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Papa pede que jovens brasileiros lutem contra corrupção

1 de agosto de 2017

Em carta, Francisco apela a jovens que assumam protagonismo para mudar o Brasil e e se comprometam com a construção de uma sociedade mais justa.

Pedido do papa foi feito em carta enviada aos brasileiros
Pedido do papa foi feito em carta enviada aos brasileirosFoto: picture-alliance/NurPhoto/P. Fiuza

O papa Francisco pediu nesta terça-feira (01/08) que os jovens brasileiros lutem contra a corrupção e que não tenham medo de se arriscar e se comprometer na construção de uma sociedade mais justa.

"Não tenham medo de lutar contra a corrupção e não se deixem seduzir por ela", alertou o papa. "Vocês podem redescobrir a criatividade e a força para serem protagonistas de uma cultura de aliança e assim gerar novos paradigmas que venham a pautar a vida do Brasil."

A carta de Francisco foi enviada no âmbito do encerramento de um evento que celebrou os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora de Aparecida no Rio Paraíba do Sul. A celebração terminou no último dia 29, com uma grande comemoração no Santuário Nacional de Aparecida em São Paulo.

"Possa o Senhor, pela intercessão da Virgem Aparecida, renovar em cada um de vocês a esperança e o espírito missionário. Vocês são a esperança do Brasil e do mundo. E a novidade, da qual vocês são portadores, já começa a construir-se hoje", disse o papa no fim da carta.

Apesar de ter sido escrita para as celebrações de Aparecida, a mensagem foi divulgada somente nesta terça-feira pela Rádio Vaticano – véspera da votação na Câmara que decidirá o futuro do presidente Michel Temer, acusado de corrupção.

Nesta quarta-feira, os deputados devem decidir se autorizam ou não o Supremo Tribunal Federal (STF) a analisar as denúncias contra o presidente. Se for aprovada, os ministros da corte podem afastar Temer por 180 dias

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou Temer ao Supremo pelo crime de corrupção passiva em meados de junho, tornando-o o primeiro presidente da República a ser denunciado ao STF no exercício do mandato.

A acusação tem como base um inquérito contra o peemedebista decorrente da delação de executivos da JBS. Ele é investigado ainda pelos crimes de obstrução de Justiça e participação em organização criminosa, mas, por esses delitos, a PGR ainda não apresentou denúncia.

CN/kna/ots

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