Papa deseja que Rio 2016 torne Brasil "mais justo e seguro"
3 de agosto de 2016
Francisco diz esperar que Jogos Olímpicos ajudem país a superar momentos difíceis. Pontífice incentiva a disputa saudável e que esportistas almejem não apenas uma medalha, mas uma civilização solidária.
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Por ocasião dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o papa Francisco se dirigiu nesta quarta-feira (03/08) à sociedade brasileira, que com "sua alegria e característica hospitalidade organiza a festa do esporte".
"Desejo que esta seja uma oportunidade para superar momentos difíceis e se empenhar no trabalho em equipe para construir um país mais justo e seguro, apostando num futuro cheio de esperança", afirmou.
Ele também se dirigiu aos atletas que participarão do evento. "Que os Jogos Olímpicos incentivem o bom combate. Terminem juntos a disputa, desejando conseguir como prêmio não uma medalha, mas algo mais precioso: uma civilização onde reina a solidariedade", disse o pontífice.
Francisco destacou seu desejo de que "em um mundo com sede de esperança e de paz" se possa criar uma nova sociedade, "baseada no reconhecimento de que todos somos membros de uma única família humana, independentemente da cultura, cor da pele ou religião".
Os Jogos Olímpicos começam nesta sexta-feira, 5 de agosto, e vão até 21 de agosto. As competições de futebol, porém, já deram o pontapé inicial nesta quarta-feira, com partidas do futebol feminino.
PV/efe/sid
Momentos inesquecíveis nas aberturas de Olimpíadas
As cerimônias de abertura de Jogos Olímpicos são sempre acompanhadas de suspense ou efeitos especiais surpreendentes, como Muhammad Ali acendendo a pira olímpica ou uma sósia da rainha Elizabeth descendo de paraquedas.
Foto: dapd
1896: primeiros Jogos da Era Moderna
Os Jogos Olímpicos da Antiguidade aconteceram de 776 a.C. até 393, quando o imperador Teodósio os proibiu por considerá-los pagãos. Eles ressurgiram por iniciativa do francês Pierre de Coubertin. De 6 a 15 de abril de 1896, se realizaram pela primeira vez os Jogos Olímpicos da Era Moderna. Eles foram abertos em Atenas pelo então rei George da Grécia, e neles soou pela primeira vez o Hino Olímpico.
Foto: picture-alliance/dpa
1920: Bandeira e juramento olímpicos
Dois anos após o fim da Primeira Guerra Mundial, os Jogos foram realizados na Antuérpia. Pela primeira vez, foi içada a bandeira olímpica, concebida em 1913. As seis cores dos anéis – azul, amarelo, preto, verde e vermelho – podem ser encontradas em bandeiras nacionais. Os anéis representam os continentes habitados do planeta. Pela primeira vez, atletas fizeram o juramento olímpico.
Foto: picture-alliance/Xinhua
1928: Amsterdã e a ordem do desfile
A maior parte do cerimonial de hoje em dia já foi adotada em Amsterdã em 1928. Pela primeira vez, atletas gregos abriram o desfile, sendo seguidos pelas delegações dos demais países, na ordem alfabética de acordo com o nome no idioma do país-sede, cuja delegação é a última a desfilar.
Foto: Getty Images/Central Press
1936: primeiro revezamento da tocha
Em 1936, aconteceu pela primeira vez o revezamento da tocha olímpica, de Atenas até Berlim, onde foi acesa a pira olímpica. Cerca de 3 mil atletas participaram da corrida. A pira olímpica foi acesa pelo atleta alemão Fritz Schilgen (foto). Os Jogos Olímpicos de Berlim foram usados como instrumento de propaganda do regime nazista.
Foto: picture-alliance/akg-images
1964: homenagem a Hiroshima
Yoshinori Sakai nasceu em 6 de agosto de 1945, exatamente no dia do lançamento da bomba atômica sobre a cidade japonesa. Na abertura dos primeiros Jogos na Ásia, em 1964, o rapaz de 19 anos carregou a tocha olímpica para o estádio em Tóquio. Um momento inesquecível, que virou um símbolo da paz mundial.
Foto: Getty Images
1980: boicote em Moscou
A tensão durante a Guerra Fria ficou evidente nos Jogos em Moscou, em 1980. Em vez da bandeira de seu país, o presidente do comitê olímpico britânico, Dick Palmer (esq. à frente na foto) carregou a bandeira olímpica. Em protesto à invasão do Afeganistão por tropas russas em 1979, o Japão e a Alemanha boicotaram os Jogos junto com os Estados Unidos.
Foto: picture-alliance/AP Photo
1992: tiro perfeito em Barcelona
Em 1992, o arqueiro paralímpico Antonio Rebollo acendeu a pira olímpica da 25ª edição dos Jogos Olímpicos em Barcelona, com uma flecha em chamas. Na realidade, a flecha passou muito perto da pira, mas o fogo foi aceso exatamente ao mesmo tempo.
Foto: picture-alliance/Lehtikuva Oy
1996: momento mágico
Quatro anos mais tarde, outro momento emocionante. Muhammed Ali, a lenda do boxe, já visivelmente afetado pela doença de Parkinson, acendeu a pira nos Jogos em Atlanta, nos Estados Unidos. Ele foi uma figura controversa em seu país por ter se negado a combater no Vietnã, mas seus feitos esportivos foram reconhecidos.
Foto: picture-alliance/dpa
2004: vestido mágico em Atenas
A cerimônia de abertura das Olimpíadas segue um rígido protocolo, mas mesmo assim ainda oferece espaço para a criatividade. Enquanto Björk, cantora da Islândia, interpretou "Oceana" em 2004 nos Jogos de Atenas, seu vestido se abriu lentamente num enorme véu, que cobriu as delegações como um tapete.
Foto: picture-alliance/AP Photo/M. Baker
2008: superlativos em Pequim
O custo da abertura dos Jogos em Pequim é estimado em 100 milhões de dólares. Quatro anos mais tarde, os de Londres custaram 40 milhões de dólares. A cerimônia na capital chinesa contou com extamente 2.008 percussionistas, usando baquetas iluminadas e tambores tradicionais do país. A apresentação deles foi o ponto alto de um show perfeitamente planejado, que durou três horas.
Foto: Getty Images/AFP/P. Ugarte
2012: homenagem à rainha
A rainha Elizabeth abriu os Jogos de Londres, em 2012. E com estilo: uma dublê trazida pelo agente 007, James Bond, pulou de paraquedas de um helicóptero. A rainha britânica foi a primeira chefe de Estado a abrir duas Olimpíadas. Como rainha do Canadá, ela já havia feito o mesmo em Montreal, em 1976.