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ReligiãoItália

Papa faz visita surpresa a sobrevivente do Holocausto

21 de fevereiro de 2021

Francisco se encontra com escritora húngara Edith Bruck, de 89 anos, em Roma. Vaticano diz que os dois conversaram sobre "o valor da memória e o papel dos mais velhos em cultivá-la e transmiti-la aos mais jovens".

Papst Franziskus | Treffen mit Edith Bruck
Francisco e a escritora Edith BruckFoto: Vatican Media/ANSA/picture alliance

O papa Francisco fez uma visita surpresa neste sábado (21/02) à casa da escritora Edith Bruck, autora de origem húngara e sobrevivente do Holocausto, e prestou homenagem a todos que foram mortos pela "insanidade do populismo nazista".

Bruck, de 89 anos, que vive em Roma, nasceu em uma família judaica e foi levada a uma série de campos de concentração, nos quais perdeu o pai, a mãe e o irmão.

Um porta-voz do Vaticano, que anunciou a visita após ela ter acabado, disse que os dois conversaram sobre o que ela viveu nos campos de concentração e o quanto é importante que futuras gerações tenham consciência do que aconteceu. Segundo o Vaticano, em sua conversa, eles "ressaltaram o valor da memória e o papel dos mais velhos em cultivá-la e transmiti-la aos mais jovens".

"Eu vim agradecer pelo seu testemunho e prestar homenagem às pessoas martirizadas pela insanidade do populismo nazista", disse o papa a Bruck, segundo o Vaticano.

Bruck, que vive na Itália há décadas e escreve em italiano, tinha aproximadamente 13 anos quando foi levada para o campo de Auschwitz, na Polônia ocupada pela Alemanha nazista.

Sua mãe morreu em Auschwitz, e seu pai, no campo de Dachau, na Alemanha, para onde ela foi levada posteriormente. Em Dachau, ela cavou trincheiras e ajudou a construir ferrovias, disse recentemente ao jornal do Vaticano, Osservatore Romano.

Após a divulgação da visita, o Congresso Judaico Mundial (CJM) saudou, neste domingo, a ação do papa, destacando sua "integridade moral" e seu "senso de história".

"Enquanto o neonazismo, o antissemitismo e outras formas de racismo voltam a surgir em muitos lugares do mundo, a integridade moral e o senso da história do papa Francisco são um exemplo a ser seguido pelos outros líderes políticos e religiosos", disse o presidente do CJM, Ronald Lauder.

jps/as (Reuters, AFP)

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