Incêndio em réplica de palácio prussiano em construção gerou grande nuvem de fumaça escura sobre a capital alemã. Fogo logo foi controlado, mas um operário ficou ferido. Prédio abrigará o centro cultural Fórum Humboldt.
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Uma pessoa ficou ferida após um incêndio eclodir na réplica de um palácio prussiano em construção na capital alemã, o Palácio da Cidade de Berlim (Berliner Stadtschloss), na manhã desta quarta-feira (08/04).
Segundo o Corpo de Bombeiros da capital alemã, cerca de 80 homens foram enviados ao local, e o fogo foi rapidamente controlado. A pessoa ferida, um operário, foi atendida por equipes de resgate.
Uma grande nuvem de fumaça escura foi vista sobre a construção, localizada no famoso bulevar Unter den Linden, no coração da cidade. Segundo os Bombeiros, a fumaça resultou da queima de materiais de construção e caldeiras de betume, que pegaram fogo na área externa do prédio.
A polícia de Berlim afirmou não haver indícios de que o fogo tenha sido provocado deliberadamente, mas disse que a causa do incêndio será investigada.
A réplica do palácio abrigará um centro cultural e de exposições, o Fórum Humboldt. A primeira parte do local deve ser inaugurada em setembro deste ano. Inicialmente, o plano era que o centro, com 40 mil metros quadrados, abrisse as portas no ano passado, mas as obras atrasaram.
Os custos da construção subiram dos inicialmente planejados 552 milhões para 644 milhões de euros. A obra é financiada sobretudo por fundos estatais.
A dinastia prussiana dos Hohenzollern usou o palácio barroco, finalizado no século 18, como sua residência de inverno até o fim da Primeira Guerra Mundial, quando o último imperador alemão, Guilherme 2º, foi forçado a abdicar. O local foi transformado num museu durante a República de Weimar, mas foi negligenciado pelos nazistas.
O prédio foi seriamente danificado na Segunda Guerra Mundial, e demolido em 1950 por ordens do então líder da comunista República Democrática Alemã (RDA), Walter Ulbricht. Poucos anos mais tarde, foi construído, numa parte do terreno, o legendário Palácio da República, que abrigava o Parlamento da antiga Alemanha Oriental.
Após intensos debates, este acabou sendo demolido entre 2006 e 2008. Quatro anos mais tarde, em 2012, teve início no local a construção da réplica do palácio prussiano, com o interior moderno e fachadas barrocas.
A capital alemã é muitas coisas: sede do governo, metrópole cultural, centro de vida noturna. Mas, acima de tudo, ela é eletrizante, uma cidade em constante mutação. Talvez, por isso, os turistas gostem tanto dela.
Foto: picture-alliance/dpa/K. Nietfeld
Vista do alto
A torre "Fernsehturm", com seus 368 metros de alturam é a estrutura mais alta da Alemanha. Em um dia claro, a plataforma de observação oferece visibilidade de até 40 quilômetros. Acima da plataforma, fica o restaurante giratório, que realiza uma rotação a cada 30 minutos.
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Um lugar feliz
Em 1989, quando o Muro de Berlim caiu, artistas de todo o mundo pintaram sobre a barricada de concreto cinza. A East Side Gallery é até hoje a mais longa galeria ao ar livre do mundo. A arte criada espontaneamente ainda reflete a alegria que se espalhou por toda a Berlim com a queda do Muro.
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Museus e galerias
Rodeada pelo rio Spree, a Ilha dos Museus foi nomeada Patrimônio Mundial pela Unesco em 1999. Lá, é possível admirar tesouros artístico de todo o mundo, como um busto da rainha egípcia Nefertiti e o Altar de Pérgamo, construído entre 160 e 180 a.C. em homenagem a Zeus, o reio do Olimpo. Berlim tem ainda outros 175 museus e cerca de 300 galerias de arte.
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Diversidade cultural
Cosmopolita, ricamente colorida e com um entusiasmo pela vida — assim Berlim apresenta-se durante o festival Carnaval das Culturas. Cerca de 180 nacionalidades chamam a cidade de casa. E todo o mês de maio eles — recém-chegados e berlinenses estabelecidos — celebram o que é, provavelmente, a melhor festa de rua da cidade.
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Em constante mutação
Desde a Reunificação, em 1990, os guindastes não param: a Potsdamer Platz foi reconstruída, o Reichstag (prédio do Parlamento alemão) ganhou uma cúpula e o quarteirão do governo foi construído. O Palácio de Berlim, que deverá ser concluído em 2019, está lentamente tomando forma. Ninguém sabe ainda, porém, se o novo - e muito atrasado - aeroporto de Schönefeld estará aberto até lá.
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Tapete vermelho
Em fevereiro, Berlim estende o tapete vermelho para receber estrelas do cinema. Desde 1951, o Festival Internacional de Cinema de Berlim, conhecido como Berlinale, é um dos principais do mundo. Estrelas do cinema amam a cidade, mesmo em outras épocas do ano, como Arnold Schwarzenegger e Emilia Clarke, que estiveram na capital para a estreia do mais recente "Exterminador do Futuro".
Foto: picture-alliance/dpa/C. Carstensen
Memória preservada
O Memorial do Holocausto, composto por 2.711 placas de concreto para lembrar os seis milhões de judeus europeus mortos pela Alemanha nazista, é o memorial mais visitado de Berlim. Outros monumentos incluem os dedicados às Forças Aliadas que libertaram a cidade no final da Segunda Guerra Mundial, aos que morreram tentando escapar pelo muro e aos herois da força aérea de Berlim.
Foto: picture-alliance/dpa/S. Stache
Parques e jardins
Há mais de 2.500 parques em Berlim, mas o "New York Times" nomeou, recentemente, o pequeno "Prinzessinnengarten" como um dos mais belos espaços verdes da cidade. Esse antigo terreno baldio no bairro de Kreuzberg foi transformado em um jardim orgânico, em que mais de 500 tipos de vegetais são cultivados por centenas de voluntários locais.
Foto: picture-alliance/dpa
Vida noturna
A vida noturna de Berlim, conhecida como uma das mais excitantes do mundo, oferece diversão para todos os gostos, do indie rock ao hip hop e house. Alguns dos melhores DJs do mundo tocam em clubes como Berghain e Watergate. Muitas pessoas vão a Berlim só para isso — elas chegam à cidade na sexta-feira à noite e passam o fim de semana inteiro na balada antes de voltarem para casa.
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Capital canina
Cerca de 100 mil cães vivem na cidade, fazendo de Berlim a capital canina da Alemanha. Mas quando os berlinenses dizem que "ladram, mas não mordem", eles estão se referindo a eles próprios. Os moradores são conhecidos por não serem muito simpáticos: "Berliner Schnauze", o termo em alemão para focinho, é usado para caracterizar a rispidez no trato considerada típica do berlinense.