Mudança forçada de hábitos quotidianos no confinamento acarretou ganho médio de um quilo entre a população. Diminuíram as consultas médicas, porém nível de distúrbios psicológicos não apresentou agravamento temido.
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A população da Alemanha ganhou peso, desde que o país adotou medidas de confinamento, no segundo trimestre de 2020. O dado consta de um relatório sobre o estado da saúde no país, divulgado nesta quarta-feira (09/12) pelo Instituto Robert Koch (RKI), a agência governamental de controle e prevenção de doenças infecciosas.
O estudo indica como as medidas introduzidas para conter a disseminação do vírus Sars-Cov-2 também tiveram efeitos negativos sobre os habitantes do país. Entre abril e agosto, os alemães ganharam cerca de um quilo, devido à adoção de hábitos alimentares pouco saudáveis e outras mudanças do comportamento quotidiano ditadas pelas restrições. Por outro lado, houve uma queda do consumo de tabaco, embora não esteja claro se em conexão com a pandemia.
Distúrbios psicológicos não aumentaram
O RKI também registra que, durante o primeiro confinamento, diminuíram as consultas médicas, tanto a clínicos gerais quanto a especialistas. Aparentemente, a população "se abstive cada vez mais de utilizar os serviços médicos". Os hospitais igualmente adiaram numerosas intervenções opcionais, a fim de reservar espaço para um potencial incremento dos pacientes de covid-19.
O relatório não confirmou os temores iniciais de que a pandemia ou as medidas para sua contenção causariam um aumento dos distúrbios psicológicos: "Não foram encontradas diferenças, entre a população em geral, em termos de sintomas de depressão ou do apoio recebido e fornecido nos domicílios", afirmam os autores do relatório.
O RKI consultou por telefone cerca de 23 mil cidadãos a partir dos 15 anos de idade, entre abril e setembro últimos. Mas o instituto enfatiza que não há um "quadro unificado" da situação total da saúde na Alemanha, sendo necessárias pesquisas futuras.
AV/afp,rtr,dpa
Os ricos que lucraram com a covid-19
Enquanto muitos negócios foram duramente atingidos pela pandemia do novo coronavírus, alguns conseguiram multiplicar fortunas com a crise. Entre eles estão conhecidos bilionários.
Foto: Dennis Van TIne/Star Max//AP Images/picture alliance
Como ficar mais rico
Jeff Bezos (na foto com a namorada Laura Sanchez no Taj Mahal), fundador da Amazon, já era a pessoa mais rica do mundo e com o coronavírus multiplicou seu patrimônio. A revista "Forbes" estima sua fortuna em 193 bilhões de dólares. Sua empresa de comércio eletrônico fez negócios em ritmo acelerado durante a pandemia. As ações da Amazon bateram novos recordes.
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Tecnologia em alta no mercado
A Tesla, empresa de Elon Musk, produz carros, mas na bolsa é tratada como uma empresa de alta tecnologia. Musk lucrou com o entusiasmo do mercado em torno de ações de tecnologia durante a pandemia. Há pouco tempo, o empresário sul-africano ultrapassou Bill Gates na lista dos mais ricos do mundo. Sua fortuna é avaliada em 132 bilhões de dólares.
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Uma ideia certa no momento ideal
O aumento do número de pessoas trabalhando em casa durante a pandemia foi a grande oportunidade de Eric Yuan. O fundador do Zoom se mudou da China para os EUA quando tinha 27 anos. Depois de alguns anos na rival WebEx, ele lançou sua própria plataforma de videoconferência, o Zoom, em 2019. Desde a crise, as ações da empresa explodiram. Estima-se que Yuan tenha uma fortuna de 19 bilhões de dólares.
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Sucesso com exercícios físicos
Regras de distanciamento e fechamento de academias foram ótimos para John Foley. Em 2013, ele ainda buscava apoio para seu equipamento de ginástica numa plataforma de financiamento coletivo. Hoje, as pessoas estão dispostas a gastar muito dinheiro com o Peloton. As ações da empresa triplicaram durante a pandemia, e inesperadamente Foley, de quase 50 anos, se tornou bilionário.
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Conquistador do mundo
Desenvolvido por Tobias Lütke, a Shopify permite que comerciantes criem suas próprias lojas online. Nascido em Koblenz, o alemão emigrou para o Canadá em 2002 e começou um negócio de garagem como tantos outros. Hoje, a Shopify é a empresa mais valiosa do Canadá, com os preços de suas ações dobrando desde março. A revista "Forbes" estima a fortuna de Lütke, de 39 anos, em 9 bilhões de dólares.
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Bilionário da noite para o dia
Já no início de janeiro, Ugur Sahin apostou no cavalo certo ao trabalhar numa vacina contra a covid-19. O imunizante desenvolvido por sua empresa alemã Biontech já foi aprovado no Reino Unido. A vacina empurrou Sahin para os holofotes e o tornou bilionário. O valor de ações que ele possui é estimado em 5 bilhões de dólares.
Foto: BIONTECH/AFP
Ingredientes de sucesso
A empresa de kits de refeição entregues em casa HelloFresh está em alta. Os lucros mais do que triplicaram durante a pandemia, segundo dados de novembro. Cofundador e acionista Dominik Richter aproveitou ao máximo o fechamentos de restaurantes. Ele ainda não está no nível dos bilionários que se beneficiaram com pandemia, mas tem os ingredientes certos para chegar lá.
Foto: Bernd Kammerer/picture-alliance
Amazon em dobro
Jeff Bezos não é o único que ficou mais rico com a Amazon durante a pandemia. Graças a ações que possui da empresa, a ex-esposa de Bezos, Mackenzie Scott, chegou ao primeiro lugar na lista de mulheres mais ricas do mundo. Sua fortuna é estima em 72 bilhões de dólares.
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