Apec condenam a guerra na Ucrânia

19 de novembro de 2022

Declaração final da cúpula usa linguagem semelhante à do encontro do G20 e frisa que "maioria" dos 21 membros condena agressão russa a país vizinho como causa de sofrimento humano e entrave à economia global.

Homens reunidos em mesas diante de parece com letreiro da Apec
Com declaração similar à do G20, Apec alcança na última hora posição de consenso que faltavaFoto: The Yomiuri Shimbun/AP/picture alliance

Os líderes reunidos na cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) condenaram neste sábado (19/11) em sua "maioria" a invasão russa da Ucrânia, na declaração final do encontro, realizado em Bangkok, capital da Tailândia.

"A maioria dos membros condenou a guerra na Ucrânia e enfatizou que ela causa imenso sofrimento humano e exacerba as fragilidades existentes na economia global", disse o texto, divulgado no encerramento da cúpula de 21 membros da Apec.

Linha semelhante à do G20

A declaração, assinada por Rússia e China, que integram a Apec, segue a linguagem semelhante à da declaração do G20, que se reuniu na semana passada em Bali.

A maioria das 20 economias mais desenvolvidas do mundo "condenou veementemente a guerra na Ucrânia" e salientou as devastadoras consequências humanas e econômicas globais do conflito, segundo a declaração conjunta divulgada no final da cúpula realizada em Bali, na Indonésia, entre terça e quarta-feira passadas.

O texto da declaração final da Apec é semelhante ao comunicado acordado na sexta-feira entre os ministros do Exterior e do Comércio das 21 economias, e alcança na última hora uma posição de consenso que vinha faltando durante o mandato da presidência da Tailândia.

Em nenhuma das anteriores reuniões ministeriais tinha sido possível chegar a um acordo sobre uma declaração conjunta devido ao veto da Rússia às referências à guerra na Ucrânia impostas por alguns dos países, especialmente os EUA.

O documento aprovado se refere, entre outros temas, à recuperação econômica após a pandemia de covid-19 e à necessidade de dinamizar o comércio e o investimento para regenerar o crescimento econômico sustentável e contribuir para a redução da pobreza.

Fórum marcado por ausências notáveis

Entre os líderes que participaram do encontro estão o presidente chinês, Xi Jinping, os primeiros-ministros do Japão, Fumio Kishida, e da Austrália, Anthony Albanese, além do presidente chileno, Gabriel Boric, entre outros.

O encontro foi ainda marcado por ausências notáveis, como a do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, devido ao casamento de uma neta no sábado na Casa Branca, e do presidente da Rússia, Vladimir Putin, assim como dos seus homólogos do Peru, Pedro Castillo, e do México, Andrés Manuel López Obrador.

A cúpula da Apec não é presencial desde 2018, já que em 2019 foi suspensa devido a protestos no Chile e nos últimos dois anos devido à pandemia.

Fundada em 1989, a organização estabeleceu como meta criar uma zona de livre comércio na região da Ásia-Pacífico e fortalecer o crescimento econômico nos Estados membros, por meio da remoção de barreiras comerciais. No entanto, as resoluções da Apec não são vinculativas, o que é considerado um ponto fraco da organização.

Bem mais de um terço da população mundial vive nos países da Apec. Juntos, o bloco gera cerca de 60% do produto interno bruto global.

md (AFP, EFE)

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