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Papa pede hospitalidade para refugiados

14 de janeiro de 2018

Pontífice, ele próprio filho de imigrantes, reitera apelo por uma acolhida aos estrangeiros sem medos e com "generosidade". Líder da Igreja se prepara para embarcar em turnê de oito dias a Peru e Chile.

Papa Francisco em missa na Basílica de São Pedro pelo Dia Mundial dos Migrantes e dos Refugiados
Papa Francisco em missa na Basílica de São Pedro pelo Dia Mundial dos Migrantes e dos RefugiadosFoto: Reuters/M. Rossi

O papa Francisco lançou neste domingo (14/02), em Roma, mais um apelo à hospitalidade em relação ao refugiados, dizendo que "pecar é desistir do encontro com o outro".

A afirmação foi feita durante missa com refugiados, celebrada na Basílica de São Pedro durante a Jornada Mundial dos Imigrantes, por ocasião da comemoração do 104º Dia Mundial dos Migrantes e dos Refugiados. "Todo o imigrante que bate à nossa porta é uma oportunidade para conhecer Jesus Cristo, que se identifica com o estrangeiro de qualquer época, acolhido ou rejeitado", disse o pontífice.

Francisco pronunciou a homilia durante uma missa na qual participaram imigrantes e refugiados de 49 países, que levaram suas bandeiras, assim como 70 diplomatas credenciados na Santa Sé.

Jorge Bergoglio, ele próprio filho de uma família de emigrantes italianos na Argentina, defendeu que "muitas vezes desistimos de conhecer o outro e levantamos barreiras para nos defender".

O papa disse que "as comunidades locais às vezes têm medo de que os recém-chegados interrompam a ordem estabelecida, 'roubem' algo que tenha sido dolorosamente construído". Ele reconheceu que estes temores "são legítimos", por estarem baseados em "dúvidas que são totalmente compreensíveis do ponto de vista humano".

No entanto, sustentou que duvidar "não é um pecado", mas sim permitir que "estes medos determinem nossas respostas, condicionem nossas escolhas, comprometam o respeito e a generosidade, alimentem o ódio e a rejeição". Para ele, "o pecado é desistir do encontro com o outro".

Desde o início do seu pontificado, em março de 2013, o papa tenta intensificar a posição a favor do acolhimento de refugiados e migrantes.

Na segunda-feira, o pontífice começa turnê de oito dias ao Chile e ao Peru, a sua 22.ª viagem ao exterior.

Nas vésperas da chegada do papa ao Chile, desconhecidos atacaram quatro igrejas na capital, Santiago, com bombas incendiárias, em rejeição à visita do sumo sacerdote. 

Algumas fontes atribuem os atos de destruição a membros do povo indígena mapuche, que se defendem de ações de desterro no sul do país. Corroborando essa versão, as autoridades chilenas divulgaram um panfleto encontrado junto a uma das igrejas atacadas, no município de Estación Central.

Seus autores prometem nunca se curvar à dominação externa, manifestando-se "contra todo religioso e pregador" e por "corpos livres, impuros e selvagens". Depois de proclamar "Wallmapu libre" ("Liberdade para a terra dos mapuche"), a nota termina com uma ameaça explícita: "Papa Francisco, as próximas bombas serão na tua batina".

MD/efe/lusa

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