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Pandemia de covid faz Alemanha engordar

9 de dezembro de 2020

Mudança forçada de hábitos quotidianos no confinamento acarretou ganho médio de um quilo entre a população. Diminuíram as consultas médicas, porém nível de distúrbios psicológicos não apresentou agravamento temido.

Mão masculina pegando amendoins em travessa, com controle remoto ao lado
Foto: Christin Klose/dpa-tmn/picture alliance

A população da Alemanha ganhou peso, desde que o país adotou medidas de confinamento, no segundo trimestre de 2020. O dado consta de um relatório sobre o estado da saúde no país, divulgado nesta quarta-feira (09/12) pelo Instituto Robert Koch (RKI), a agência governamental de controle e prevenção de doenças infecciosas.

O estudo indica como as medidas introduzidas para conter a disseminação do vírus Sars-Cov-2 também tiveram efeitos negativos sobre os habitantes do país. Entre abril e agosto, os alemães ganharam cerca de um quilo, devido à adoção de hábitos alimentares pouco saudáveis e outras mudanças do comportamento quotidiano ditadas pelas restrições. Por outro lado, houve uma queda do consumo de tabaco, embora não esteja claro se em conexão com a pandemia.

Distúrbios psicológicos não aumentaram

O RKI também registra que, durante o primeiro confinamento, diminuíram as consultas médicas, tanto a clínicos gerais quanto a especialistas. Aparentemente, a população "se abstive cada vez mais de utilizar os serviços médicos". Os hospitais igualmente adiaram numerosas intervenções opcionais, a fim de reservar espaço para um potencial incremento dos pacientes de covid-19.

O relatório não confirmou os temores iniciais de que a pandemia ou as medidas para sua contenção causariam um aumento dos distúrbios psicológicos: "Não foram encontradas diferenças, entre a população em geral, em termos de sintomas de depressão ou do apoio recebido e fornecido nos domicílios", afirmam os autores do relatório.

O RKI consultou por telefone cerca de 23 mil cidadãos a partir dos 15 anos de idade, entre abril e setembro últimos. Mas o instituto enfatiza que não há um "quadro unificado" da situação total da saúde na Alemanha, sendo necessárias pesquisas futuras.

AV/afp,rtr,dpa

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