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Crise financeira

Agências (ca)5 de dezembro de 2008

Em 2009, paira sobre a República Federal Alemã ameaça de maior recessão desde sua fundação. FMI e Banco Central alemão esperam diminuição de 0,8% do PIB do país para o ano que vem. Indústria é preocupação da economia.

Indústria é a grande preocupação da economia alemãFoto: picture-alliance/ dpa

Segundo o relatório do Bundesbank (Banco Central alemão), divulgado nesta sexta-feira (05/12), o Produto Interno Bruto do país deverá cair 0,8% em 2009. Somente em 2010 o Bundesbank espera um reaquecimento da economia alemã.

As últimas grandes quedas no rendimento macroeconômico da Alemanha aconteceram em 1975, com uma desaceleração de 0,9% devido à crise do petróleo, e em 1993 após o final do boom da reunificação alemã com um decréscimo de 0,8%. Além disso, o PIB alemão diminuiu em 1967 e 1982, em comparação ao respectivo ano anterior. Pela última vez, em 2003, o rendimento econômico alemão apresentou um decréscimo de 0,2%.

O indicador da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômicos (OCDE) aponta forte arrefecimento da economia alemã para o ano que vem. Cerca de 700 mil pessoas ficarão desempregadas na Alemanha nos próximos dois anos, prevê a OCDE.

Dramática situação conjuntural

Devido à dramática situação conjuntural, os prognósticos sobre a economia alemã foram corrigidos para baixo. A República Federal Alemã parte assim para o seu sexto ano de recessão desde sua fundação em 1949.

A grande preocupação da economia é a indústria. Em outubro último, as encomendas diminuíram em 6,1% em comparação ao mês anterior, como foi anunciado pelo Ministério alemão da Economia nesta sexta-feira. Com exceção de agosto último, a tendência é decrescente desde dezembro de 2007.

Somente no final de 2009, espera-se que a situação da indústria alemã se recupere, afirmou o economista-chefe da Confederação Alemã das Câmaras de Indústria e Comércio (DIHK), Volker Treier.

Longa recessão em todos os países industrializados

O ano de 2009 deverá ser o sexto ano de recessão na Alemanha desde 1949Foto: picture-alliance / chromorange

Nas últimas semanas, uma série de instituições, entre elas o próprio governo federal alemão, reduziu seus prognósticos de crescimento para o próximo ano. O governo de Berlim considerou otimista a expectativa de minicrescimento de 0,2% em 2009. O Ministério alemão da Economia afirmou que a expectativa era realista. O Conselho dos Cinco Sábios, órgão de aconselhamento do governo alemão para assuntos econômicos, reduziu sua previsão de crescimento de 0% para -0,2%.

Da mesma forma que o Bundesbank, o Fundo Monetário Internacional (FMI) também espera uma diminuição do PIB alemão em 0,8% para o ano que vem. Segundo os prognósticos do FMI, pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, o conjunto de todos os países industrializados entrará numa longa recessão em 2009. O total de suas economias encolherá em 0,3%, prognostica o FMI.

A OCDE, que engloba 30 países industrializados, também está pessimista. Devido ao enfraquecimento da economia de países parceiros e devido ao decréscimo dos investimentos, a organização espera que a economia alemã encolha em torno de 0,8% em 2009. A OCDE prognostica que 700 mil alemães perderão seus empregos até fins de 2010.

Brasil deverá ser país menos atingido pela crise

Segundo o Indicador Composto Avançado (CLI) da OCDE, que alerta para a evolução da economia de seus países-membros, o indicador para a Alemanha caiu 1,6 ponto em outubro de 2008 e foi 8,3 pontos menor do que o registrado há um ano. Na zona do euro, o CLI diminuiu 0,9 ponto em outubro e ficou 3,3 pontos abaixo do indicado há um ano.

Com exceção da economia do Brasil, que entre os países pesquisados apresentou somente uma "tendência de decréscimo", as outras grandes economias mundiais deverão sofrer um "forte arrefecimento" no ano que vem.

Segundo o Indicador Composto Avançado da OCDE, divulgado nesta sexta-feira (05/12), o Brasil deverá ser o país menos atingido pela atual crise financeira global. Em relação ao Brasil, o indicador caiu 0,3 ponto em outubro último e foi 0,4 ponto menor do que um ano atrás.

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