Países da UE decidem fechar fronteiras por 30 dias
17 de março de 2020
Líderes apoiam proposta da Comissão Europeia e prometem implementá-la imediatamente a fim de conter pandemia de coronavírus. Com raras exceções, somente cidadãos e residentes legais terão entrada autorizada no bloco.
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Os líderes dos 27 países-membros da União Europeia (UE) concordaram nesta terça-feira (17/03) em fechar as fronteiras externas do bloco durante 30 dias a fim de conter a propagação do novo coronavírus, anunciaram autoridades europeias.
A proibição deve ter efeito imediato e "exceções muito limitadas", disse a chanceler federal alemã, Angela Merkel, em coletiva de imprensa após uma reunião por vídeo com os demais líderes europeus. Cidadãos da UE, residentes legais, diplomatas e alguns funcionários de saúde e transporte terão passe livre.
Além disso, segundo a chefe de governo alemã, cidadãos de países-membros da Associação Europeia de Livre Comércio (Efta, na sigla em inglês) – Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça – e do Reino Unido também estarão isentos da proibição.
Merkel disse que os Estados-membros concordaram ainda em adotar "ações coordenadas" para trazer de volta cidadãos que estão fora da UE e não têm recursos para retornar a seus países.
Com a medida de proibir a entrada de maior parte dos estrangeiros, os países adotam assim uma proposta apresentada pela Comissão Europeia na véspera. Segundo a presidente do órgão, Ursula von der Leyen, a proposta recebeu apoio unânime dos Estados-membros. "Agora cabe a eles implementá-la. Eles disseram que o fariam imediatamente."
Von der Leyen afirmou que os governantes também apoiaram a proposta de criar "pistas verdes" para a livre passagem de caminhões e outros veículos prioritários, para que estes não fiquem presos nos longos engarrafamentos que se formaram nos pontos de passagem nas fronteiras internas do bloco, onde nenhuma verificação de identificação ou veículo era exigida até alguns dias atrás.
Segundo a líder europeia, essas diretrizes de transporte precisam ser implementadas imediatamente. Até agora, nove países informaram a Comissão Europeia sobre a reintrodução de checagem nas fronteiras internas do Espaço Schengen (área de livre circulação de pessoas), entre eles Áustria, Hungria, República Tcheca e Polônia.
"Estamos prontos para fazer tudo que for necessário. Não devemos hesitar em tomar medidas adicionais conforme a situação evoluir", acrescentou Von der Leyen.
"Reafirmamos a necessidade de trabalhar juntos e fazer tudo que for necessário para enfrentar essa crise e suas consequências", afirmou, por sua vez, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, após a reunião desta terça-feira.
Ele disse que, durante o encontro, os líderes pediram o compartilhamento de informações acerca de pesquisas científicas a fim de "desenvolver uma vacina que esteja disponível para todos que precisem dela". "Convidamos os Estados-membros a apoiar empresas europeias nesse sentido", afirmou.
Segundo Michel, os chefes de governo e Estado europeus voltarão a debater na próxima semana, também por videoconferência, a crise causada pela doença covid-19.
Até o momento, 61.098 casos de infecção por coronavírus foram confirmados na Europa – novo epicentro do surto, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) –, e 2.740 pessoas morreram em decorrência da doença, a grande maioria na Itália. Os dados são do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças.
Vacinas protegem o corpo, criando resistência contra doenças. As vacinas são feitas com substâncias e microrganismos inativados ou atenuados que, quando introduzidos no organismo, estimulam a reação do sistema imune.
Foto: picture-alliance/imagebroker
Catapora
Também chamada de varicela, é uma doença infecciosa altamente contagiosa, causada pelo vírus Varicela-Zoster. Os principais sintomas são manchas vermelhas e bolhas no corpo, acompanhadas de muita coceira, mal-estar, dor de cabeça e febre. As bolhas costumam surgir primeiro no rosto, tronco e couro cabeludo e, depois, se espalham. Em alguns dias, elas começam a secar e cicatrizam.
