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Países fundadores da UE pedem pressa ao Reino Unido

25 de junho de 2016

Reunidos em Berlim, ministros do Exterior querem que britânicos iniciem processo de saída "o mais rapidamente possível" e pedem que Reino Unido tenha um novo primeiro-ministro logo.

Jean Asselborn, Paolo Gentiloni, Didier Reynders, Frank-Walter Steinmeier, Jean-Marc Ayrault e Bert Koenders em Berlim
Jean Asselborn, Paolo Gentiloni, Didier Reynders, Frank-Walter Steinmeier, Jean-Marc Ayrault e Bert Koenders em BerlimFoto: Reuters/A. Schmidt

Os seis países fundadores da União Europeia (UE) afirmaram neste sábado (25/06) que querem que o Reino Unido inicie o seu processo de saída "o mais rapidamente possível", e a França apelou para que um novo primeiro-ministro britânico tome posse logo.

O ministro alemão do Exterior, Frank-Walter Steinmeier, anfitrião da reunião em Berlim, afirmou que os seis países concordam que Londres não deve demorar para iniciar os procedimentos de saída da União Europeia.

"Esse processo deve se iniciar o mais rapidamente possível, para que não nos vejamos num limbo prolongado e possamos nos focar e trabalhar no futuro da Europa", afirmou Steinmeier.

O seu colega francês, Jean-Marc Ayrault, acrescentou ser urgente que o primeiro-ministro britânico, David Cameron, que nesta sexta-feira disse que só renunciará em outubro, abra logo caminho para uma nova liderança que conduza a transição para a saída do Reino Unido.

"Deve ser designado um primeiro-ministro, isso só demora alguns dias", afirmou. Ao anunciar a sua renúncia, Cameron afirmou que seu sucessor deverá liderar as negociações do processo de saída.

Steinmeier, Ayrault e os ministros holandês Bert Koenders, italiano Paolo Gentiloni, belga Didier Reynders e luxemburguês Jean Asselborn defenderam, no entanto, que esse tempo deve ser reduzido.

"Compreendemos e respeitamos o resultado [do referendo] e entendemos que o Reino Unido está agora concentrado em si mesmo", afirmou Steinmeier ao lado dos demais. "Mas Londres tem responsabilidades que vão para além do Reino Unido", afirmou.

AS/lusa/dpa/afp