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Países fundadores do Mercosul dão ultimato à Venezuela

14 de setembro de 2016

Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai não permitem que país assuma a presidência rotativa do bloco e afirmam que Caracas será suspensa caso não acate determinações jurídicas até dezembro.

Nicolás Maduro
Governo do presidente Nicolás Maduro (c) acusa os países fundadores de boicotar a VenezuelaFoto: Reuters/Miraflores Palace

Os países fundadores do Mercosul – Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai – anunciaram nesta terça-feira (13/09) que não vão permitir que a Venezuela ocupe a presidência semestral da organização e deram um ultimato ao país para evitar sua suspensão.

Em comunicado, os ministros do Exterior dos quatro países afirmaram que assumirão conjuntamente a presidência do Mercosul. A Venezuela deveria ter assumido a liderança do bloco em julho, sucedendo o Uruguai.

Os quatro países ameaçaram suspender o país do bloco caso o país não acate as "disposições jurídicas" do bloco até o início de dezembro. Desde a entrada da Venezuela no Mercosul, em 2012, Caracas ratificou apenas um número restrito de normas jurídicas do bloco, relacionadas a questões políticas, comércio e direitos humanos.

O ministro brasileiro das Relações Exteriores, José Serra, declarou através do Twitter que a Venezuela será suspensa do bloco caso não obedeça ao prazo determinado para cumprir os compromissos assumidos.

No dia 29 de julho, a Venezuela anunciou que assumia a presidência rotativa. Na ocasião, o Brasil informou os demais países fundadores que em seu entendimento a presidência estava "vaga", uma vez que não havia consenso sobre a Venezuela. A Argentina e o Paraguai se posicionaram contra uma presidência venezuelana do bloco.

No início de agosto, Caracas hasteou a bandeira do Mercosul e divulgou um comunicado afirmando que assumira a presidência rotativa do bloco, acusando o Brasil, Argentina e Paraguai de boicotar o país.

RC/ap/lusa

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