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Sarampo
É uma doença infecciosa grave, que pode ser fatal, causada por um vírus do gênero Morbilivirus, transmitida através de secreção oral ou nasal. É tão contagiosa que uma pessoa infectada pode transmitir a doença para 90% das pessoas próximas que não estejam imunes. Os principais sintomas são: manchas avermelhadas na pele, febre, tosse, mal-estar, conjuntivite, coriza, otite, pneumonia e encefalite.
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Hepatite B
Um dos cinco tipos de hepatite existentes no Brasil, a B é causado por um vírus. A falta de sintomas na fase inicial dificulta o diagnóstico. Muitas vezes, é detectada décadas após a infecção, por sintomas como tontura, enjoo, vômito, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados. Hepatite B não tem cura, mas o tratamento pode reduzir o risco de complicações, como cirrose e câncer hepático.
Foto: picture-alliance/dpa
Caxumba
É uma infecção viral aguda e contagiosa, que na maioria das vezes afeta as glândulas parótidas, que produzem a saliva, ou as submandibulares e sublinguais, próximas ao ouvido. É causada por um vírus e transmitida através de gotículas de saliva. O sintoma mais característico é o aumento das glândulas salivares. O agravamento da doença pode levar à surdez ou esterilidade.
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Rubéola
É uma doença viral aguda, altamente contagiosa. A forma congênita, transmitida da mãe para o filho durante a gestação, é a mais grave porque pode provocar, por exemplo, surdez e problemas visuais no bebê. A transmissão acontece por meio de secreções expelidas ao tossir, respirar ou falar. Os principais sintomas são dor de cabeça e no corpo, ínguas, febre e manchas avermelhadas.
Foto: picture-alliance/dpa/J.P. Müller
Difteria
É uma doença transmissível causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae, que atinge as amígdalas, faringe, laringe, nariz e, ocasionalmente, outras partes do corpo, como pele e mucosas. A transmissão ocorre por meio da tosse, espirro ou por lesões na pele. Entre os principais sintomas estão: membrana grossa e acinzentada cobrindo as amígdalas, gânglios inchados e dificuldade para respirar.
Foto: picture-alliance/OKAPIA KG/G. Gaugler
Tétano
Ao contrário da maioria das doenças evitadas com vacina, o tétano não é contagioso. É causado por uma toxina produzida pela bactéria Clostridium tetani, que, sob a forma de esporos, é encontrada em fezes, na terra, em plantas e em objetos e pode contaminar pessoas por meio de lesões na pele, como feridas, cortes ou mordidas de animais. Um dos sintomas é a rigidez muscular em todo o corpo.
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Tuberculose
É uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis, também chamado bacilo de Koch. Afeta principalmente os pulmões, mas pode acometer outros órgãos e sistemas. Tem como principais sintomas tosse por mais de duas semanas, produção de catarro, febre, sudorese, cansaço e dor no peito. A transmissão ocorre pela respiração, por espirros e pela tosse.
Foto: picture-alliance/BSIP/NIAID
Febre Amarela
É uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores. Não há transmissão direta de pessoa para pessoa. Os principais sintomas são início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores no corpo, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. No ciclo silvestre, os vetores são mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes e, no ciclo urbano, é o Aedes aegypti.
Foto: R. Richter
Coqueluche
É uma infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella pertussis. Se não for tratada, pode levar à morte de bebês menores de seis meses. A transmissão ocorre, principalmente, pelo contato direto com gotículas eliminadas por tosse, espirro ou fala. No começo, os sintomas são parecidos com os de um resfriado, mas podem evoluir para tosse severa e descontrolada, comprometendo a respiração.
Foto: Imago Images/blickwinkel/McPhoto
Poliomielite
Também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes. Nos casos graves, acontecem paralisias musculares irreversíveis. Devido à intensa vacinação, com a famosa "gotinha", no Brasil não há circulação do vírus desde 1990.